Serviço para EstudantesEm tempos mais recentes, talvez por estar atenta ao assunto, não há ano lectivo, principalmente no seu final, que não dê conta, directa ou indirectamente, de serem apresentados a instituições de ensino superior trabalhos que não foram feitos pelos estudantes: que foram encomendados a empresas ou a alguém que se dedica a essa actividade de "apoio".
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Vais defender a tua tese e estás nervoso? vais apresentar um trabalho importantissimo para uma cadeira e queres arrasar? tens de fazer uma apresentação e não tens nada? nós pesquisamos e elaboramos por ti!!! Nós ajudamos!!! Nós simplificamos!! Nós facilitamos!!!
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Prestamos apoio na elaboração de Monografias, Teses de fim de curso/Mestrado e outros Trabalhos Académicos, em múltiplas áreas do conhecimento tais como (…) Trabalhamos com seriedade, confidencialidade e rigor. Os trabalhos dos nossos alunos são protegidos por termos de confidencialidade e de salvaguarda de direitos de autor. Só realizamos trabalhos originais!
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Nota: não fornecemos trabalhos prontos, apenas prestamos suporte/consultoria a alguns níveis na realização dos mesmos.
A transcrição que acima fiz é um entre muitos exemplos que se podem encontrar na internet. Á distância apetecível de uma mensagem electrónica ou de um telefonema. Vinte e quatro horas por dia, sete dias por semana haverá alguém disponível para atender o pedido e, como num passo de mágica, fazê-lo aparecer, presumo, na caixa de correio. E isto tudo com garantia de "confidencialidade".
Os termos são devidamente equívocos, ninguém se compromete: "Só realizamos trabalhos originais!" (com ponto de exclamação) não bate certo com "não fornecemos trabalhos prontos" (com ponto final). Mas isto é uma incoerência de menor importância, de nenhuma importância para quem quer um diploma e tem mais que fazer do que os trabalhos que são pedidos.
Ainda que as instituições de ensino superior estejam atentas e procurem, na linha da Reforma de Bolonha, levar os estudantes a "construírem o seu conhecimento", a luta é, como se percebe desigual.
13 comentários:
Seria possível mercantilizar o conhecimento ?!
"Professor pré-pago"
http://adonaisantanna.blogspot.com.br/2013/02/professor-pre-pago.html
Vendo Teses de Doutorado (em qualquer área!)
http://adonaisantanna.blogspot.com.br/2012/12/vendo-teses-de-doutorado-em-qualquer.html
Caro Kynismós
Há modos de funcionar que parecem emergir ao mesmo tempo e em vários locais, independentemente da distância.
Li com atenção o seu texto. As razões que invoca, estou em crer que são as mesmas que justificam o "fenómemo" em Portugal e de que já dei conta antes no De Rerum Natura.
Obrigada pela leitura do nosso blogue e pela sua contribuição.
Cordialmente,
MHD
Eis a inanidade de uma alfabetização exclusivamente funcional. Impossível não nos mantermos atrasados com a ajuda destes génios literários.
Se é ilegal entregar teses copiadas, não percebo como é que esta publicidade é permitida.
Peço desculpa pela minha óbvia grosseria a quem ganha uns dinheiritos com esta promiscuidade.
Claro que seria atitude menor haja vista que o conhecimento transpõe quaisquer enganação.
"Claro que seria atitude menor haja vista que o conhecimento transpõe quaisquer enganação."
É mesmo verdade que se possa "escrever"(?) tão mal?...
A Língua Portuguesa é falada por mais de duzentos milhões de pessoas mas é tão mal usada que até aflige a alma mais distraída.
Que doçura vosso pranto
saudade oh' Língua amada!
Vestes que vosso seio
em acalanto... O manto?!
sois terra abençoada.
Prazada Helena, espero que tenhas notado que os textos são do prof. Adonai Sant'Anna do DMAT-UFPR, ele tem combatido bastante a mediocridade na educação que assola o Brasil.
Amplexos.
Parece que tal modo de escrever tem alguma razão que já explicaram aqui um dia. Se não me engano, parece que a língua materna dela não é o português de Portugal nem do Brasil, melhor ela mesmo explicar se quiser.
Às vezes tenho dificuldade em entender o que ela quer expressar.
Eu quase nunca compreendo o "chinesar" produzido.
Mas "quaisquer" (!) "enganação"........
Exemplos:
"qualquer disparate"-singular.
"quaisquer disparates"- plural.
O entusiasmo, orgulho e apoio que a Escola Superior de Desporto de Rio Maior, do Instituto Politécnico de Santarém, suscita ao Sr. Ministro da Educação, Prof. Nuno Crato, é partilhado por sucessivos titulares do Ministério com a Tutela do Ensino Superior, nomeadamente, pela Sr.ª Prof.ª Maria da Graça Carvalho, titular da pasta do Ensino Superior nos XV e XVI Governos Constitucionais, como resulta da vibrante intervenção da mesma Senhora, no dia 24 de Maio de 2013, na inauguração das instalações da Escola Superior de Desporto de Rio Maior:
http://www.gracacarvalho.eu/xms/files/ACTIVIDADE_EM_PORTUGAL/OUTRAS_ACTIVIDADES/2013/5_24-05-2013_IP_Santarem/Speech_final_site.pdf
Enfim, é a FOLGOZA.
Num ensino superior politécnico público que já anunciava doutoramentos, em parcerias com universidades, o panorama da habilitação dos seus docentes é elucidativo, pelo menos, segundo dados divulgados pela Direcção-Geral do Ensino Superior, “Análise de todos os Docentes em 2008 por Categoria”, INDEZ2008, reportados a 31 de Dezembro de 2008, num universo de 8.181 docentes, no ensino superior politécnico, 35 tinham habilitação ignorada e os demais a seguinte habilitação: - 49 décimo segundo ano ou menos; - 30 Curso de Especialização Tecnológica; - 111 Bacharelato; - 2.796 Licenciatura; - 73 Pós-Graduação; - 3.602 Mestrado; - 1.485 Doutoramento.
Segundo dados da mesma Direcção-Geral, o REBIDES, no ano lectivo 2011/12, no ensino superior politécnico público num universo de 10.284 docentes, 104 têm habilitação não especificada, e os demais a seguinte habilitação: - 66 Bacharelato; - 3. 390 Licenciatura; - 4.255 Mestrado; - 2. 496 Doutoramento.
Ou seja, mais de 75% dos docentes do ensino superior politécnico público nem sequer são doutorados.
Acresce que, de 31.12.2008 até ao ano lectivo 2011/12, o nº de docentes do ensino superior politécnico público aumentou cerca de 26%.
Não obstante, ser sabido que o n.º de alunos no ensino superior politécnico há muito que tem vindo a decrescer…
A menor qualificação académica dos docentes do ensino politécnico público - em que mais de 75% dos docentes não são doutorados – mas que auferem remunerações equivalentes às dos docentes universitários, independentemente do grau académico de que sejam titulares, ou mesmo de serem titulares de um grau académico – radica no facto de no ensino superior politécnico público não ser necessário que sejam mais qualificados academicamente para ministrarem a sua oferta educativa de Licenciaturas, Mestrados e Doutoramentos.
Ainda que alguns Mestrados – e os Doutoramentos – sejam omissos da oferta educativa divulgada no site da Direcção-Geral de Ensino Superior.
Enfim, é a FOLGOZA.
E o que dizer das despesas do ensino superior politécnico público tais como, a celebração do aniversário de uma Escola, integrada no Instituto Politécnico de Santarém, com um cruzeiro na barragem do Castelo do Bode, com almoço a bordo e transferes em autocarro ao cais de embarque, para docentes, funcionários e convidados, noticiada pelo jornal “O Mirante”, na sua edição de 18.12.2008, pág. 33, em artigo intitulado “Aniversário da Escola de Gestão celebrado em tom de discórdia”, e pelo Diário de Notícias, na sua edição de 19.12.2008, pág.13, em artigo intitulado “Um passeio à conta dos contribuintes”.
Despesas estas, que não suscitaram um reparo por banda dos órgãos do Estado.
Para os que, como eu, atribuem valor ao simbólico, a subsequente nomeação da Sr.ª Presidente do Instituto Politécnico, pelo Sr. Presidente da República, para a Comissão de Honra das Comemorações do 10 de Junho de 2009, na Cidade de Santarém, teve um significado político. Ademais, conforme noticiado, a Sr.ª Presidente do Instituto Politécnico também desfrutou deste cruzeiro idílico…
Enfim, é a FOLGOZA.
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