domingo, 20 de novembro de 2022

DESCODIFICAR O QUE SE DIZ E ESCREVE SOBRE EDUCAÇÃO ESCOLAR

Isabel Leiria, jornalista do Expresso, faz um trabalho de investigação profundo no campo da educação escolar que em muito esclarece o que nele acontece. Em vez de, como é comum, replicar "narrativas" - não o faz, de todo! - reúne informação, trata-a e apresenta o resultado, que é claro, sistematizado, informativo. A opinião fica a cargo do leitor, como deve, de resto, ficar em trabalhos jornalísticos.

Acontece que para chegar a um resultado deste tipo, é preciso "descodificar". Em educação - como noutras áreas - revela-se um exercício particularmente difícil e moroso. É certo que o conhecimento adquirido e o traquejo aguça o discernimento, torna o exercício mais ágil e rápido, mas, ainda assim, não é qualquer um que o faz com qualidade e sobriedade. Por isso, este título "descodificador", que aparece no jornal em causa, é particularmente feliz neste campo. Precisamos de quem, sem orientar o pensamento, "descodifique" mensagens muito bem elaboradas para que as aceitemos sem colocar qualquer questão.

2 comentários:

Alberto disse...

A codificação exagerada da linguagem na área da educação é intencional por parte de quem a pratica, com o fim de esconder, atrás de palavras desconchavadas, muitas teorias e orientações absurdas dirigidas a professores, alunos e encarregados de educação.
Sem filtros, os grandes princípios orientadores da política educativa são:
- Os professores devem ensinar muito pouco, pois só assim os alunos podem aprender mais e melhor;
- O sucesso escolar é obrigatório para todos os cidadãos, à saída da escolaridade, obrigatória até aos dezoito anos de idade;\
- Os professor, ou os seus colegas educadores de infância, têm de justificar por meio de folhas excel, devidamente preenchidas, com mais de 20 parâmetros de avaliação, porque não atribuem nota positiva ao aluno x; como muito bem lembra o nosso ministro, quando um médico não consegue curar um doente, este, e os seus familiares, têm direito a explicações por parte do médico - independentemente da classe social, todos temos direito de ser aprovados por professores, na escola, e curados por doutores, no hospital.
No caso vertente, o ministério da educaçãp só q

Alberto disse...

(Continuação)
No caso vertente, o ministério da educação só quer dizer que os professores e educadores de infância sejam selecionados pelo Presidente da Câmara e por funcionários municipais que por uma questão de subsidiaridade são os mais bem colocados para reconhecerem perfis de profissionais do ensino mais adequados para as suas escolas.
Voltando à Medicina, um médico doutorado com vinte valores pode ser um mau clínico. Então, para desfazer dúvidas, nada melhor do que uma escolha local, feita pelo Presidente da Câmara, em conciliábulo com os seus funcionários, para colocar o médico mais adequado a exercer no hospital da terra. Infelizmente, quer na área da Educação, quer na área da Saúde, vai continuar a haver doenças e doentes incuráveis.

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