talvez concebesse o infinito.
Entre um e outro, fica, bem guardada,
a nossa vida, feita de finito.
O infinito ninguém sabe o que seja,
o nada não há ninguém que o entenda.
Entre dois mistérios, a vida almeja,
evidente, por mais que surpreenda.
A vida entende-se por estar ali,
mas não se entende por que ou donde veio.
Eu vivi, mas não sei o que cumpri,
sempre devorado pelo anseio
de conseguir decifrar o mistério
de fulgor que acaba em cemitério.
Eugénio Lisboa
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