domingo, 10 de março de 2013

"Pela Sua Saúde" de Pedro Pita Barros

Texto recebido de Augusto Kuettner de Magalhães: 

Mais um muito interessante ensaio da Fundação Francisco Manuel dos Santos da autoria de Pedro Pita Barros, licenciado e doutorado em Economia com muitos trabalhos na área da Economia da Saúde: Pela Sua Saúde.

É como os outros um ensaio a custo baixo - decerto oportuno quenado temos cada vez menos euros - que vale a pena ser adquirido e lido por todos, a bem da nossa saúde.

E, ficam aqui umas breves dicas para alimentar a apetência à leitura deste ensaio sobre o sector da Saúde em Portugal, sobre como utilizar da melhor forma os escassos recursos disponíveis. Ajuda a compreender os desafios existentes e as potenciais soluções, com especial destaque para o Serviço Nacional de Saúde (SNS) - sobre o qual tantos falam por vezes apenas como bandeira política.

Eis alguns dados curiosos que Pedro Pita Barros esclarece ao longo do seu ensaio:

- Nos últimos dois anos de vida qualquer pessoa tem um elevado volume de despesas de saúde, seja aos 50 anos, seja aos 80 anos.

- A inovação tecnológica é como o principal motor do aumento das despesas em saúde.

- É necessário disciplinar a tentação para o abuso do uso de um bem ou serviço quando é disponibilizado de forma gratuita.

- A questão da equidade no financiamento do SNS ultrapassa bastante a aplicação directa da ideia de que quem ganha mais tem de pagar mais no momento do usufruto de cuidados de saúde.

- Não se trata de reduzir custos só para reduzir custos. Para reduzir custos a zero bastaria deixar de prestar cuidados de saúde.

- Se os objectivos são de natureza assistencial, as restrições são de natureza financeira. É necessário harmonizar os dois factores.

- É necessário captar a população para estilos de vida mais saudáveis, reduzindo doenças nessa mesmas população.

- É preciso um plano eficaz de comunicação com a população, em particular para trazer os cidadãos ao processo de mudança.

- As taxas moderadores orientam a procura. Os copagamentos, por seu lado, servem para financiamento.

- Impõe-se a reintrodução das carreiras médicas.

- Os tempos de crise trazem novos desafios também na área da saúde.

- São precisas mudanças na relação médico / doente.

- O acesso dos doentes à Internet é fonte de informação, mas a informação nem sempre é certa.

Recomendo a leitura deste pequeno ensaio da Fundação Francisco Manuel dos Santos, para melhor entendermos as mudanças na saúde sem politiquices nem os excessivos protagonismos mediáticos.

Augusto Küttner de Magalhães

2 comentários:

Anónimo disse...

Os nossos avós dizem frequentemente não existir nenhum SNS, existe sim um sistema nacional de doenças.

augusto kuettner de magalhaes disse...

Não exagero senhor d. anonimo!!!!!!!!!!!!!!!

Isso é mentira!!!!!!

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