domingo, 20 de janeiro de 2019

"Ninguém nos pode fazer achar que o conhecimento é um anátema"


Oby Ezekwesili, co-fundadora do movimento nigeriano "Bring back our girls" e, agora, candidata à presidência da república da Nigéria foi convidada no programa "GPS - Fareed Zakaria", transmitido hoje na RTP Notícias (aqui). A propósito do rapto, há já cinco anos, das mais de duzentas alunas raptadas da escola que frequentavam disse (ver a partir dos 28m40s):
"Algo muito importante é dar primazia ao ser humano. Quero que a educação substitua o petróleo. Quero que tudo na nova economia tenha como base a educação.
Quando as 107 raparigas foram libertadas achámos que estariam tão destroçadas que seria difícil recomporem-se (...) 106 delas estão a estudar e têm-se saído razoavelmente, só uma delas decidiu não ingressar no ensino superior. Para mim isso foi o mais importante. Raparigas que passaram por aquele tipo de trauma escolheram continuar a estudar. Isso mostra que eles não derrotaram a civilização humana. Ninguém nos pode fazer achar que o conhecimento é um anátema. O conhecimento é o que está na base do progresso humano. Temos de lutar com todas as forças que afirmam que o conhecimento é algo abominável."

1 comentário:

Maria Dulce R. Marques da Silva disse...

Era importante que muitos políticos e pedagogos ouvissem (escutassem) Oby Ezekwesili.
Efetivamente o conhecimento "é o que está na base do progresso humano". Todavia, o que se pretende é o seu afastamento da educação formal através do esvaziamento dos currículos. Parece que o intento será formar acéfalos, uma vez que não se formam cidadãos com capacidade crítica e interventiva à margem do conhecimento.

O corpo e a mente

 Por A. Galopim de Carvalho   Eu não quero acreditar que sou velho, mas o espelho, todas as manhãs, diz-me que sim. Quando dou uma aula, ai...