sábado, 28 de abril de 2012

Em defesa da solidão

2 comentários:

José Batista da Ascenção disse...

Se eu tivesse oportunidade, humildemente,

sugeria ao doutor Daniel Sampaio que visse

este filme.

Nas nossas escolas, a paranóia do trabalho de

grupo chegou a ser uma panaceia incomodativa.

E aqueles tímidos (introvertidos...) que não

se dão com a confusão eram por vezes

prejudicados nas classificações porque pouco

"participativos". Em contraste, muitos

faladores (vulgo lampeiros...), às vezes mesmo

perturbadores, encaixavam melhor num

"parâmetro de avaliação", que chegou a haver,

intitulado "participação no trabalho", o que

favorecia a sua "avaliação".

Depois, essa "inovação" passou a não ser tão

impositiva...

Mas ainda estamos como estamos...

Não sei se foi por isso que tanta gente

adquiriu tão boas "competências" para

participar em certos programas televisivos.

E (ainda) há (muitos) docentes intrusivos que,

particularmente quando são diretores de turma,

não resistem a devassar a privacidade e mesmo

a intimidade dos alunos.

Mas também começa a crescer o número daqueles

que, embora penalizados em certos inquéritos

de "avaliação" pedidos a encarregados de

educação, lhes comunicam claramente que só

querem saber dos seus alunos o que possa ser

útil para os ajudar no seu papel de alunos.

O resto não lhes interessa, por motivos de

respeito, reserva e pudor.

fernando caria disse...

Fico apreensivo, e até mesmo assustado, com um mundo ou sociedade que necessita ou atribui importância a uma palestra, que justifica com estudos empíricos a necessidade e vantagens da solidão!
Quando considero adicionalmente, aquilo que penso é a audiência média de uma Palestra TED, fico ainda mais preocupado.
Até agora vivi na presunção que as vantagens e benefícios de uma certa dose de introversão ou mesmo de solidão, eram auto-evidentes.
Não tenho a certeza que a fundamentação cientifica da introversão/solidão, represente mesmo um desenvolvimento científico/social das sociedades modernas liberais.
Se calhar estava, mais um vez, enganado.

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