Neste Ano da Luz, mais um poema de Eugénio de Andrade, que refere a luz:
A boca,
onde o fogo
de um verão
muito antigo cintila,
a boca espera
(que pode uma boca esperar senão outra boca?)
espera o ardor do vento
para ser ave e cantar.
Levar-te à boca,
beber a água mais funda do teu ser
se a luz é tanta,
como se pode morrer?
sábado, 28 de fevereiro de 2015
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1 comentário:
Como é que se pode escrever uma coisa tão bonita e continuar a ser pessoa?! Mistérios da Poesia.
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