Com a pergunta de cima e sem comentários, um leitor enviou-nos esta imagem de uma resposta de um aluno. Pode-se clicar por cima para ver melhor, mas vai a transcrição possível desta opinião do aluno sobre o papel da escola na formação dos cidadãos (um tema do "eduquês"). Não podemos certificar a autenticidade, mas se não é verdadeiro, é "bien trovato".
"O papel da escola eu axo que é igual a um papel qualquer de imprensa A4. E de certeza que é. tem a mesma grossura e tudo. Agora se estão a falar, por exemplo, das folhas de Teste que é uma folha A3 duberada ao meio fazendo duas folhas A4, axo melhor que as folhas de teste sejam assim do que só uma folha A4, essas fichas que os professores dão são sempre folhas de formato A4 ou de formato A5 . Os testes As professoras metem sempre folhas de formato A4 mas quando são mais as professoras agrafam sempre as folhas e nunca fazem teste com folhas formato A5. Por isso eu axo que as folhas desta escola são iguais às das outras escolas ou de outras empresas."
sábado, 2 de outubro de 2010
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9 comentários:
Já se viu pior! JCN
Eu confesso que preferia os testes no formato A4. Nas provas globais, as folhas de exercício eram de formato A3 dobradas a meio e cujas linhas tinham a espessura de uma polegada e uma cor de cavalo pálido. Eram simplesmente horríveis.
Eu acho que é normal termos uma opinião sobre o papel utilizado na escola, como o aluno que respondeu à pergunta. O aluno só não especificou a relação com a formação de um cidadão. A pergunta deveria levar um meio-certo.
É claro que interpretação da pergunta deverá ser outra, pelo menos para a maioria culta. Pelos vistos não é a mesma para toda a gente.
Tive o privilégio de me corresponder com o escritor, José Saramago.
Digo privilégio, porque sempre obtive resposta às minhas missivas. Respostas essas, escritas em computador e impressas pela impressora, como o autor fez questão de me comunicar mas, sempre assinadas pelo seu punho.
Numa delas, em resposta a uma reflexão acerca de um assunto do seu livro, o "Memorial do Convento", Saramago respondeu-me concluindo uma frase; "mas a isso chamaria eu «o indizível da vida»".
Foi uma das frases que pelo conceito vasto que encerra, me martela incessantemente desde esse dia, a mente.
O indizível da vida!
Quando se reflecte um pouco acerca desta hipotese, concluímos com preocupante facilidade, que na vida, existe mais de indizível, que de dizível. Que existe mais de ininteligível, que de entendível. Mais de estranho, que de perceptível. Mais de obscuro, que de claro. Mais de afastado... que de próximo. Mais de diferente... que de igual!
Mas, algo que nos adverte, talvez algo de místico, compele-nos a encontrar os caminhos do entendimento, os quais, apesar de difíceis de trilhar, nos garantem a razão da existência.
Suponho que assim seja...
E por que razão é preciso dizer na pergunta que o texto é para ser estruturado e linguisticamente cuidado?!?!?!
Desde quando que o papel da escola na formação de cidadãos é (apenas) um tema do eduquês?
Conheço este texto há anos. Não sei se é verdadeiro.
Mas, como disse alguém, em certas matérias, com o tempo, o impossível torna-se possível, o possível provável e o provável inexoravelmente certo.
Talvez como as medidas de austeridade do governo, ou a ineficácia do sistema de ensino...
É tão possível como tudo quanto se está passando no país! Nem mais nem menos! Parece não haver papel que nos salve! JCN
O DESCALABRO
Em Portugal possível se tornou
seja o que for, indiferentemente,
desde a justiça à conjunção de gente
que parlamento se denominou.
Tudo o que da política depende
à deriva se encontra, em confusão;
pior tão-só, de facto, a educação,
onde ninguém parece que se entende.
De resto, que dizer-se da cultura
sem rei nem roque, para não falar
da segurança e sua conjuntura.
Nada impossível é de suceder
neste país, não sendo de estranhar
o que não pode alguém deixar de ver!
Pois...
a) José Batista da Ascenção conhece este texto há anos...
b) "Já se viu pior!" JCN -
Oh, se já! E até em textos de jornalistas... Tenho, muito bem guardada, a cópia de um processo disciplinar que me foi movido, na sequência de duas (!) participações de um Director de Informação da extinta RDP, por lhe ter chamado (eliptica e ironicamente) analfabeto, num documento que afixei no interior da empresa. Denominação verdadeira, confirmadíssima nas tais participações, em estilo "hilariante superior", onde os dislates contemplam generosamente todas as especialidades gramaticais!
c) "de outras escolas ou de outras empresas"? Empresas?
d) Algumas vírgulas demasiado "certinhas",... - "..., por exemplo,..."
e) Erros demasiado óbvios, sem "genuinidade". Se virmos "mais de perto", um fio condutor excessivamente lógico, controlado, apesar do resultado medíocre.
f) Afinal, uma anedota mal contada. E não era preciso, com tantos "bons exemplos" que há por aí.
f) É como ler uma má tradução, a remeter-nos constante e irritantemente para o original, mau que seja...
...
Scusatemi, quelli chi hanno commentato, ammettendo l'autenticità del testo.
Non è vero e, purtroppo, non è neanche "ben trovato".
Qualcuno ha voluto fare la Guidinha.
Ma non è Sttau Monteiro...
Paulo Rato
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