sábado, 10 de agosto de 2019

Voltando ao "mindfulness"...

Na sequência de textos anteriores,
- É mais fácil e mais barato responsabilizar o indivíduo (aqui 
- Que validade científica tem o "mindfulness"? (aqui e aqui),
tomo a liberdade de remeter o leitor (sobretudo se tiver responsabilidades como educador, sejam elas profissionais ou não) para:

1) um post recente de António Duarte, publicado no seu blog "Escola Portuguesa". Leituras: Mindfulness, a nova espiritualidade capitalista (aqui),

2) e, também, para a obra indicada: Ronald Purser (2019). McMindfulness: How Mindfulness Became the New Capitalist Spirituality. Repeater. 

3) bem como para o importante artigoBeyond McMindfulness - que o mencionado autor assinou com David Loy's, publicado em 2013 (ver aqui).

Purser, a partir de uma perspectiva académica exigente e depurada, tem dedicado atenção crítica a essa prática de meditação que, rapidamente, se generalizou, tornando-se uma medida "pedagógica" de primeira linha.

Relembro que em Portugalmindfulness constitui uma medida de promoção do sucesso educativo reconhecida e legitimada pelo actual Ministério da Educação/Direcção Geral da Educação (ver aquiver sobretudo Projecto MindUp - aqui aqui.

1 comentário:

Anónimo disse...

Em Portugal, há cinquenta anos atrás, o mindfulness chamava-se educação familiar de inspiração religiosa católica romana. Atualmente, com as igrejas às moscas, os pedagogos, confrontados com a selvajaria dos alunos que tomou conta das escolas, ensaiam metodologias científicas para acalmar os jovens, como sejam o mindfulness, a medicação para a hiperatividade e défice de atenção, a aprendizagem de xadrez, o sucesso escolar salvaguardado por decreto-lei, e, em suma, a desvalorização do conhecimento em contexto de sala de aula, face aos saberes e sabores tradicionais que se aprendem na universidade da vida real.
Atualmente, a maior parte das turmas do ensino profissional, já se assemelham às turmas dos repetentes do tempo do fascismo, mas ninguém faz nada, porque, ano após ano, os formandos passam todos, com ou sem mindfulness!

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