Texto recebido de Augusto Kuettner de Magalhães:
Mais um muito interessante ensaio da Fundação Francisco Manuel dos Santos da autoria de Pedro Pita Barros, licenciado e doutorado em Economia com muitos trabalhos na área da Economia da Saúde: Pela Sua Saúde.
É como os outros um ensaio a custo baixo - decerto oportuno quenado temos cada vez menos euros - que vale a pena ser adquirido e lido por todos, a bem da nossa saúde.
E, ficam aqui umas breves dicas para alimentar a apetência à leitura deste ensaio sobre o sector da Saúde em Portugal, sobre como utilizar da melhor forma os escassos recursos disponíveis. Ajuda a compreender os desafios existentes e as potenciais soluções, com especial destaque para o Serviço Nacional de Saúde (SNS) - sobre o qual tantos falam por vezes apenas como bandeira política.
Eis alguns dados curiosos que Pedro Pita Barros esclarece ao longo do seu ensaio:
- Nos últimos dois anos de vida qualquer pessoa tem um elevado volume de despesas de saúde, seja aos 50 anos, seja aos 80 anos.
- A inovação tecnológica é como o principal motor do aumento das despesas em saúde.
- É necessário disciplinar a tentação para o abuso do uso de um bem ou serviço quando é disponibilizado de forma gratuita.
- A questão da equidade no financiamento do SNS ultrapassa bastante a aplicação directa da ideia de que quem ganha mais tem de pagar mais no momento do usufruto de cuidados de saúde.
- Não se trata de reduzir custos só para reduzir custos. Para reduzir custos a zero bastaria deixar de prestar cuidados de saúde.
- Se os objectivos são de natureza assistencial, as restrições são de natureza financeira. É necessário harmonizar os dois factores.
- É necessário captar a população para estilos de vida mais saudáveis, reduzindo doenças nessa mesmas população.
- É preciso um plano eficaz de comunicação com a população, em particular para trazer os cidadãos ao processo de mudança.
- As taxas moderadores orientam a procura. Os copagamentos, por seu lado, servem para financiamento.
- Impõe-se a reintrodução das carreiras médicas.
- Os tempos de crise trazem novos desafios também na área da saúde.
- São precisas mudanças na relação médico / doente.
- O acesso dos doentes à Internet é fonte de informação, mas a informação nem sempre é certa.
Recomendo a leitura deste pequeno ensaio da Fundação Francisco Manuel dos Santos, para melhor entendermos as mudanças na saúde sem politiquices nem os excessivos protagonismos mediáticos.
Augusto Küttner de Magalhães
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
O corpo e a mente
Por A. Galopim de Carvalho Eu não quero acreditar que sou velho, mas o espelho, todas as manhãs, diz-me que sim. Quando dou uma aula, ai...
-
Perguntaram-me da revista Visão Júnior: "Porque é que o lume é azul? Gostava mesmo de saber porque, quando a minha mãe está a cozinh...
-
Usa-se muitas vezes a expressão «argumento de autoridade» como sinónimo de «mau argumento de autoridade». Todavia, nem todos os argumentos d...
-
Cap. 43 do livro "Bibliotecas. Uma maratona de pessoas e livros", de Abílio Guimarães, publicado pela Entrefolhos , que vou apr...
2 comentários:
Os nossos avós dizem frequentemente não existir nenhum SNS, existe sim um sistema nacional de doenças.
Não exagero senhor d. anonimo!!!!!!!!!!!!!!!
Isso é mentira!!!!!!
Enviar um comentário