quarta-feira, 30 de maio de 2007

NEFELIBATAS

Há sociedades para tudo e até uma sociedade para apreciadores das nuvens (“The Cloud Appreciation Society”; no seu sítio na Web encontra-se, por exemplo, uma galeria de fotografias de nuvens submetidas pelos sócios). É seu fundador o nefelibata britânico Gavin Pretor-Pinney, que pretende enfrentar o “blue-sky thinking”. O livro “The Cloudspotter’s Guide” (Sceptre, 2007), escrito por ele, é uma publicação oficial daquela sociedade. Foi um “best-seller” do jornal “Sunday Times” e é decerto um dos melhores guias para quem queira andar nas nuvens!

3 comentários:

Fernando Dias disse...

Hamlet – Shakespeare

(Entra Polônio.)
Deus vos guarde, senhor.
POLÓNIO: Senhor, a rainha deseja falar-vos quanto antes.
HAMLET: Estais vendo aquela nuvem em forma de camelo?
POLÓNIO: Por Zeus! Parece, de fato, um camelo!
HAMLET: Creio que parece mais uma doninha.
POLÓNIO: Tens razão; o dorso é de doninha.
HAMLET: Ou uma baleia?
POLÓNIO: Uma baleia, realmente; muito semelhante.
HAMLET: Bem; se assim é, irei ter com minha mãe neste momento. (À parte.) Esta gente brinca de doido comigo, ao ponto de me dar cabo da paciência. (Alto.) Irei neste momento.
POLÓNIO: Dir-lhe-ei isso mesmo.
(Sai.)
HAMLET: Neste momento é fácil de dizer. Deixai-me, amigos.
(Saem todos, menos Hamlet.)

Estamos na hora tétrica da noite em que se abrem os túmulos e o inferno lança no mundo a peste. Poderia beber, neste momento, sangue quente e realizar tais coisas que fariam tremer o próprio dia. Mas, silêncio!
Procuremos agora minha mãe. Coração, não te esqueças de quem és. Que neste peito firme jamais entre a alma de Nero; ríspido, mas nunca desnaturado; espadas, só na língua, sem que delas me valha: que se
irmanem na hipocrisia a língua e o coração. Se a palavra sair demais pesada, minha alma, não lhe dês forma adequada.
(Sai.)

Anónimo disse...

"Tempora si fuerint nubila, solus eris"
Ovídio

Anónimo disse...

'Bora todos para Nefelococígia!|

O corpo e a mente

 Por A. Galopim de Carvalho   Eu não quero acreditar que sou velho, mas o espelho, todas as manhãs, diz-me que sim. Quando dou uma aula, ai...