Sendo já finais de Fevereiro e estando prometida, pelo Ministério da Educação, a entrada em vigor da alteração curricular profunda (como se tem dado a entender) de todo o ensino básico e secundário para o próximo ano lectivo, começam a surgir nos jornais dúvidas levantadas por entidades como a Associação Nacional de Directores de Agrupamento e Escolas Públicas, ou a Associação Nacional de Editores e Livreiros (ver aqui).
São, de facto, dúvidas substanciais, mas têm a ver com a operacionalização dessa alteração, nomeadamente com o tempo necessário para fazer funcionar no terreno.
Lamentavelmente, não têm a ver com as ideias de educação escolar que estão na origem da alteração e que lhe imprimem o rumo que, a confiar na comunicação social, a vemos tomar.
Em Portugal, tal como noutros países, que têm feito reformas, reorganizações, alterações... curriculares por força e à medida das muitas pressões que se fazem sentir nos sistemas de ensino, aqueles que se importam, de um modo verdadeiro e abnegado, com a educação das novas gerações, deveriam envolver-se numa discussão alargada e profunda, baseada em conhecimento digno de crédito, das ideias ou concepções que fazem virar os sistemas educativos para aqui ou para ali, conforme o vento político-partidário, como se de um catavento se tratasse.
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1 comentário:
Gostava de ver estudos críticos e credíveis sobre a realidade da evolução do ensino em Portugal, em vez de opiniões, mais ou menos acaloradas, que só servem para dispersar a atenção e o interesse.
Toda a gente diz que antigamente é que era bom, mas isso é falso.
Se quiserem defender alguma comparação histórica, façam-no com dados e números, realidades, que nos permitam pensar em vez de fantasiar.
Estamos todos interessados (ou antes, é do nosso interesse e é do interesse nacional e internacional) em saber se os alunos aprendiam mais e melhor, antes dos telemóveis, quaisquer que tenham sido as reformas.
Ninguém parece focado no problema. Aprender...o quê? Mais?...o quê? Melhor? O que é isso?
O que é que está a acontecer?
É esta questão que me preocupa, porque está a acontecer algo de grave, ou muito grave, de dominação, de "alienação", que não é mera consequência do mercado (já por si venenoso).
É melhor que as massas não se "mexam"?
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