quarta-feira, 1 de novembro de 2017

De que forma é que a biologia pode ajudar a resolver as crises da democracia que se vivem hoje?"


Teresa Campos, jornalista da revista Visão, dá conta da pergunta que João Batista, aluno do 12.º ano da Escola Secundária António Damásio, fez a António Damásio, no fim da palestra de apresentação do seu livro A estranha ordem das coisas, destinada a toda a comunidade escolar, e da resposta que este deu.

Pergunta e resposta que são, afinal, mais um contributo para se repensar a cisão (quando não oposição) entre humanidades e ciências e que, presumimos, ter sido tratada na própria palestra.
- Se a divisão entre as ciências e as humanidades não faz sentido, queria saber de que forma é que a biologia pode ajudar a resolver as crises da democracia que se vivem hoje?
- Sabes, tem tudo a ver, porque a homeostasia (esse conceito da biologia definido como um processo de regulação pelo qual um organismo consegue a constância do seu equilíbrio) aplica-se à expressão do nosso sentimento pessoal, e estende-se facilmente à família e à tribo mais próxima. O problema é quando esse estado tem de se alargar a milhares de pessoas. Aí conseguir o equilíbrio é muito mais difícil. Isso explica por exemplo o recrudescimento dos extremismos na Europa. A única solução, insisto, é educar. Para que o nosso sentimento seja o de aceitar o outro.
 Isaltina Martins e Helena Damião

2 comentários:

Anónimo disse...

Um artigo indispensável ou como o De Rerum Natura está sempre atento à 'estranha ordem das coisas'.
MJ

marina disse...

Só se for com manipulação genética...a educação jamais irá conseguir que deixemos de preferir a nossa família, os nossos amigos, a nossa tribo, em benefício do outro. Por isso comunismo, socialismo e demais utopias, como esta, estão condenados ao fracasso. "Amai-vos uns aos outros " nunca virou moda e andam há séculos a publicitar o mantra :)
A biologia, a etologia, podem é ajudar a compreender porque falha a democracia representativa e porque acabamos por ser governados por medíocres : os alfa, os melhores , não têm tendência para a cooperação , muito menos em estruturas falsas como os partidos.

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