sábado, 11 de março de 2023

PENSAMENTO DO DIA

O IDEAL CRISTÃO NUNCA FOI TESTADO E REPROVADO. 
FOI CONSIDERADO DIFÍCIL E NUNCA FOI EXPERIMENTADO. 
G. K. Chesterton, 
escritor católico 

Seria uma ideia refrescante, ao fim de dois mil anos, a Igreja Católica experimentar seguir o guião do Cristianismo. Seria uma boa e grande surpresa, para padres, bispos, cardeais e Papas. 

Teríamos uma Igreja Católica muito diferente desta que temos. Mas seria provavelmente necessário fechar o Vaticano. Alguns perderiam empregos sumptuários, mas, em vez de "empregos", teriam missões a cumprir. Ficariam menos ricos, exteriormente, mas infinitamente mais ricos, interiormente. E a Igreja Católica deixaria de ser o ANTI-CRISTO que tem sido.

A pompa seria substituída pela mais severa humildade franciscana. As belas palavras do Sermão da Montanha deixariam de ser retórica vazia. Um bispo ou um cardeal deixariam de existir, assim deixando de ser uma afronta a tudo quanto Cristo viveu e pregou. 

Cristo crucificado, dentro da majestade de pedra de uma catedral é uma infame contradição.

Eugénio Lisboa

5 comentários:

Anónimo disse...

Blablasfémia! Eugénio à fogueira!
"Pai, porque me abandonaste?" O Homem despojado de todo o conteúdo substancial, singularidade vazia da Substância Universal tem de se humilhar, de se objetivar como um miserável indivíduo em toda a sua abjeção, abandonado por Deus...
A Quem regressaremos?

Inocêncio disse...

Também o ideal de escola EB 1, 2, 3 + S + JI é feito de professores que ensinam e de alunos que aprendem e, depois, em contexto de sala de aula, como dizem as arianas e os domingos das “ciências da educação”, é o que se vê: os professores preenchem grelhas, e mais grelhas, com rubricas, e os alunos jogam em rede com os seus telemóveis!
Evidentemente que o mandamento novo “Amai-vos uns aos outros” precisa de ser explicado ao povo leigo, e aos cavaleiros guerreiros, por toda uma hierarquia de cardeais, bispos e padres, com um mínimo de poder, senão vão continuar a matar-se uns aos outros como se nada fosse! Ademais, para evangelizar o mundo é preciso dinheiro, muito dinheiro!...Sem uma Igreja uma, santa, católica e apostólica, a divisão diabólica, passe a redundância, levaria ao aparecimento de inúmeras capelas e capelinhas que, apesar do ideal cristão, acabariam, mais tarde ou mais cedo, por se engalfinhar umas com as outras.
É o que se passa nas nossas escolas EB 1, 2, 3 + JI + S: quase todas estão a adotar o regime da semestralidade, desprezando o calendário escolar tradicional, que respeitava os tempos das festas religiosas católicas, para que todos, religiosos e ateus, se sintam como se estivessem em casa, mas, no entanto, a indisciplina e violência escolar aumentaram.
Para dar uma resposta credível ao triste estado a que chegou a educação em Portugal, uma grande parte da nossa melhor intelectualidade da área das “ciências da educação” tem procurado refúgio na filosofia ubuntu, cujos sequazes aspiram a criar um mundo novo, dentro e fora das salas de aula, sem choro nem ranger de dentes, onde eu sou porque tu és...

Carlos Ricardo Soares disse...

Louvo a lucidez e a acutilância crítica de Eugénio Lisboa, que não cede a ambiguidades, no seu melhor.
As religiões e as igrejas e muitas organizações políticas que se lhe assemelham e que lhes copiaram os métodos (estou a pensar nos partidos comunistas e nos fascistas), na minha perspetiva, são respostas humanas adaptativas, culturais, racionais, a situações e necessidades humanas, adaptativas, culturais, racionais. Elas foram e serão a melhor resposta até que apareça outra melhor.
Mas não podemos perder de vista o seguinte: elas nunca foram uma boa resposta.
Aliás, dificilmente ou nunca, houve uma boa resposta, nem sequer científica, a um problema. Este é o drama e a tragédia da condição humana.
Todos pensamos saber o que é melhor, mas ninguém sabe o que é o bom.
Quanto a Cristo, a quem não podemos atribuir méritos, nem responsabilidades, porque não terá escrito nenhuma das palavras que lhe são atribuídas, continua a ser crucificado, como se continuasse vivo na cruz, por aqueles que mais se servem dele para fins contrários ao que ele simboliza.
Os grandes cristãos, verdadeiros cristãos, não eram religiosos e não pertenciam a nenhuma igreja, mas preconizaram a doutrina cristã que, em certo sentido, não deixa de ser ateia.
Encontramo-los no iluminismo, os mesmos pensadores que a igreja católica abomina e culpa de todos os males, que souberam interpretar a doutrina cristã da igualdade, pedra angular de todo o edifício da civilização, que nem os gregos, nem o romanos, nem os teólogos cristãos lograram perceber.
Aqueles que, dizendo-se cristãos, não foram capazes de compreender a doutrina de Cristo, foram superados por quem os desprezava nas suas contradições e que, justamente, não eram cristãos que se serviam de Cristo para fins contrários à doutrina cristã.
Para dizer, em suma, que me causa tristeza e angústia ver, por todo o lado, tantos monumentos à infâmia, de que destaco a basílica de S. Pedro no Vaticano e outras construções faraónicas, não por serem, como as vejo, monumentos à infâmia que, como tais e como obras de arte, devem ser preservados, mas como locais de peregrinação, de culto e de adoração.

Anónimo disse...

Um ateu é só um duplo... Se existem é porque algo falhou, certo? O vidro do espelho não deixou passar e a imagem permaneceu na superfície.
A exclusão existe por causa dos hologramas parados, sem Além.

"Amai-vos uns aos outros...", incompleto.
... "Como eu vos amei." Agora, sim, mas inconsistente. Eu, Quem? O Inacessível, O Desobediente ou o Abandonado que morreu na cruz? Amar como Quem?
Sim, Eu Sou porque Tu És e/ou Não És. A filosofia Ubuntu não é um refúgio, é uma prisão. É um espelho...

Inocêncio disse...

Os ideais, sejam religiosos, ou de outra natureza, para medrarem têm de ter terra boa e muita água, ou um outro qualquer substrato em que se apoiem. Na Idade Média, os cavaleiros guerreiros, armados até aos dentes e organizados em monarquias hereditárias, eram, então, o principal esteio da religião católica. Com o fim da Idade Média e a ascensão da burguesia, os cavaleiros não foram imediatamente substituídos, mas o fator dinheiro ganhou muita força na defesa da santa fé católica, em dada altura garantida pelo reino unido de Espanha e Portugal.
Atualmente, mantendo toda a parafernália de filosofias que o justificam racionalmente, o edifício do ideal cristão, sem uma retaguarda de mísseis balísticos
operacionais, nem uma economia robusta que o ampare, começa a abrir brechas por onde até já saem pedófilos!
Nas escolas C + S e EB 1,2,3 + JI + S, consideradas, a par das escolas finlandesas, as mais avançadas do mundo, é um ver se te avias para acabar de vez com as férias do Natal e da Páscoa, introduzindo o calendário semestral que, além de bloquear a religião católica retrógrada, permite ir buscar quase um mês, por junto, de dias de recuperação das aprendizagens da COVID e das greves de 2023 dos professores!

O corpo e a mente

 Por A. Galopim de Carvalho   Eu não quero acreditar que sou velho, mas o espelho, todas as manhãs, diz-me que sim. Quando dou uma aula, ai...