sábado, 9 de agosto de 2008

O que fazer com os Dons Casmurros?

Um leitor anónimo, a propósito do meu post anterior, levanta a questão de saber o que podemos fazer perante os casmurros, que entopem os sistemas académicos, impedindo a criatividade e a inovação. E faz algumas sugestões com as quais concordo. Mas há dois aspectos que importa sublinhar.

Primeiro, o que eu descrevi não se aplica apenas à ciência, mas a qualquer actividade cognitiva — história, filosofia, economia, matemática, etc. Há uma tendência, sempre que se fala em peer-review, de pensar apenas em ciências como a física ou a biologia, e isto é de um provincianismo atroz. O mesmo sistema de peer-review existe em filosofia — bem ou mal feito, mais a fingir ou mais genuíno real, mas existe. Até há poucos anos, tal coisa era relativamente desconhecida em Portugal, nos meios filosóficos, quando ajudei a fundar a revista Disputatio. Mas hoje já nem em Portugal isso é desconhecido nesses meios, e é certamente bem conhecido no Brasil, onde agora trabalho.

Segundo, um aspecto crucial do sistema é... haver vários sistemas. É crucial que haja várias agências de apoio à investigação, várias universidades, vários grupos de trabalho. Esta diversidade é crucial e é uma pena que haja a tendência para se aglutinar numa só agência todo-poderosa a maior parte do dinheiro para a investigação. Isso acontece não apenas em Portugal, com a todo-poderosa FCT, como tem tendência para acontecer em toda a Europa, com a sinistra ESF (para se saber por que razão é sinistra leia-se este livro). Isto é mau. A diversidade é uma salvaguarda crucial do sistema; imagine-se como as coisas seriam se em vez de haver várias revistas de ponta de filosofia ou física houvesse apenas uma. Se houvesse só uma, os erros de avaliação inevitáveis do director dessa revista seriam muitíssimo graves, ao passo que havendo várias revistas a probabilidade de erro fica diluída: onde um erra, outro acerta.

Nunca devemos esquecer que a diversidade é crucial para a saúde de qualquer sistema de procura da verdade ou do valor, pela simples razão de que somos todos falíveis. Essa é a grande lição do livro Sobre a Liberdade, de Mill, que não me canso de recomendar.

13 comentários:

alf disse...

Tem toda a razão: a diversidade parece ser o melhor antídoto. Mas parece-me que a diversidade não pode existir com força significativa dentro do sistema científico. Pertencer a um «mainstream» acaba sempre por ser vantajoso e este acaba fatalmente por surgir e impor-se.

A diversidade tem de se ir buscar a outros meios de divulgação do conhecimento. Como fez Galileu, por exemplo.

Mas nada como uma situação prática para compreendermos o problema na pele. E eis que existe uma oportunidade rara de fazer a experiência:

No meu blogue «outra física»

http://outrafisica.blogs.sapo.pt/

estou a apresentar uma nova teoria cosmológica com a particularidade de o estar a fazer usando apenas conhecimentos ao nível do liceu. Sem qualquer cedência no que se refere ao rigor científico.

Sou um «anónimo», como qualquer autor que um referee tem de apreciar.

Assim, qualquer um tem a oportunidade de se colocar na posição de um referee, pois dispõe de todos os conhecimentos necessários à apreciação do texto que eu estou a apresentar; e está até em vantagem, pois um referee da especialidade está ligado à teoria vigente.

E, assim, qualquer um tem a oportunidade de ver como vai reagir ao confronto com ideias diferentes das que aprendeu como «certas» - e talvez vá descobrir algo sobre si próprio e sobre a dificuldade que temos em enfrentar uma nova ideia...

gogol disse...

Caro Desidério Murcho:

Ainda em relação ao post anterior, julgo que está a incorrer num erro. Diz que, neste momento, todas as "tretas" que se fazem nas artes são consideradas "geniais", mas a realidade é bastante diferente: hoje como ontem é extraordinariamente difícil aos artistas conseguirem entrar em, "cena". O que me parece que o Desidério está a indicar é uma coisa diferente, ou seja, a tendência para o mercado de arte procurar aquilo que faça escândalo ou tenha vendas garantidas.

Já tenho ouvido por exemplo o argumento frequente de que hoje em dia qualquer um publica um livro; mas esquece-se da condição principal, a de que o livro prometa ter um mínimo de visibilidade pública. As editoras estão cheias de romances e poemas recusados.


(...já me chegou aos ouvidos que, quando se encontra um "novíssimo" autor com talento, os responsáveis editoriais costumam pôr em suspenso a publicação da obra e pedir ao autor que primeiro crie um blogue...)

alf disse...

Uma experiência conceptual à laia de Einstein: imaginemos que no tempo de Copérnico já existia o sistema de referees e publicações científicas de hoje. O que aconteceria se o Copérnico submetesse um artigo seu?

A resposta a esta questão, que me foi exposta pelo prof J M Baptista, é que o trabalho de Copérnico seria rejeitado. Porque violava as leis aceites e nem sequer era mais preciso que o modelo «standard», o de Ptolomeu, pois o Copérnico considerou órbitas circulares.

Então poderemos raciocinar que um sistema de referee adequado seria um que fosse capaz de ultrapassar este teste, capaz de aprovar o trabalho de copérnico.

Em seguida podemos olhar para outro aspecto. O livro de Copérnico mereceu o maior interesse da Igreja e foi amplamente divulgado. Galileu, então, nem se fala - ele divulgou ferozmente essas ideias, por multiplos meios.

Podemos então perguntar: qual foi a adesão dos meios académicos a essas novas ideias? Quantos «cientistas» vieram apoiá-las?

A resposta é clara: a adesão foi nula ou quase, a rejeição foi generalizada. Na verdade, podemos até dizer que os académicos pressionaram a Igreja para que «calasse» o Galileu.

Já não é o sistema de refereee que está em acção - é a própria mentalidade dos cientistas.

Chegamos assim à evidência de que a ideia de um trabalho ser avaliado «pelos seus pares» talvez não seja uma boa ideia afinal!

Um cientista rejeita ideias diferentes das que já aceitou como certas. Isto está farto de ser afirmado por eminentes cientistas, como o Planck. E aqui reside a essência do problema.

Portanto, pessoas como o Copérnico não podem ser julgadas por «cientistas». Na verdade, estes não são os seus pares. Porque um cientista é essencialmente alguém que aplica métodos matemáticos aceites a conjuntos de dados obtidos de forma aceite.

Um Copérnico é mais um filósofo.

Desidério Murcho disse...

Caro Rui: Não conheço bem os meios artísticos para saber até que ponto é difícil a afirmação dos novos artistas. Pelos produtos que vejo aclamados como geniais, fico com a impressão de que algo está profundamente errado aqui.

Caro Alf, o que diz é falacioso.
Em primeiro lugar porque no tempo de Galileu não havia imensas revistas científicas como hoje; em segundo, porque as universidades da altura estavam quase todas sob o jugo da igreja. A ideia de universidade livre é algo muito importante, mas só raramente existiu ao longo da história. Existiu na Grécia antiga e existe hoje, em alguns casos; durante o resto do tempo as universidades estiveram sempre sob o jugo da igreja ou do estado, e consequentemente não faziam o seu trabalho em termos do mérito intrínseco das coisas, mas unicamente por razões políticas e religiosas.
Em segundo lugar, porque as pessoas comuns não podem pura e simplesmente avaliar as ideias de um cientista ou de um filósofo, porque não têm os conhecimentos suficientes para isso. As pessoas comuns não distinguem a medicina científica da homeopatia, e tendem a pensar que é apenas uma questão de ser “científico” de uma maneira diferente, razão pela qual acham que quem denuncia a homeopatia como charlatanice é casmurro.
Não precisamos de pensar no que teria acontecido a Galileu hoje, pois sabemos o que aconteceu a Einstein há pouco mais de um século. O seu artigo foi publicado e foi tão polémico que um friso de doutos físicos alemães escreveram para a revista a protestar pela publicação do artigo, que era uma vergonha tal coisa. Mas o certo é que o artigo foi publicado, acabou por ser cuidadosamente estudado e as suas ideias acabaram por se impor. Evidentemente, isto não acontece quando as ideias das pessoas não funcionam, ainda que os seus autores pensem que funcionem.
Em terceiro lugar, porque está precisamente supor que como Galileu era filósofo não se podem aplicar os mesmos critérios de exigência e rigor que se aplicam aos cientistas. Isto é falso, mas falarei disso noutra ocasião.

É importante não esquecer o seguinte: Nunca há mais razões para acreditar que um inovador tem razão, só porque está muito entusiasmado com as suas ideias novas e só porque são novas, do que para pensar que quem as recusa tem razão. A falácia que o Alf está sempre a cometer é pressupor que todas as ideias novas só porque são novas e revolucionárias são boas. Precisamos de maneiras de distinguir as boas da más e nem os autores das ideias são bons avaliadores, nem o grande público tem os conhecimentos necessários para o fazer. Nenhum outro método é melhor do que a avaliação dos pares, mas o método não é perfeito. Quando um académico acha que tem razão e os colegas acham que não, tudo o que ele tem a fazer é publicar essas ideias e passar adiante; se elas forem realmente verdadeiras e fecundas, isso acabará por se ver com o tempo. Agora, se ele ficar obcecado com a maravilha das suas ideias e não fizer mais nada, isso é logo um sinal de que é uma treta: tudo o que ele quer é a fama de ser considerado um génio inovador, e isso obscurece a sua capacidade de raciocínio e impede-o de procurar honesta e tranquilamente a verdade.

António disse...

Só uma dúvida: A revista Disputatio não é patrocinada pela FCT?

alf disse...

caro Desidério murcho

Onde foi buscar a ideia que eu penso que uma ideia é boa só por ser original?

Tenho referido, noutros lugares, que o grande problema que enfrentamos é a enorme ignorância do que seja «geração de hipóteses»; e porque nada sabemos sobre isso, toda a gente constroi as hipóteses mais absurdas; e, pior do que isso, fica irredutivelmente convencida de que são verdadeiras. Exactamente como diz, só que, como desde miudo eu percebi isso, nesse erro eu não caio - aprendi foi a gerar hipóteses.

O que eu disse sobre o Copernico e o Galileu mantém-se: se fosse hoje, o trabalho de Copérnico nunca seria publicado num revista científica. Porque objectivamente viola as regras do sistema: viola as leis fundamentais aceites e não obtem resultados melhores que o modelo «standard».

Isto é um facto, que nenhum cientista de boa fé nega. E o exemplo nem sequer é da minha autoria.

O actual método de avaliação tem várias limitações. Note o seguinte: o que é que se pede ao referee? Que garanta que o trabalho submetido não está errado. Se o referee aprovar um trabalho e depois se vier a verificar que ele está errado, o referee fica mal visto; mas se o referee recusar um trabalho que apresenta um resultado contrário ao pensamento aceite e depois, miraculosamente, se verificar que esse trabalho estava certo, nenhum mal vem daí ao referee.


Eu falo por experiencia própria. Em tempos enviei um par de letters para a Solar Physics que, após muito tempo, acabaram por ser recusadas, uma com o argumento de que eram precisos mais argumentos para convencer os leitores da revista e a outra com o argumento de que o sunspot record não é fiável. Como desculpas para não publicar, são verdadeiramente extraordinárias... é que não foram capazes de encontrar um errozito técnico, formal, gramatical para suportar a rejeição..

O facto dos artigos de Einstein terem sido publicados tem algo de misterioso e penso que tem a mãozinha do Planck no assunto. O tal que afirmou que era inutil convencer os cientistas de uma ideia nova, seria necessário esperar que a actual geração morresse e uma nova crescesse em contacto com as novas ideias.

Negar pois que este problema existe não me parece uma atitude sensata. E têm sido procurado alternativas, mas ainda nada melhor foi conseguido.

Quando referi que o Galileu era «filósofo» estava a dizer que era alguém que não se limitava a aplicar cegamente métodos matemáticos a conjuntos de dados - estava a dizer que era alguém capaz de pensar para alem da metodologia cega da ciência. Não tem nada a ver com questões de rigor. O Galileu, o Newton, o Copernico, o Poincaré, o Einstein, estão muito para além do «cientista operário». Que nome lhes podemos chamar? Eu prefiro designa-los por «filósofos naturais». Não estão limitados por regras nem metodologias, o seu pensamento busca unicamente entender o universo.

A relatividade segundo Minkowsky é um imenso absurdo que nunca poderia sair da cabeça de um Einstein - mas que é aceite pela generalidade dos «cientistas operários», que nem entendem o que o Einstein escreveu. Se as contas segundo o Minkowsky dão certo é porque a teoria está certa, não é? Para quê pensar mais?

Tem toda a razão qd diz que a ciência tem dependido, a maior parte do tempo, da política ou da religião. A fundação de Academias de Ciência tem muitas vezes o objectivo de conseguir escapar a isso. Mas só o consegue temporariamente porque não consegue autonomia financeira.

Fico feliz por ter respondido ao meu comentário, pois um blogue onde os autores quedam mudos face aos comentários não é um blogue, é um jornal; embora compreenda que responder aos comentários pode consumir muito tempo.

Desidério Murcho disse...

Alf, não estou assim tão certo que o trabalho de Galileu não teria sido publicado. Em qualquer caso, isso é cada vez mais irrelevante. Poderia não ser publicado numa revista, mas ele poderia publicar um livro, ou um e-book, ou na Internet.

Não há solução automática para o problema. Mas tornamos o problema menos grave se houver vários canais de publicação diferentes, em vez de apenas um. Devia ter mandado o seu artigo para outras revistas e depois publicá-lo na sua página pessoal. É assim que temos de fazer.

António: sim, a Disputatio é financiada pela FCT, como aliás praticamente toda a investigação que se possa fazer em Portugal. E eu fui bolseiro três vezes da FCT, se contarmos o período em que ainda não se chamava assim. Devia haver várias agências de apoio à investigação e não uma só. A diversidade limita os erros humanos que inevitavelmente ocorrerão. Isto é óbvio, mas infelizmente nem sempre é tido em linha de conta quando os políticos querem controlar as coisas à sua maneira.

Desidério Murcho disse...

Alf, só mais uma coisa: detesto aquelas pessoas que pensam que a sua área de investigação é a melhor do mundo e por isso hesitei em dizer isto. Mas parece-me que uma formação sólida, ainda que elementar, em filosofia, poderia ajudar muitos cientistas a ter uma visão menos mecânica da ciência. O próprio Einstein defendia isso:

http://criticanarede.com/html/cie_einstein.html

E porquê? Porque a filosofia é especulação, mas especulação rigorosa. Consiste em tentar saber o que ainda não temos métodos seguros para conseguir saber, mas sem entrar em delírio (claro, os piores filósofos entram mesmo em delírio, mas há maus profissionais em todas as áreas). Saber enfrentar o desconhecido sem metodologias pré-determinadas é muito importante para um cientista, e isso é o que nós fazemos em filosofia todos os dias.

alvares disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
alvares disse...

Se o sistem peer-review deve avaliar apenas a "validade" de um trabalho cientifico então posso afirmar que já ultrapassou essa fronteira há algum tempo, o que há mais são criticas a questionarem a "relevância" e a "importância" dos trabalhos e não a sua "validade". O curioso que alguns dos trabalhos mais importantes na área da computação têm sido inicialmente rejeitados pelo "sistema", por exemplo, a rejeição do artigo que apresentava a World Wide Web "ao mundo"....
Talvez a pouca diversidade de meios de divulgação e regulação seja o grande problema da comunidade cientifica num mundo global. O trabalho não publicado numa conferência ou jornal, desde que válido, deveria ser publicado noutra/o. Compreendo que é dificil existir conferências com milhares de pessoas e jornais com centenas de páginas, assim e talvez seja necessário criar mais meios de comunicação e divulgação.

Osame Kinouchi disse...

Desidério, mais alguém do De rerun Natura está trabalhando no Brasil?
Estou colocando um link para o De Rerun no Portal ABC de blogs científicos:
http://dfm.ffclrp.usp.br/ldc/index.php/anel-de-blogs-cientificos

Por enquanto ainda não organizamos uma página específica para os blogs de Portugal (na verdade, não queremos concorrer com o Portal Blogues de Ciência). Mas faremos isso no futuro, depois que a blogosfera cientifica brasileira for razoavelmente mapeada.

Quanto ao tema do post, acho que é ingenuo confiar apenas na "verdade" de uma hipótese para sua aceitação pela comunidade cientifica. A validade, pelo menos provisional, da hipotese é uma condição necessária, mas pode não ser suficiente. O conservadorismo da comunidade é um filtro (necessário) para fitrar os cranks, mas também pode bloquear (ou adiar) a aceitação de novas ideias. Por exemplo, acredito que a Biologia é bem mais conservadora que a Física, talvez porque a física teórica esteja acostumada com especulações científicas (de forma que publica-se muito lixo, mas espera-se Popperianamente que o lixo seja esquecido ou mostrado errado no médio-longo prazo) enquanto que a Biologia ainda esteja presa à visão empiricista de que precisa-se ter (quase)certeza empírica para se publicar algo.

Desidério Murcho disse...

Obrigado pelo destaque, Osame! De entre os autores do Blog, só eu trabalho no Brasil.

alf disse...

Desidério

Publicar artigos não é um objectivo para mim, não persigo uma carreira científica; além disso, tentar publicar noutras revistas consome tempo e acaba por não adiantar, o mais provável é simplesmente alguém reparar que eu posso ter razão e publicar ele um artigo ou um livro usando, pelo menos em parte, as minhas ideias. E não estou a efabular qd digo isto...


Escolhi outro caminho e estou a sentir-me bem com ele - ao mesmo tempo que vou postando as minhas ideias vou melhorando-as pela interacção com os meus comentadores. E expor os assuntos em posts obriga-me a uma escrita muito mais cuidada do que se me pusesse directamente a escrever um livro.

No fundo, as diversas revistas científicas não representam uma verdadeira alternativa. O sistema científico é só um. E cada vez mais vive para si próprio.

Se reparar bem, verificará que a esmagadora maioria dos artigos que se publicam não passsam de uma espécie de TPC - trabalho para casa. E é por isso que a evolução da Física é tão pequena comparada com o volume de publicações - por exemplo, a Solar Physics publica um volume com centenas de páginas todos os meses e, no entanto, o nosso conhecimento do Sol é quase imutável, as ignorâncias são as mesmas há muito tempo. Muito papel para muito pouco.

A alternativa parece-me ser o Livro. Ou um processo de chegar a pessoas fora do meio cientifico. Ou seja, é preciso uma pluralidade de sistemas; como só existe um sistema científico, a alternativa é publicar fora dele - em livro, ou na net.

Devo dizer que outra alternativa que coloquei foi submeter os meus trabalhos a revistas de filosofia; mas, por agora, estou a gostar de blogar...

Interessante a criticanarede... só vi a correr mas vou analisar com cuidado.

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 Por A. Galopim de Carvalho   Eu não quero acreditar que sou velho, mas o espelho, todas as manhãs, diz-me que sim. Quando dou uma aula, ai...