segunda-feira, 23 de julho de 2012

2ª OLIMPÍADA DE MATEMÁTICA DA COMUNIDADE DOS PAÍSES DE LÍNGUA PORTUGUESA


A 2ª Olimpíada de Matemática da Comunidade dosPaíses de Língua Portuguesa (CPLP) está a decorrer no Brasil. A competição desenrola-se até dia 28 de Julho, na cidade de Salvador da Baia, reunindo 28 estudantes do ensino secundário da Angola, Brasil, Cabo Verde, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste (4 elementos de cada país representado).

Os representantes portugueses são David Pires Tavares Martins (10º ano - Escola Secundária de Mirandela), Diana Zorro Nobre Mesquita Macedo (12º ano - Escola Secundária Diogo de Gouveia, Beja), João Filipe Ferreira Gonçalves da Rocha (10º ano - Colégio Paulo VI, Valongo), Miguel Pereira Torres da Costa (11º ano - Grande Colégio Universal, Porto), todos alunos do ensino secundário.

A equipa nacional, liderada pela Professora Joana Teles (Dep. Matemática da Universidadede Coimbra) participa com a expectativa de trazer na bagagem algumas medalhas, mas também a experiência de partilha de conhecimentos e de momentos memoráveis a nível internacional.

Os resultados da prestação portuguesa em “terras de Vera Cruz” serão conhecidos no próximo dia 28 de julho. Relembre-se que a 1ª Olimpíada da CPLP realizou-se no ano passado em Coimbra e que Portugal arrecadou então uma medalha de ouro, uma de prata e uma de bronze.

 

A participação nas Olimpíadas da CPLP é organizada pela Sociedade Portuguesade Matemática, e a seleção e preparação dos alunos está a cargo do Projecto Delfos, do Departamento de Matemática da Universidadede Coimbra.



António Piedade (a partir do comunicado da Sociedade Portuguesa de Matemática)

2 comentários:

Joaquim Manuel Ildefonso Dias disse...

Professor António Piedade;

Estive a ler sobre o Projecto Delfos.

E, confesso que fiquei confuso com o significado do Projecto Delfos; isto se lhe opor as palavras do Professor José Sebastião e Silva;


“Para nós e para muitos, é indiscutível que a Matemática deve desempenhar no ensino liceal um papel essencialmente formativo. Pouco interessa que o aluno fique a conhecer muitos teoremas e os processos de resolução de muitas classes de problemas: o que importa, acima de tudo, é que ele tenha exercido as suas faculdades na demonstração dos teoremas e na resolução dos problemas; é que tenha adquirido o habito de pensar matematicamente, quer estudando o desenvolvimento lógico das teorias, quer aplicando os factos estabelecidos à resolução de numerosas questões procedentes da realidade tangível. Exige-se, evidentemente, um mínimo de informação matemática, a aquisição duma técnica segura de cálculo elementar (numérico e algébrico); mas isso pouco deverá ser, comparado com o trabalho de criação dos hábitos de raciocínio, de abstracção, de disciplina mental, que distinguem a formação matemática. E é ainda manifesto que esse mínimo de informação se refere quasí exclusivamente aos alunos que vão seguir determinados cursos, enquanto os benefícios da formação matemática interessam a totalidade dos alunos.”

Surge-me, desde logo, duas interrogações que gostaria de colocar à equipa do Projecto Delfos;

1. Qual deve ser o papel da Matemática no ensino secundário?

2. De que forma O Projecto Delfos têm sucesso no trabalho de criação “dos hábitos de raciocínio, de abstracção, de disciplina mental, que distinguem a formação matemática” e que interessa à totalidade dos alunos, considerando que, os objetivos são, como se enuncia “O Projecto visa colmatar deficiências detetadas no ensino da matemática”?


Obrigado.

Anónimo disse...

Caro Joaquim Dias,
A sua dúvida é pertinente e procurarei dar resposta dentro do possível, enquanto aluno do Projecto Delfos.
Em primeiro lugar, o Projecto Delfos, além de reunir a responsabilidade de preparar os alunos portugueses que participam nas competições internacionais, pretende ser uma escola de matemática para jovens interessados na disciplina. Nesse sentido, os tópicos abordados nas aulas são de carácter vário e não se encontram sujeitos às restrições do programa do ensino secundário.
No que se refere às falhas do ensino na Matemática, creio poder afirmar que estas se centram na falta de incentivo à resolução de desafios (aquilo que verdadeiramente podemos designar por problemas) favorecendo a resolução mecânica de exercícios; o que não se enquadra claramente na visão de Sebastião e Silva que surge nesse texto.
Por outro lado, o programa olímpico apresenta divergências face ao programa nacional (e que suponho extensíveis a vários outros países). Como tal, é necessário providenciar aulas específicas aos alunos para que possam competir de modo equilibrado com alunos de diferentes nacionalidades.
Para além disso, a grande vantagem do Projecto Delfos como escola de matemática é o facto de ser um local onde se reúnem alunos interessados de todas as partes do país, possibilitando o trabalho conjunto, a motivação e desafio entre todos nós. Isso permite que as aulas sejam mais estimulantes e desafiantes, o que faz com que os alunos do Projecto Delfos cresçam bastante em termos da sua formação matemática.
Para finalizar, enquanto aluno do Projecto Delfos, apenas posso agradecer as possibilidades que me foram oferecidas e realçar o quão importante foi este projecto para o meu crescimento na Matemática.

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