"É fundamental que o estudante adquira uma compreensão e uma percepção nítida dos valores" (Albert Einstein).
Contra o meu costume, hoje serei breve, brevíssimo (dirá o leitor para com os seus botões: até que enfim!).
Sempre que tenho notícias ou exemplos de copianço em situação escolar, do ensino básico ao superior, ocorre-me à memória esta história:
Num liceu, agora crismado de escola secundária, aquando da entrega de um exercício escrito, teste como hoje se diz, um aluno cábula tem zero e o "urso" da turma 18. Dirige-se o cábula a pedir esclarecimentos (e não satisfações como agora é uso na escola “democrática”) ao professor. O diálogo entre ambos terá sido, mais ou menos, este:
“Senhor doutor, o meu colega teve 18 e eu zero quando o ponto tem as mesmas respostas certas.
Responde-lhe o professor:“Tiveste zero porque copiaste pelo teu colega”.
Resposta do aluno: “Essa acusação é grave. Gostaria que ma provasse” (hoje viria a ameaça de um processo judicial ao professor por difamação!).
Retorque-lhe o professor: “É simples. Na quinta resposta o teu colega escreveu: não sei. E tu: eu também não”.
Moral da história: Mudam-se os tempos, o nome às coisas mas o copianço continua “hirto e firme como uma barra de ferro”, sem copiar, apenas, transcrevendo (sic) a expressão de um hipnotizador num programa televisivo de há anos atrás.
P.S.: Confissão: também eu copiei a imagem deste post.
Contra o meu costume, hoje serei breve, brevíssimo (dirá o leitor para com os seus botões: até que enfim!).
Sempre que tenho notícias ou exemplos de copianço em situação escolar, do ensino básico ao superior, ocorre-me à memória esta história:
Num liceu, agora crismado de escola secundária, aquando da entrega de um exercício escrito, teste como hoje se diz, um aluno cábula tem zero e o "urso" da turma 18. Dirige-se o cábula a pedir esclarecimentos (e não satisfações como agora é uso na escola “democrática”) ao professor. O diálogo entre ambos terá sido, mais ou menos, este:
“Senhor doutor, o meu colega teve 18 e eu zero quando o ponto tem as mesmas respostas certas.
Responde-lhe o professor:“Tiveste zero porque copiaste pelo teu colega”.
Resposta do aluno: “Essa acusação é grave. Gostaria que ma provasse” (hoje viria a ameaça de um processo judicial ao professor por difamação!).
Retorque-lhe o professor: “É simples. Na quinta resposta o teu colega escreveu: não sei. E tu: eu também não”.
Moral da história: Mudam-se os tempos, o nome às coisas mas o copianço continua “hirto e firme como uma barra de ferro”, sem copiar, apenas, transcrevendo (sic) a expressão de um hipnotizador num programa televisivo de há anos atrás.
P.S.: Confissão: também eu copiei a imagem deste post.
7 comentários:
Esta história pode não contribuir para a moral do post, mas não deixa de ter piada. Nos tempos idos do 9.º Ano, um colega que na disciplina de História copiava integralmente por mim tinha sempre notas muito mais baixas que eu. Ambos achávamos isso estranho até que eu lhe disse que talvez ele estivesse a alterar demasiado os textos das perguntas de resposta aberta, ao que ele me respondeu: mas eu não altero essas respostas, só a escolha múltipla.
logo o copianço é civilizacional
a cópia é civilização
a originalidade é anarkia e kaos
Acabou-se outra vez a tinta ou estragou-se o teclado do computador?! JCN
Caro Rui Baptista,
Não me revejo nos leitores que anunciou no início do seu texto, o que digo com os meus botões é exactamente o contrário. O comentário de JCN sobre o acabar da tinta ou o estrago do computador ou é uma "boca" relacionada com alguma cumplicidade que me escapa, ou é de uma estupidez sem precedentes. Quem não tem nada para dizer... pode sempre ir beber um tintol e observar as gajas, ou os gajos, que passam.
Mas vamos ao que interessa. Estudos psicológicos já provaram, há muito, que mentir é um sinal de inteligência. O programa Odisseia já mostrou testes feitos em crianças que, filmadas sem o sabrem, perante uma situação de poderem ou não mentir em benefício próprio, as que mentiam eram as que tinham um QI mais elevado.
Acontece é que as crianças crescem, e nós temos de as ensinar a ser honestas, pois desta pequena qualidade pode depender toda uma civilização. E não há que ter medo, pois dentro deste padrão, os geniais conseguem furar o status quo com a sua criatividade e desenvolverem-se em excelência. Ou pelo menos a maior parte, porque pensar que há algum sistema que garanta a justiça a tanto humano cuja quantidade colonizou este planeta em que vivemos ao ponto de pôr em causa a própria existência do planeta, é ser ingénuo. No entanto, a meta a que todos nos devemos propor é essa: a da meritocracia e justiça social para todos. Sem tirar nem pôr!
HR
Prezado HR: O seu comentário, feito com toda a seriedade, mereceu a minha melhor atenção.
Embora nem sempre, e, segundo julgo saber, nas crianças a mentira mais não é do que produto de uma imaginação fértil.
Por outro lado, rir, correr, saltar, jogar, aquela explosão assume um papel importante no desenvolvimento da criança porque, como nos legou Emile Planchard , “quanto maior e mais activa for a força lúdica mais a criança é inteligente e disponível para um ensino” que a prepare para uma vida futura sem batota e em que o mérito e o esforço andam associados a direitos e deveres.
Infelizmente, a instrução dos dias de hoje “desprepara” os jovens para o cumprimento de princípios morais e éticos que se não se coadunam com o ensino de facilitismo que impera no nosso sistema educativo para a obtenção de um diploma sem grande custo e atropelando tudo e todos. Aquilo a que António José Saraiva, na opinião de Helena Vaz Silva uma personalidade fortíssima e extraordinária, chamou de diplomocracia.
Aliás, essa mensagem tive-a da maior importância ao citar Einstein no início do meu post:"É fundamental que o estudante adquira uma percepção e compreensão nítida dos valores".
Na 1.ª linha do 3.º § intercalar entre aquela explosão assume, a frase "de alegria saudável de viver".
Este HR... é mesmo verrinoso! Safa!... Jcn
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