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EMPIRISMO NO PENSAMENTO DE ARISTÓTELES E NO DE ROGER BACON, MUITOS SÉCULOS DEPOIS.
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2 comentários:
Parabéns pela qualidade do programa, pelo interesse dos temas e, sobretudo pela excelência das intervenções e dos participantes. Nesta edição, pareceu-me ter havido algum desencontro sobre se é legítimo julgar a história à luz dos conhecimentos e valores actuais. Fiquei a pensar sobre o assunto. Parece-me que há duas questões a considerar: a história, do ponto de vista científico do historiador, e a história enquanto objecto de julgamento, por ser acção humana e toda a acção humana ser susceptível de submissão a algum tipo julgamento.
Quanto à averiguação e determinação dos factos, esta não deve, de modo algum, ser contaminada por preconceitos, prejuízos ou subjectivismos, valorativos ou outros, porque isso poria em causa a credibilidade e a validade dos mesmos, pelo menos nos aspectos em que os factos tivessem carácter mais descritivo ou narrativo.
Quanto a julgar a história, talvez mais importante do que conhecer a história seja conhecer a história para podermos julgar a história e encontrar responsáveis, os culpados e os bons, credores do nosso respeito e apreço.
Mas o julgamento da história não pode deixar de ser feito, quer à luz dos valores e demais circunstâncias do tempo em que ocorreram os factos, quer à luz dos valores actuais.
Não se trata de ignorar ou de apagar a história, bem pelo contrário, é necessário conhecê-la para podermos julgá-la.
E, para podermos julgá-la, é necessário adoptar critérios e aplicá-los. Não serve um qualquer julgamento. Só é admissível um julgamento justo. Que possa contribuir para a visão verdadeira, como a única que nos poderá ajudar a evitar e impedir más escolhas.
Já dobramos esta esquina. "Morrer é só não ser visto." A memória é coisa morta. Deixemo-la descansar por detrás da curva que avança a esquina. Para a frente, é outro caminho, ainda que o mesmo...
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