Saiu no jornal Sol de ontem um artigo de opinião assinado por Fernando Pestana da Costa sobre as alterações recentemente introduzidas no currículo da disciplina de matemática do ensino básico e secundário que foram traduzidas nas denominadas Aprendizagens Essenciais.
Nesse artigo o ex-presidente da Sociedade Portuguesa de Matemática e professor da Universidade Aberta, nota incongruências várias entre o que tem sido declarado pelo Ministério da Educação e as evidências constante no documento Aprendizagens Essenciais. Por exemplo, não mudar os programas em vigor, quando, de facto, foram feitas mudanças.
Salienta problemas de ordem científica (por exemplo, noções básicas que não são "explicitamente contempladas") e pedagógica (abordagens interdisciplinares em detrimento da disciplinar).
Vale a pena dar atenção ao texto completo (abaixo), até pela falta de discussão na sociedade portuguesa acerca das mudanças em curso no sistema educativo.
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1 comentário:
As "Aprendizagens Essenciais" inserem-se numa sequência de chorrilhos de disparates concebidos por doutores da educação que, apesar de não saberem o que fazem, não merecem o perdão dos professores. As sucessivas soluções que os doutores da educação têm encontrado para resolver o problema da "Melhoria das Aprendizagens", desde os objetivos mínimos até às metas, passando pelo "Aprender a Aprender" e demais verborreia sem sentido, está a conduzir o ensino para um beco sem saída. Os verdadeiros professores, aqueles que ensinam aos alunos Matemática, Português, Física, Biologia, e por aí adiante, não podem aceitar que destruam a razão de ser das suas profissões, qual seja, o ensino, com a imposição de medidas pedagógicas absurdas, cujo único fim, não declarado abertamente, é promover um falso sucesso escolar universal, em que o papel principal dos professores deixa de ser ensinar, porque alguns alunos podem eventualmente ser prejudicados, transformando-se em reconhecer, validar e certificar competências!
Se ninguém se mexer, as "licenciaturas" de Sócrates, Armando Vara, Relvas, e altos-comandantes da Proteção Civil, serão, em poucos anos, a norma legal.
João Silva
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