PALAVRAS DE QUE GOSTO
«Cientista». Eu sou um. Palavra que só surgiu no século XIX pois só então surgiu a necessidade de designar um novo ofício.
«Curiosidade». O que move os cientistas. Para Einstein era «apaixonada»
«Descoberta» -Palavra que surgiu pela primeira vez numa língua nacional em Portugal no tempo dos Descobrimentos. As coisas já lá estavam, mas foram reveladas.
«Deslumbrante». Gosto de ser deslumbrado, seja por uma paisagem, por um fenómeno ou por uma pessoa.
«Nefelibatas». Os habitantes das nuvens. No tempo de Aristófanes eram os sofistas.
«Verdade». Uma palavra cada vez mais em perigo que importa preservar custe o que custar.
PALAVRAS DE QUE NÃO GOSTO
«Ao nível de». Usada a torto e direito, bastante mais a torto do que a direito
«Bué». Nunca uso, dizem-me que significa «muito«; se assim é, porque não dizem «muito»? E qual é o novo termo para «pouco»?
«Cena». Normalmente é «ganda»! O verbo que liga com cena é «assistir»
«Em termos de». Demasiado usado como tradução à letra do inglês. A mais engraçada que ouvi foi quando perguntei por uma estrada e me disseram que, «na rotunda, em termos de direita, é a ultima» (sic)
«Tipo». Usada por toda a malta, tal como «cena», ou ainda «fixe» e «prontos»
«Woke». Já entrou no português o termo inglês que designa uma tendência horripilante de censura vocabular e não só.
4 comentários:
E opcionalidade? Esta ouvi-a há uns anos a uma ministra da Saúde na frase (cito de cor) "o SNS oferece várias opcionalidades". Também embirro com "ténhamos" e com as agressões, frequentíssimas nos media, ao vejo haver.
Para além dessas, eu embirro com o "naquilo que é" que é usada a torto e a direito, sobretudo por políticos e comentadores.
ao verbo?
Sim, verbo. Vejo foi erro ao bater nas teclas.
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