sábado, 25 de outubro de 2008

Sarah Palin: Ignorante e anti-ciência


A Drosophila melanogaster, a mosca do vinagre ou mosca da fruta cujo genoma foi completamente sequenciado no ano 2000, é o modelo biológico por excelência da análise genética e da hereditariedade, quer a nível do ensino quer da investigação de ponta. Este insecto é intensivamente estudado, até mesmo no espaço, há cerca de um século desde que Thomas Hunt Morgan, um dos nomes mais determinantes na genética, a notabilizou.

Morgan, doutorado em biologia pela Universidade Johns Hopkins sob orientação de H. Newell Martin, aluno de Michael Foster e assistente de Thomas Henry Huxley, começou a trabalhar com a drosófila a partir de ca. 1910 e, para explicar determinadas características herdadas exclusivamente pelos machos, formulou a hipótese segundo a qual certos caracteres hereditários presentes no cromossoma X das fêmeas eram «limitados pelo sexo». Para descrever as unidades ou factores hereditários do cromossoma X, Morgan adoptou o termo gene, criado em 1909 pelo botânico dinamarquês Wilhelm Johannsen, e concluiu que os genes se distribuíam de forma linear nos cromossomas. Morgan foi distinguido em 1933 com o Nobel da Medicina pelo seu trabalho na Drosófila

De 1928 até ao fim da vida, Thomas Morgan trabalhou no Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech) criando uma escola que marcou indelevelmente a genética, formando, entre outros, os Nobel George Wells Beadle, Edward B. Lewis e Hermann Joseph Muller. Em homenagem a Morgan, a Genetics Society of America condecora anualmente um dos seus membros com a medalha Thomas Hunt Morgan por contribuições significantes nesta área. Quiçá as palavras de outro prémio Nobel, Eric Richard Kandel, nos ajudem a perceber melhor o legado de Morgan (e indirectamente da drosófila):

«Assim como as descobertas de Charles Darwin sobre a evolução de espécies animais definiram a biologia do século XIX como uma ciência descritiva, as descobertas de Morgan sobre os genes e a sua localização nos cromossomas ajudaram a transformar a biologia numa ciência experimental.»

Tudo isto a propósito de um discurso de Sarah Palin que confirma tudo o que escrevi n'«O voto da Ciência». Palin, no seu primeiro discurso sobre as políticas que o ticket republicano pretenderia implementar se eleito (felizmente uma hipótese cada vez mais remota), explica que o dinheiro que se gasta em projectos ridículos poderia ser utilizado para coisas que realmente interessam, como seja o Individuals with Disabilities Education Act (IDEA), especialmente no que ao autismo diz respeito:
«You’ve heard about some of these pet projects they really don’t make a whole lot of sense and sometimes these dollars go to projects that have little or nothing to do with the public good. Things like fruit fly research in Paris, France. I kid you not.»


Ou seja, Palin considera que os projectos de investigação científica mais fundamental são projectos ridículos cujo financiamento merece ser cortado. A mesma investigação na Drosófila que a ignorante candidata desdenha como irrelevante que, reportando apenas à área sobre que demagogica e imbecilmente Palin discursou, no ano passado permitiu a cientistas da universidade da Carolina do Norte descobrir:
[S]cientists at the University of North Carolina at Chapel Hill School of Medicine have shown that a protein called neurexin is required for..nerve cell connections to form and function correctly.

The discovery, made in Drosophila fruit flies may lead to advances in understanding autism spectrum disorders, as recently, human neurexins have been identified as a genetic risk factor for autism.

Como refere Ben Armbruster, o estudo da mosca do vinagres tem sido providencial em outras decobertas importantes sobre autismo para além de ter «revolucionado” o estudo de 'birth defects'».

Acho que sobre a barbaridade ignorante debitada pela governadora do Alaska, PZ Myers mais uma vez resume bem o que penso:
I am appalled.

This idiot woman, this blind, shortsighted ignoramus, this pretentious clod, mocks basic research and the international research community. You damn well better believe that there is research going on in animal models — what does she expect, that scientists should mutagenize human mothers and chop up baby brains for this work? — and countries like France and Germany and England and Canada and China and India and others are all respected participants in these efforts.

11 comentários:

perspectiva disse...

A Palmira Silva, a tal que não consegue distinguir a ordem de um cubo de gelo da informação codificada do DNA, devia olhar para a trave que está no seu olho, antes de criticar o cisco nos olhos dos outros.

Para os leitores deste blogue terem uma noção dos "pseudo-argumentos" utilizados pela Palmira e pelo Ludwig Krippahl nas suas tentativas falhadas de refutarem o criacionismo, convém recordar:

Palmira Silva

1) Ao tentar conciliar a lei da entropia com a evolução, e pensando com isso desferir um golpe letal nos criacionistas, defendeu a analogia entre a estrutura ordenada dos cristais de gelo e a informação complexa e especificada do DNA.

Esqueceu-se apenas que se tivéssemos DNA do tamanho de um cubo de gelo de um refrigerante vulgar teríamos aí possivelmente armazenada a informação genética suficiente para especificar cerca de 50 biliões de pessoas, coisa que, nem de perto nem de longe se passa com um cubo de gelo, o qual é sempre um cubo de gelo, pelo menos até se derreter ou, partindo-se, dar origem a dois ou mais cubos de gelo.


O DNA contém é um sistema optimizado de armazenamento de informação codificadora de estruturas e funções que não são inerentes aos compostos químicos do DNA. Essa informação pode ser transcrita, traduzida, executada e copiada com sucesso para criar e manter múltiplos e distintos organismos plenamente funcionais.

O DNA codifica os 20 aminoácidos necessários à vida, de entre os 2000 existentes. Sequências precisas de aminoácidos darão, por sua vez, origem às cerca de 100 000 proteínas necessárias à realização das mais diversas e complexas funções biológicas.

A teoria da informação diz-nos que toda a informação codificada tem uma origem inteligente. Diferentemente, os cristais de gelo são estruturas arbitrárias sem qualquer informação codificada.

Ou seja, eles não conseguem codificar a sua estrutura e garantir a respectiva reprodução num momento ulterior.

2) Tem criticado os criacionistas por os mesmos terem certezas absolutas.

Para ela, não existem certezas absolutas, o que põe o problema de saber como é que ela pode ter a certeza absoluta de que as suas críticas ao criacionismo estão certas.

Para a Palmira todo o conhecimento começa na incerteza e acaba na incerteza. As premissas são incertas e as conclusões também.

Mas a Palmira parece ter a certeza de que isso é assim!

Diferentemente, os criacionistas entendem que o conhecimento baseado na revelação de um Deus omnisciente e omnipotente é um excelente ponto de partida e de chegada para o verdadeiro conhecimento.

Para a Bíblia o mundo foi criado por um Deus racional, de forma racional para ser compreendido racionalmente por pessoas racionais.

Os criacionistas propõem modelos científicos falíveis, mas, partindo da revelação de Deus, estão convictos de que existe a possibilidade de certeza no princípio e no fim. Jesus disse: eu sou o Alfa e o Ómega, o princípio e o fim.

3) Criticou a noção de dilúvio global (presente na bíblia e corroborada por relatos semelhantes em praticamente todas as culturas da antiguidade) com a ideia de que a água nunca chegaria a cobrir o Everest, esquecendo que é uma catástrofe das proporções do dilúvio que melhor permite explicar a origem do Everest e o facto de nos seus diferentes estratos e no seu cume se encontrarem fósseis de moluscos.

4) Apelou à introdução de uma suposta “Lei de Darwin”, para tentar “ilegalizar” as críticas a Darwin, esquecendo que as leis naturais descrevem em termos simples e incisivos regularidades observadas empiricamente, sendo em princípio cientificamente falsificáveis.

Pense-se na lei da conservação da massa e da energia, na lei da entropia, na lei da gravidade, etc.

Diferentemente, nunca ninguém observou a vida a surgir por acaso e uma espécie mais complexa a surgir de outra menos complexa.

Se existe uma lei que podemos afirmar é esta: os processos naturais não criam informação codificada. Esta lei sim, nunca foi empiricamente falsificada.

A mesma corrobora a criação, se pensarmos que o DNA é o sistema mais eficaz de armazenamento de informação.

As leis naturais foram criadas por Deus, podendo por isso ser descobertas e formuladas pela ciência.


Ludwig Krippahl:

1) Defendeu que a mitose e a meiose são modos de criação naturalística de DNA, quando na verdade apenas se trata de processos de cópia da informação genética pré-existente no DNA quando da divisão das células.

Por sinal, trata-se de uma cópia extremamente rigorosa, equivalente a 282 copistas copiarem sucessivamente toda a Bíblia e enganarem-se apenas numa letra.

De resto, o processo de meiose corrobora a verdade bíblica de que todas as criaturas se reproduzem de acordo com a sua espécies, tal como Génesis 1 ensina. A mitose e a meiose não criam informação nova, capaz de criar estruturas e funções inovadoras. Ela limita-se a recombinar informação genética pré-existente.

A meiose e a mitose existem porque o DNA as torna possíveis. Por explicar fica a origem naturalística do DNA, enquanto sistema mais eficiente de armazenamento de informação que se conhece, e da informação codificada nele contida.

2) Defendeu a evolução comparando a hereditariedade das moscas (que se reproduzem de acordo com a sua espécie) com a hereditariedade da língua (cuja evolução é totalmente dependente da inteligência e da racionalidade.)

Em ambos os casos não se vê que é que isso possa ter que ver com a hipotética evolução de partículas para pessoas, já que em ambos os casos não se explica a origem de informação genética por processos naturalísticos.

3) Defendeu que todo o conhecimento científico é empírico, embora sem apresentar qualquer experiência científica que lhe permitisse fundamentar essa afirmação.

Assim sendo, tal afirmação não se baseia no conhecimento, segundo os critérios definidos pelo próprio Ludwig, sendo, quando muito, uma profissão de fé.

Na verdade, não existe qualquer experiência ou observação científica que permita explicar a causa do hipotético Big Bang ou demonstrar a origem acidental da vida a partir de químicos inorgânicos. Ora, fé por fé, os criacionistas já têm a sua fé: na primazia da revelação de Deus.


Se o naturalismo se baseia na premissa de que todo o conhecimento é empírico e se essa premissa não consegue satisfazer o critério de validade que ela mesma estabelece para o conhecimento, vê-se bem que o naturalismo não se baseia no conhecimento, mas sim na ignorância.

4) Defendeu a incompetência do designer argumentando com o sistema digestivo das vacas e os seus excrementos. Esquece porém que esse argumento, levado às últimas consequências, nos obrigaria a comparar o cérebro do Ludwig com o sistema digestivo das vacas e os pensamentos do Ludwig com os excrementos das vacas.

E poderíamos ter dúvidas sobre qual funciona melhor, já que para o Ludwig todos seriam um resultado de processos cegos e destituídos de inteligência. Apesar de tudo os criacionistas têm uma visão mais benigna do cérebro do Ludwig e dos seus pensamentos.

As premissas criacionistas partem do princípio de que o Ludwig é um ser racional porque foi criado à imagem e semelhança de um Deus racional.

As premissas criacionistas afirmam que a vida do Ludwig tem um valor inestimável, porque o Criador morreu na cruz para salvar o Ludwig do castigo do pecado. Segundo a Bíblia, todos pecámos e estamos separados da glória de Deus, podendo obter vida eterna mediante um dom gratuito de Jesus Cristo.

5) Defendeu que a síntese de betalactamase, uma enzima que ataca a penicilina destruindo o anel de beta-lactam, é uma evidência de evolução. Nesse caso, o antibiótico deixa de ser funcional, pelo que os microorganismos que sintetizam betalactamase passam a ser resistentes a todos os antibióticos.

A betalactamase é fabricada por um conjunto de genes chamados plasmidos R (resistência) que podem ser transmitidos a outras bactérias. Em 1982 mais de 90% de todas as infecções clínicas de staphylococcus eram resistentes à penicilina, contra perto de 0% em 1952.

Este aumento de resistência ficou-se a dever, em boa parte, à rápida transferência por conjugação do plasmido da betalactamase. Como se pode ver, neste exemplo está-se perante síntese de uma enzima de banda larga com perda de especificidade e, consequentemente, com perda de informação.

A rápida obtenção de resistência conseguiu-se por circulação de informação. Em caso algum estamos perante a criação de informação genética nova, codificadora de novas estruturas e funções. Na verdade, na generalidade dos casos conhecidos em que uma bactéria desenvolve resistência a antibióticos acontece uma de três coisas: 1) a resistência já existe nos genes e acaba por triunfar por selecção natural, embora não se crie informação genética nova; 2) a resistência é conseguida através de uma mutação que destrói a funcionalidade de um gene de controlo ou reduz a especificidade (e a informação) das enzimas ou proteínas; 3) a resistência é adquirida mediante a transferência de informação genética pré-existente entre bactérias, sem que se crie informação genética nova (o que sucedeu no exemplo do Ludwig).

Nenhuma destas hipóteses corrobora a criação naturalista da informação codificada necessária à transformação de partículas em pessoas.

6) Defendeu que o código do DNA, afinal, não codifica nada. Isto, apesar de o mesmo conter sequências precisas de nucleótidos com as instruções necessárias para a construção de aminoácidos, cujas sequências, por sua vez, conduzirão ao fabrico de cerca de 100 000 proteínas diferentes, com funções bem definidas para o fabrico, sobrevivência e reprodução dos diferentes seres vivos.

Existem 2000 aminoácidos diferentes e o DNA só codifica os 20 necessários à vida. O DNA contém um programa com informação passível de ser precisamente transcrita, traduzida, executada e copiada com sucesso para o fabrico de coisas totalmente diferentes dos nucleótidos e representadas através deles.

Curiosamente, já antes dos trabalhos de Crick e Watson, já Gamow, por sinal o mesmo cientista que fez previsões acerca da radiação cósmica de fundo, previu que o DNA continha informação codificada e armazenada. E acertou.

De resto, é universalmente reconhecido que o DNA contém informação codificada. O Ludwig, por ter percebido que não existe código sem inteligência, viu-se forçado a sustentar que o DNA não contém nenhum código, apesar de ser óbvio que contém. Para ele, tudo não passa de uma metáfora.

O problema para o argumento do Ludwig é que mesmo aqueles cientistas, citados no KTreta, que sustentam que só metaforicamente se pode falar em código a propósito do DNA, afirmam que melhor se faria em falar em cifra, isto, é, em linguagem cifrada e em decifração do DNA.

Só que, longe de refutar o argumento criacionista sobre a origem inteligente da informação, estes cientistas acabam por corroborá-lo inteiramente, na medida em que sustentam que se está aí diante de informação encriptada.


Refira-se que, em sentido não técnico, uma cifra é um verdadeiro código. Também aí tanto a informação, como a cifra (ou o código) usada para a sua transmissão, têm que ter uma origem inteligente. Recorde-se que o código Morse é, em sentido técnico, uma cifra, i.e., linguagem cifrada.

Ora, o código Morse e a informação que ele pode conter nunca poderiam existir sem inteligência. Como demonstra a teoria da informação, e como o Ludwig reconhece, não existe informação codificada ou cifrada (como se quiser) sem uma origem inteligente.


Daí que, tanto a origem acidental da vida, como a evolução de partículas para pessoas por processos meramente naturalísticos sejam uma impossibilidade científica.

A abiogénese e a evolução nunca aconteceram. Assim se compreende que a origem acidental da vida nunca tenha sido demonstrada (violando inclusivamente a lei científica da biogénese) e que mesmo os evolucionistas reconheçam que o registo fóssil não contém evidências de evolução gradual. Por outras palavras, a partir da linguagem codificada ou cifrada do DNA, as conclusões são óbvias: o Big Bang é impossível, na medida em que a matéria e a energia não criam informação codificada; a origem casual da vida e a evolução de espécies menos complexas para mais complexas são impossíveis, na medida em que dependem intensivamente de informação codificada ou cifrada e esta depende sempre de uma origem inteligente.

A esta luz, as mutações e a selecção natural diminuem a quantidade e a qualidade da informação genética pré-existente, pelo que nada têm que ver com a hipotética evolução de partículas para pessoas.

Tudo isto pode ser empiricamente corroborado. Basta olhar para o mundo real do DNA, das mutações e da selecção natural.


7) Defendeu que a ciência evolui como os organismos vivos supostamente evoluem.

Sucede que a ciência evolui graças à inteligência dos cientistas e à informação por eles armazenada, sendo que nem aquela inteligência nem esta informação conseguem abarcar e compreender a quantidade e a qualidade de informação codificada contida nos organismos vivos, sendo que estes só podem existir e reproduzir-se se a informação necessária para os especificar existir antes deles e codificada dentro deles.

A ciência e a tecnologia são um domínio por excelência do design inteligente, onde as experiências e os mecanismos são desenvolvidos com um fim preciso em vista, por cientistas inteligentes e com base em informação acumulada ao longo de séculos.

Os cientistas não deixam os seus departamentos ao acaso, nem deixam que as experiências científicas sejam conduzidas por pessoas sem a mínima preparação.

A produção de milhões de espécies altamente complexas e especificadas, funcionalmente integradas, num sistema solar e num universo sintonizados para o efeito, corrobora a presença de uma quantidade incompreensível de inteligência e poder.

No registo fóssil não existe nenhuma evidência de que as espécies realmente evoluíram gradualmente. Nem se vê como as mutações aleatórias poderiam criar quantidades inabarcáveis de informação codificada altamente complexa. Nunca tal foi observado nem explicado por ninguém.


8) Autodefiniu-se como “macaco tagarela”.

Para os criacionistas, o Ludwig é simplesmente um tagarela. Mas, por mais que lhe custe, não é macaco.

9) Defendeu que o design da cebola é mau design.

Posso informar que neste momento o Ludwig já está esclarecido sobre o valor terapeutico das cebolas.

perspectiva disse...

Para aqueles que não estiveram no debate em Oeiras sobre criacionismo v. evolucionismo, podemos informar que o Ludwig Krippahl voltou a fazer das suas.

Disse que o facto de as gaivotas darem gaivotas refuta a verdade bíblica de que os seresw vivos se reproduzem de acordo com a sua espécie.

Disse que o DNA não codifica nada. Não havendo cabeça, tronco, membros, coração, cérebro, rins, músculos, nervos, tecidos, veias, artérias, etc., no DNA, resta saber como é que os nucleótidos sabem exactamente que reacções químicas é que têm que desencadear para obter a produção, reprodução, sobrevivência e adaptação dos diferentes e extremamente complexos seres vivos. Existe ou não informação? Se sim, como pode existir tanta informação sem código? Se existe informação e código, como é que ambas as coisas podem existir sem inteligência?

perspectiva disse...

Deus é espírito, não podendo ser objecto de experiências laboratoriais. No entanto, a presença e os efeitos de Deus são perfeitamente detectáveis.

Vejamos:

1. O Universo é um efeito da presença de Deus, já que ele não tem condições para se produzir a si próprio. Ele teve um princípio, estando hoje a perder energia e complexidade. Por isso, ele necessitou de uma causa que lhe tenha fornecido energia e ordem no princípio, e que não tenha tido ela mesmo um princípio.

Essa causa só pode ser um Deus todo poderoso, racional e eterno, tal como a Bíblia ensina.

2. O Universo encontra-se estruturado de acordo com leis físicas, as chamadas leis naturais. Por isso, ele pode ser estudado racionalmente. A ordem e a racionalidade inerentes ao Universo, juntamente com a sua extrema complexidade, permitem-nos corroborar a racionalidade, a omnisciência e a omnipotência de Deus. As leis da natureza são descobertas pelos cientistas, mas foram criadas por Deus. Ele é o legislador.

3) O Universo encontra-se plenamente sintonizado para a vida, falando os cientistas da existência de centenas de coincidências antrópicas. A evidência científica mais recente atesta a singularidade da Terra e do sistema solar, falando-se hoje de uma nova revolução coperniciana, só que agora em sentido contrário.

Também isso é inteiramente consistente com a presença e com os efeitos de um Deus vivo que criou o Universo para manifestar a sua glória e para permitir a vida do ser humano criado à sua imagem e semelhança.

A sintonia do Universo para a vida só é um mistério para quem não conhece o Deus da Bíblia.

3) O Código de DNA contém informação codificada, especifidando a produção,a reprodução, o funcionamento e a adaptação dos seres vivos, em quantidade e qualidade que transcendem tudo o que o ser humano é capaz de compreender e imitar.

Não existe informação sem inteligência.Não existe código sem inteligência.

A vida só é possível graças à existência simultânea de informação codificada e do mecanismo necessário para a sua transcrição, tradução e execução.

A vida é um efeito visível de Deus.

De resto, não se conhece qualquer explicação naturalista para a origem da vida ou de informação codificada. A vida nunca poderia surgir por processos naturalisticos, na medida em que ela necessita de um ingrediente não naturaliistico: informação codificada.

4) Jesus Cristo, Deus connosco, foi visto por muitas pessoas, as quais presenciaram e registaram os seus milagres e a sua ressurreição. Eles registaram que Jesus era todo o poderoso e que a natureza obedecia prontamente às suas ordens. Ele curava cegos, ressuscitava mortos, transformava a água em vinho, andava sobre as águas, acalmava as tempestades, etc. Isso foi visto e registado, podendo ser investigado historicamente.

Infelizmente para os evolucionistas, o Big Bang nunca foi observada por ninguém. A origem do sistema solar a partir de uma nebulosa tão pouco foi observada. A origem casual da vida, também nunca foi observada ou explicada. Também o hipotético ancestral comum nunca foi visto ou descrito.


Também a transformação de uma espécie menos complexa noutra mais complexa também não foi vista.

Curiosamente, alguns evolucionistas dizem que essa tranformação é demasiado lenta para poder ser observada em laboratório e demasiado rápida para ser observada no registo fóssil. O certo é que ela nunca foi nem pode ser observada.


Tanto basta para mostrar que a teoria da evolução é pura ilusão naturalista.

sguna disse...

"Ou seja, Palin considera que os projectos de investigação científica mais fundamental são projectos ridículos cujo financiamento merece ser cortado."

Com ou sem Palin, ou Palin à parte,a investigação científica mais fundamental, a chamada "blue sky science", já se encontra em grandes dificuldades. É muito mais fácil obter fundos para desenvolver tecnologia ou ciência que está mais perto de aplicações imediatas. Como combater este estado em muitas universidades europeias?

Anónimo disse...

«Morgan, doutorado em biologia pela Universidade John Hopkins»

Não será antes Universidade Johns Hopkins?

A ciência fundamental está e sempre esteve lixada exactamente porque esta atitude da Palin é comum a todos os humanos e mesmo aqueles que são ciêntistas para com áreas que não a sua.

Anónimo disse...

onde se lê "ciêntistas" deveria estar escrito cientistas.

Peço desculpa pelo erro.

lino disse...

Parece-ce menos grave a tal Palin ser uma ignorante em tantas matérias, ciência incluída, do que ter sido escolhida para candidata à VP do país mais poderoso do mundo, ou mesmo para governadora de um estado como o Alasca. Como é muito menos grave o facto de o Jónatas ser professor de direito do que a "perspectiva" de vir a ser escolhido por um dos partidos (digamos PSD, para comparar), como candidato à presidência de Portugal ou até para a ppresidência da "câmara municipal" das Berlengas.

Palmira F. da Silva disse...

Oops, obrigado ex-aluno, claro que é Johns.

Lino, o pior é ela achar que está mais que preparada para ser VP... o problema para mim não é ela ser totalmente ignorante em mais coisas do que seria normal: é a sua total convicção de que domina tudo e mais umas botas, ciência inclusive

jcoelho disse...

Resposta ao dr. Jonatas Machado

Bacalhau com Natas

Ingredientes:

600 g de bacalhau
2 cebolas médias
30 g de farinha
30 g de manteiga
1,5 dl de leite
0,25 dl de Natas para Culinária Parmalat
1 folha de louro
sal
pimenta
cravinho
1/2 kg de batata
Confecção:

Corta-se o bacalhau e coloca-se num recipiente com água de véspera, tendo o cuidado de lhe mudar a água várias vezes.
Retira-se o bacalhau e leva-se a cozer em água limpa, após o que se desfia.
Cortam-se as cebolas em rodelas finas e as batatas em palitos os mais finos possíveis, fritando-as à parte num tacho.
Leva-se ao lume a manteiga, a que se junta a farinha, mexendo bem. Adiciona-se o leite, previamente fervido, lentamente, mexendo sempre, e deixa-se cozer, continuando a mexer com uma colher de pau. Por fim, tempera-se com sal e pimenta e juntam-se as natas para culinária Parmalat quando adquirir uma consistência muito cremosa.
Leva-se o azeite ao lume numa frigideira, juntando de seguida a cebola e deixa-se refogar. Assim que começar a alourar, junta-se o bacalhau desfiado para que refogue um pouco.
Num tabuleiro de ir ao forno untado com manteiga deita-se este preparado, pondo uma camada de batatas por cima.
Cobre-se tudo com o creme de natas e leva-se ao forno para ganhar um pouco de cor.


O perpectiva coloca lençõis criacionistas que ninguém lê em tudo o que é sitio. Esta resposta é uma cópia da resposta de um leitor ao Jonatas, que disse o mesmo num post com um tema que nada tinha a ver com criaccionismo, tal como agora, no Ktreta

Lucas disse...

Joaquim,
Obrigado pela receita! A vÊr se a ponho em práctica.

Incrível as coisas que se aprendem nos blogs darwinistas :D

Anónimo disse...

Duvido que Obama ou qualquer candidato a presidente ou vice-presidente saiba que a mosca do vinagre é o modelo biológico por excelência da análise genética e da hereditariedade, quer a nível do ensino quer da investigação de ponta.

Eu não sabia e há mais de uma década que me interesso por moscas. Nem O Lino que é um amigo da ciência sabia.

O corpo e a mente

 Por A. Galopim de Carvalho   Eu não quero acreditar que sou velho, mas o espelho, todas as manhãs, diz-me que sim. Quando dou uma aula, ai...