domingo, 3 de outubro de 2010

Por favor vejam este vídeo

Análise de grande lucidez sobre a situação do país feita por Frei Fernando Ventura. Por favor vejam. Vale a pena.



Parece que nada mudou.
Ausência de liderança, de memória, de consciência e de responsabilização.
"Acordem, meus amigos. Vivemos numa BARRACA com um submarino à porta."

21 comentários:

José Batista da Ascenção disse...

Exactíssimo diagnóstico, penso.
Mas, que posso eu fazer?
Enquanto penso em alguma coisa mais útil, confesso que não tenho qualquer ânimo ou paciência para as comemorações da República, enquanto realidade histórica vivida, e admito, em próximas eleições, presidenciais, legislativas e autárquicas, fazer uma cruz de canto a canto nos respectivos boletins de voto.
Sei que isto é pouco, e eventualmente inútil, pelo que me obrigo a procurar algo mais satisfatório. Afinal, eu e o meu semelhante, andamos por aí... Temos que fazer algo...

José Batista da Ascenção disse...

Perdoe-se-me a vírgula na frase "eu e o meu semelhante andamos por aí...", no comentário que fiz anteriormente.

Rui P. Guimaraes disse...

Perdoamos lhe todas as virgulas que quiser, meu caro José da Ascencao, mas o que nao lhe consigo perdoar é a sua pergunta "Mas, que posso eu fazer?" Talvez ir ao café e beber um copo? falar com os amigos sobre a convocatoria do Bento? O que pode o Sr. fazer? sentar no sofá, colocar um cobertor sobre os pes, que com este frio nao vá apanhar um resfriado, e ligar a televisao para ver um filmezinho. O que pode fazer? Aconchege-se no quentinho e deixe o mundo girar que para isso nao é preciso empurrar. Tire uma bebida quentinha e saboreie e respire fundo e vá dormir descansadinho. Durma transquilo enquanto lhe vao ao bolso. Esteja há vontade enquanto outros lhe confiscam os bens. Esteja sossegado que os seus filho hao de ter um diploma, nem que seja preciso pagar um bocadinho mais e isso é que é importante. Nao mexa uma palha que afinal o país é tecnologicamente avancado, até há quem aprenda na escola a ligar um computador. Nao se preocupe porque o Socrátes já nao ganha as eleicoes, lá terá que tirar umas férias. Afinal de contas já há muito tempo que nao passa pelas Maldivas. O que pode fazer?? Acorde homem. Puxe dos pulmoes e ganhe voz. Lute pela justica. Fiscalize. Saia há rua e denuncie o que está mal. E nao se cale até que lhe oucam. Anda prá frente homem. Nao fique aí parado enquanto lhe enfardam com farinha. Mostre um pouco de alma. Descubra onde lhe gastam o dinheiro. Há obras há sua volta? peca as contas e faca perguntas. Quem? Porque? Como? Quando? Verifique. Fiscalize e lute por aquilo que acredita. Carago homem mostre um pouco de vida. Saia ha rua e corrija o que está mal. Procure quem faz o mesmo. Tenha corajem homem, voce de onde é? Se nao encontra nada para corrigir pergunte ao seu próximo que ele certamente lhe saberá dizer. Combata a evasao fiscal. Peca sempre o recibo e declare sempre tudo e verifique que outros tambem o facam. Nao deixe que o tomem por parvo. Ascenda-se Sr. Ascensao. Irra, o que faz falta as este país nao é líderes, é gente com raca.

José Batista disse...

Caro Rui Guimarães:

Em tudo o que condena eu não sou praticante. E tudo o que recomenda eu tenho feito na medida que me é possível. Os resultados é que não (me) satisfazem. E a minha indignação é, suponho, tão forte e sincera como a sua. Por isso compreendo, aprecio e agradeço o seu grito.
Cordialmente.

joão boaventura disse...

Relembrando a durabilidade da crise e da incapacidade humana para se controlar:

La pensée du jour

"Le budget devrait être équilibré, les finances publiques devraient être comblées, la dette publique devrait être réduite, l'arrogance de l'administration devrait être abolie et contrôlée, et l'aide aux pays étrangers devrait être diminuée de peur que Rome ne tombe en faillite. Les gens doivent encore apprendre à travailler, au lieu de vivre sur l'aide publique. "

Ciceron - 55 AVANT JÉSUS CHRIST -

MORALITE: Donc en fait la crise dure depuis 2064 ANS !

Ilídio Barros disse...

Quando eu era jovem, livre e minha imaginação não tinha limites, sonhava em mudar o mundo.

Conforme envelheci e me tornei mais sábio, concluí que o mundo não mudaria.

Decidi encurtar um pouco minha perspectiva e mudar apenas meu País. Mas este parecia imutável.

Quando cheguei aos meus anos de penumbra, em uma última e desesperada tentativa, ansiei por mudar somente minha família, aqueles próximos a mim, mas nem mesmo eles aceitaram algo assim.

E aqui estou eu, em meu leito de morte, concluindo (talvez pela primeira vez) que se eu houvesse começado mudando a mim mesmo primeiro, então, talvez pelo exemplo, pudesse ter influenciado minha família e com o apoio e o encorajamento deles, pudesse ter melhorado o meu País e quem sabe houvesse até mudado o mundo

Rui P. Guimaraes disse...

Nesse caso Sr. Jose Batista, estamos juntos. Um aperto de maos e encontramo nos por aqui

Anónimo disse...

NASCER DE NOVO

Portugal está velho, anquilosado,
a precisar de lar, internamento,
onde tenha, aliás, bom trtamento,
a que lhe dá direito o seu passado.

Altura é de pensar noutra edição,
mais actual, moderna, em consonância
com as outras nações, cuja distância
agravando se vai sem remissão.

Impõe-se pôr na rua os estadistas
que já não presta,, não passando já
de meros e reais oportunistas.

Venham novos Camões, novos Pessoas,
com novos horizontes, novos Coas,
sonhando com os dias de ammanhã!

JOÃO DE CASTRO NUNES

Anónimo disse...

Substituo, no 11º verso, o termo "oportunistas" por "malabaristas" e altero o último verso para

abrindo a porta aos dias de amanhã!

JCN

Anónimo disse...

VALHA-NOS ISSO!

Como vai o país, meu Deus do céu!
perdida a fé, sem réstias de esperança,
vamos aos tombos para o mausoléu
por obra desta louca governança!

Justiça, é o que se sabe: uma desgraça,
mal aplicada, tarde e porcamente;
finanças, mais parece uma chalaça
para, de facto, fazer rir a gente.

Educação, cultura, uma anedota,
permanente motivo de chacota,
um puro descalabro... genuíno.

O resto, nem falar! Salva-se apenas
a presunção de termos quatro antenas
e, por pagar ainda, um submarino!

JOÃO DE CASTRO NUNES

Anónimo disse...

Nada impede que, no final do 1º terceto, se substitus o termo "genuíno" por "feminino". JCN

Anónimo disse...

Corrijo a gralha "substitus" por "substitua", JCN

Miguel Galrinho disse...

Extraordinária entrevista!

rui pignatelli mendes coelho disse...

desde que nasci, em 1940, que meu avô já falava em crise. Nunca saímos dela, e com estes "espertos" do governo atual, "jamais" vamos sair.Para mim já lá vão quase 71 anos, e tenho grande desgosto de nunca ver o meu País em paralelo com os outros. Os governantes é que fazem a crise, para não lhes faltar €€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€€ (S)

Pedro da Silva Gernano disse...

Pelo que li dos comentários anteriores, dá-me a impressão de que a mesagem do "Pe. Ventura" não foi sempre bem ouvida. Esta será a minha leitura: trata-se de uma análise eminentemente crítica da actual situação socio-cultural do país confrontada com uma visão histórica alargada. A msg põe a tónica sobre a necessidade de nos centrarmos sobre a memória colectiva, sobre o conhecimento de nós mesmos, sobre os valores de honestidade em todos os níveis. Ele, como "padre" poderia muito bem ter centrado o seu diagnóstico em valores religiosos, por exemplo, lembrar-nos de que a nossa estrutura legislativa (não só a nacional) está horizontalmente organizada sobre valores religiosos bíblicos (para não dizer somente cristãos), mas verticalmente não leva em consideração as "raízes" desses valores: bastaria citar a esmo alguns "mandamentos" que aprendemos: "amar o próximo como a si mesmo", "não furtar", "não matar" (=assassinar)... Por fim, aquele convite ao culto da memória colectiva será mesmo indispensável: o sistema de ensino que não a tem privilegiado, a destruição sistemática dos valores tradicionais, da cultura antiga, da memória, em geral, são crimes de lesa-pátria. A memória da República será necessária, sim, mas não como exibicionismo dos nossos políticos.
Gostei especialmente de ver as referências exactas a Lucrécio e a J. César: no entanto, gostaria de ter lido a citação das fontes. Porque não recentarmos também a nossa cultura com o maior rigor possível e deixar de lado aquele recurso ao "estrangeiro"?
P. S.: Recuso-me, por motivos óbvios (eles são tantos!), a corrigir o meu texto pelas "novas" regras de ortografia.

Rui P. Guimaraes disse...

A serio Pedro? a minha leitura da referida exposicao por Frei Ventura, tenho em conta a actual conjectura socio-cultural eminentemente agravada pelo contexto economico-politico devido, mormente, a irresponsibilidade governativa e' a seguinte: Andamos aqui no faz de conta para o Ingles ver e senao atinamos estamos bem lixados.

Pedro da Silva Gernano disse...

A sério mesmo, Rui Guimarães. Essa será a minha visão bem diferenciada da nossa actual situação. Se deslocar algo a sua visão das coisas, talvez possa imaginar o seu conceito de "irresponsabilidade governativa" - coisa que não ousaria contestar, de maneira nenhuma - como uma cortina de fumo, ou como um ruído de fundo, ou uma espécie de anestesia tudo bem amplificado pelos meios de comunicação e que vai permitindo, senão facilitando mesmo, todas as vilanias com que nos vão "lixando". Julgo até que estamos a ser coniventes com eles, entrámos no seu jogo!
P. S.: A propósito do meu texto da primeira intervenção, embora tenha consciência de que as gralhas fazem parte de qualquer expressão escrita, deveria corrigir:
- mesagem para mensagem
- msg para mensagem
- deixar de lado para deixando de lado

agostinhofpimenta disse...

Agostinho Pimenta

-Perante os comentários faltam-me palavras para acrescentar algo,mas sempre direi que este povo deixou de pensar pela sua cabeça e se tornou um joguete de uma minoria de escroques através dos média,que manipulam a opinião pública ao serviço dos poderes.

Soares disse...

Lideres da Treta. É bem verdade

Bmonteiro disse...

Abençoados os
Guterres, os Durões, os Santanas,
os Sócrates e os Cavacos,
Os Coelhos e os Motas- Engil, os EDP's e os Varas,
os Godinhos, os fabricantes das Otas e TGV´s,
porque eles viram as carteiras recheadas,
porque eles verão a luz.
Abençoados os pobres de espírito
que pagam impostos
e lhes dão os votos,
porque eles verão o paraíso.

Anónimo disse...

os portugueses sao muito peneirentos isso é verdade; e os problemas passam en segundo; nunca foram a (prioritè)o essencial a resolver.... Nao è necessàrio estriar fatos todos os dias ; nen mesmo nos dias de festa.E preciso travalhar para pagar o que è naturalmente RECLAMADO PELO CORPO/ COMER BEBER e dar uma boa educacao aos filhos para o futuro deles . E è TUDO .(pas de fantaisies, ni trop dans les placards...)

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