Notícia do jornal AS BEIRAS de hoje:
O economista José
Reis, o sociólogo Boaventura
Sousa Santos, o linguista
António Manuel Martins, o
investigador Carlos Faro e o
físico Carlos Fiolhais integram
o Grupo de Reflexão
sobre o Futuro da Fundação
para a Ciência e a Tecnologia
(FCT), nomeado pelo Governo.
“O novo ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino
Superior quer fazer as pazes
com a comunidade científica depois de um período
negro da política de Ciência,
em Portugal”, diz Carlos Fiolhais
ao DIÁRIO AS BEIRAS.
O grupo de reflexão integra
38 investigadores, das
mais diversas áreas do saber
e de todas as regiões e proveniências
geográficas. O
objetivo é propor “orientações que devem presidir ao
futuro próximo da FCT em
diálogo com a comunidade
científica”.
Em declarações ao DIÁRIO
AS BEIRAS, Carlos Fiolhais
não poupa o trabalho desenvolvido
pelo Governo
anterior e, em particular,
pela FCT. “Em quatro anos,
destruíram boa parte do
sistema científico nacional,
através dos cortes nas bolsas,
nos projetos e no financiamento
das unidades de
investigação”, refere.
O momento crítico aconteceu,
invariavelmente,
aquando da divulgação dos
resultados da avaliação das
unidades de investigação,
por parte da FCT. Uma situação
que levou os próprios
reitores a virem a público
insurgir-se contra aqueles
resultados. Em Coimbra, o
físico da UC vai mais longe,
na denúncia, ao afirmar o
cariz “fraudulento” que sobressaiu
da avaliação.
“Nos últimos anos, a FCT
esteve ao serviço de pequenos
interesses, de natureza
disciplinar e até regional”,
afirma Fiolhais, acentuando:
“O cúmulo foi atingido
quando se soube da inscrição
de um item secreto,
num documento assinado
com uma entidade privada
estrangeira [a ESF], que
estipulava que a primeira
fase da avaliação tinha de
resultar numa shortlist de
metade das unidades de
investigação a seleccionar
para a segunda fase.
“Em resultado desta falta
de transparência, muitas
instituições têm razões de
queixa, nomeadamente, algumas
aqui de Coimbra”,
acrescentou.
A FCT, recorde-se, é a
principal entidade pública
responsável pelo financiamento
e avaliação da investigação
científica em Portugal.
Na vigência do anterior
Governo, foi presidida por
Miguel Seabra. Inesperadamente,
em abril último,
quando faltavam nove meses
para o final do mandato,
este catedrático da Faculdade
de Ciências Médicas
da Universidade Nova de
Lisboa demitiu-se e foi substituído
por Maria Arménia
Carrondo, investigadora do
Instituto de Tecnologia Química e Biológica, da mesma
faculdade.
“A doutora Arménia Carrondo não foi mais do que
uma interina”, lamenta
Carlos Fiolhais, rematando:
“O que todos desejamos é
que, agora, seja nomeado
alguém que suscite unanimidade
e solidariedade ativa,
no seio da comunidade
científica”.
Paulo Marques
quinta-feira, 17 de dezembro de 2015
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
O corpo e a mente
Por A. Galopim de Carvalho Eu não quero acreditar que sou velho, mas o espelho, todas as manhãs, diz-me que sim. Quando dou uma aula, ai...
-
Perguntaram-me da revista Visão Júnior: "Porque é que o lume é azul? Gostava mesmo de saber porque, quando a minha mãe está a cozinh...
-
Usa-se muitas vezes a expressão «argumento de autoridade» como sinónimo de «mau argumento de autoridade». Todavia, nem todos os argumentos d...
-
Cap. 43 do livro "Bibliotecas. Uma maratona de pessoas e livros", de Abílio Guimarães, publicado pela Entrefolhos , que vou apr...
1 comentário:
Talvez seja boa altura recordar o que pensa um dos fundadores deste blogue, o filósofo Desidério Murcho, de BSS:
"Eu acho que as ideias de Boaventura Sousa Santos (...)e muitos outros, estão erradas e são perniciosas para o desenvolvimento cultural e educativo de qualquer país."
Enviar um comentário