sexta-feira, 3 de julho de 2009
PORQUE ESTÁ LÁ!
Minha crónica no "Sol" de hoje (na imagem o astronauta Edwin Aldrin, membro da missão Apollo 11, na Lua):
Quando um repórter perguntou ao montanhista inglês George Mallory (1886-1924) porque é que ele queria escalar o Everest, ele terá respondido: “Porque está lá!” (“Because it’s there!”).
Ainda hoje constitui um mistério saber se Mallory atingiu o cume da maior elevação do mundo, uma vez que ele morreu durante a tentativa de o fazer, em 1924, não existindo provas de que tenha estado no cimo, como existem em relação ao neo-zelandês Sir Edmund Hillary (1919-2008), que chegou lá em 1953, tendo voltado são e salvo. Tardaram 75 anos até que o corpo do malogrado explorador fosse resgatado numa expedição especialmente
preparada para esse fim. Mas não foi encontrada a câmara fotográfica com a qual ele poderia ter registado o sucesso…
Os norte-americanos Neil Armstrong e Edwin Aldrin, os dois astronautas da missão Apollo 11, que, em 20 de Julho de 1969 (vão, em breve, passar quatro décadas), pousaram pela primeira vez no solo da Lua, fazendo-nos chegar inequívocos registos fotográficos e regressando bem, poderiam muito bem ter respondido como Mallory a uma pergunta semelhante, mas agora sobre a viagem ao nosso satélite natural. De facto, a Lua está lá, noite após noite, por cima das nossas cabeças, bem mais visível do que o Everest. Desde pelo menos o sírio Luciano de Samosta (170-190) que o astro mais próximo de nós tem inspirado muitos sonhos de viagem. A ânsia humana de chegar a todos os sítios que “estejam lá” constitui o verdadeiro motivo para todas as explorações, tanto na Terra como fora dela. Se o ensejo da primeira viagem à Lua foi a competição dos Estados Unidos com a União Soviética, que informou o famoso anúncio feito pelo presidente Kennedy em 1961 depois do Sputnik e de Gagarine, o impulso, tanto individual como colectivo, foi decerto o da descoberta de mais mundo, o da travessia das fronteiras, o da ultrapassagem de nós próprios. “Não é a montanha que conquistamos, mas sim a nós mesmos”, afirmou Hillary.
A Lua continua lá. E é esse mesmo impulso que nos vai levar – espero que em breve - a voltar.
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7 comentários:
Não foi em 20 de Julho, em Portugal foi a 21, e é fácil encontrar por aí várias referências a isso.
Bem falta fazem os anónimos ranhosos para ajudar a corrijir os errozitos do sinhor próféssôr!
luis
Mas tem de se acabar com essa raça de anónimos porque são clandestinos e subversivos.
Luis, resume-te ao teu lugar de anónimo ranhoso ou o Fiolhais dá-te o arroz. Não num comentário que o Fiolhais não está para se sujar com isso. Faz logo uma posta sobre um assunto tangencial onde espeta a farpa.
Para corroborar parte da informação do (outro além do próprio) anónimo ranhoso temos:
APOLLO 11
The Fifth Mission:
The First Lunar Landing
16 July–24 July 1969
A página é da NASA mas como vem da Internet e foi encontrada com recurso à Wikipedia os leitores devem ignorá-la porque é lixo (de acordo com o Fiolhais) e um produto sem qualidade nem sustentabilidade económica (segundo o Desidério).
Nessa página encontrei:
"The LM landed on the Moon at 20:17:39 GMT (16:17:39 EDT) on 20 July 1969"
"The commander’s left foot made first contact with the lunar surface at 02:56:15 GMT on 21 July (22:56:15 EDT on 20 July) at 109:24:15. His first words on the lunar surface were, “That’s one small step for man, one giant leap for mankind.”"
Logo na TZ de Lisboa aterrou a 20 e o BraçoForte deu o seu passeio a 21 de Julho.
Deviam barrar o acesso a esta corja de anónimos que só nos lixam o juizo com lixo.
O Luis então nem devia ter qualquer direito civil pois teve a ousadia de vir para aqui fazer contas sobre telescópios.
Mas este zé-ninguém não sabe que isto aqui é um local de alta erudição apenas ao nível de pessoas com um vocabulário como o Boavida e que falar de números é falta de educação.
Que falta de chá!
Isto é tudo muito bonito, mas a pergunta verdadeiramente importante é:
O que escreveu o Saramago (O NOBEL) sobre este evento?
Mais do que o porquê do evento isto é que é importante.
Proponho uma bolsa da FCT para responder a isto e até calha bem com as celebrações da astronomia.
O que o Eça teria escrito seria ainda mais importante, mas ele já estava "morto". (entre aspas porque um génio como o Eça nunca morre)
Triste sina a minha a de ter nascido em Portugal rodeado desta gentinha. Razão tinha/tem o Eça.
De facto, o módulo lunar da missão Apollo 11 pousou na Lua no dia 20 de Julho de 1969 e os astronautas só saíram, depois de algumas horas de descanso, no início do dia seguinte (usando o tempo do meridiano de Greenwich). Agora está correcto. Agradeço a correcção.
Carlos Fiolhais
«os astronautas só saíram, depois de algumas horas de descanso»
Parece que mais uma vez não foi bem assim. Na página da NASA que já referi podemos ler:
«For the first two hours on the lunar surface, the crew performed a checkout of all systems, configured the controls for lunar stay, and ate their first post-landing meal. A rest period had been planned to precede the extravehicular activity of exploring the lunar surface but was not needed.»
Parece que afinal de descanso teve pouco ou nada.
Anónimo Ranhoso.
Anónimo ranhoso, eu não acho que o erro do Fiolhais seja muito importante, é daquelas coisas que acontece, acho uma picuinhice. Eu corrigi porque sabia, mas podia ter-me acontecido o mesmo, bastava ter ido informar-me num site americano e nem pensar que em Portugal já era dia 21.
E o Filhais é bom pessoa, nota-se, também manda os seus pontapés, mas pronto, não está mal, e admite na boa um errozito.
Já o Desidério, concordo contigo, está sempre a dizer que as pessoas devem admitir os erros mas é uma cosa que ele nunca faz. Para nem falar nos capangas,que já me vieram dizer que sabem mais física do que eu, apesar de eles serem uns meros profezecos de filosofia em escolas secundárias, e que é evidente que não sabem nada de ciência.
Eu, ainda há uns tempos fiz aqui um comentário completamente desastrado, às vezes acontece.
Mas vamos continuar a ranhosar, também não faz mal nenhum um gajo ir ajudando a corrigir pequenos, ou grandes, detalhes.
luis
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