quinta-feira, 13 de setembro de 2007

Vale a pena ler


Título: História da Ciência e suas Reconstruções Racionais
Trad.: Emília Picado Tavares Marinho Mendes
Edições 70, 1998

"O respeito do homem pelo conhecimento é uma das suas características mais peculiares. A palavra latina para conhecimento é scientia, e ciência tornou-se a designação da mais respeitável forma de conhecimento. Mas o que distingue o conhecimento da superstição, ideologia ou pseudociência? A Igreja Católica excomungou os copernicanos, o Partido Comunista perseguiu os mendelianos, com o fundamento de que as suas doutrinas eram pseudocientíficas. A demarcação entre ciência e pseudociência não é um mero problema de filosofia de salão: é de vital relevância social e política." (Imre Lakatos)

12 comentários:

Anónimo disse...

Toda a obra de Lakatos é, para mim, altamente recomendável. Obrigatória para todos aqueles que trabalham em Filosofia da Ciência.

Anónimo disse...

Há uma boa recensão do livro neste link
http://www.geocities.com/revistaintelecto/lakatos.html

Anónimo disse...

Sobre a epistemologia de Lakatos um bom artigo aqui:
http://www.if.ufrgs.br/~lang/LAKATOS.pdf

Anónimo disse...

A filosofia da ciência é como o gato de estimação q está à janela: quem passa ou lhe faz uma festa ou lhe manda uma pedrada. Relativamente inútil, apenas significa para os seus donos.

Anónimo disse...

Achei a sugestão útil e mesmo muito actual, infelizmente.

Anónimo disse...

Caro anónimo,
Inútil é o seu comentário. então a filosofia da ci~encia só é útil para os seus donos? então o caro anónimo pensa que os telemóveis, computadores e microondas vem de onde? inútil é uma cabeça que não cumpre com a sua função e manda "bitaites" como se de verdades estabelecidas se tratassem, mesmo sem perceber que antes de se estabelecerem verdades é absolutamente necessário pensar como é possível que as mesmas se estabelecam. a menos que o anónimo também pense que existe um Deus todo poderoso que estabeleca verdades e, por essa razão, o trabalho dos filósofos não passa para além da domesticação do seu gatinho.
Rolando Almeida

Anónimo disse...

Caro Rolando Almeida,

A polémica q está a criar pelo q eu disse às 15:58 parece-me gratuita ou, se não, então está a sofrer de um tipo qq de "desidratação" pq a sua resposta e demasiado primária, básica até.

No entanto, o q eu escrevi é uma constatação minha da relação mais ou menos maniqueísta de quem faz ciência: ou as pessoa se interessam ou não. E para a maioria das pessoas não interessa mesmo pq é preciso ser iniciado no tema, existe uma linguagem específica q é preciso dominar, etc, etc,...está a ver no q isto vai dar não está?

Depois faz algumas afirmações no mínimo absurdas. Há-de reparar q tem sido a ciência q tem trazido os temas à filosofia e não o inverso.

E depois q força o leva a escrever "Deus" com letra maiúscula qd o incomoda que eu acredite num deus "todo poderoso". Mais vale prevenir q remediar, não é? N vá o diabo tecê-las.

Talvez um retiro no Tibete lhe fizesse bem para tentar perceber o q lhe vai na alma. Lá em cima, no topo do mundo, juntinho ao céu.

Anónimo disse...

de facto, também não entendi o que desencadeou a ira do sr. rolando e muito menos o primarismo das suas tiradas, que não são argumentos e deveriam sê-lo de quem advoga tanto da filosofia, enfim, de qualquer forma: anónimo 1 X rolando 0 (e eu posso apelar para estas coisas porque não tenho a pretensão estilo "eduquês" recalcado ou disfarçado de que tanto se diz mal mas que igualmente se faz)

Lurdes Reis

Anónimo disse...

Os comentários anónimos são como o gato de estimação q está à janela: quem passa ou lhe faz uma festa ou lhe manda uma pedrada. Relativamente inútil, apenas significa para os seus donos.

Anónimo disse...

não sabia ser rolando almeida o dono da casa, penso que este espaço sempre se caracterizou por uma discussão saudável, às vezes com mais qualidade, outras com menos, mas onde sempre os ataques pessoais e gratuitos ficavam à porta. Penso que deveria continuar assim, como aliás os autores deste blog já manifestaram por várias vezes.
Luis Vaz

Anónimo disse...

Anónimo,
nada da sua frase inicial denunciou o que procurou explicar no seu comentário posterior ao meu. A ciência não interessa somente aos seus donos e é um erro grosseiro pensar o contrário ou pressupor que ela não interessa a toda uma massa de pessoas.
Afirma:
"Depois faz algumas afirmações no mínimo absurdas. Há-de reparar q tem sido a ciência q tem trazido os temas à filosofia e não o inverso."
Está parcialmente errado e, em alguns contextos, completamente errado, talvez, porque desconheça a história da filosofia, o que não é um defeito, mas desautoriza-o a considerar a minha afirmação como absurda. Actualmente não se discute quem está 1º, se a ciência ou a filosofia, mas é dado certo que a ciência coloca obviamente problemas cuja natureza é essencialmente filosófica, mas são esses problemas que despertam novos campos de investigação para a ciência. As relações entre filosofia e ciência são próximas, uma vez que a filosofia se situa nas margens da ciência. Por outro lado, podemos ilustrar este aspecto recorrendo à própria história da ciência que coincide, em tudo, com a história da filosofia, pelo menos no seu início.
Para finalizar: o meu interesse não era ofendê-lo. Era mesmo mostrar-lhe que a sua afirmação está errada. E mantenho esse interesse em discussão.O resto, não interessa.
Rolando Almeida

Anónimo disse...

A propósito do comentário de Anónimo:

«A filosofia da ciência é como o gato de estimação (...) Relativamente inútil, apenas significa para os seus donos.»

Partindo desta consideração, ela só é verdadeira porque se torna inútil à luz da argumentação lógica. Assim, aceito que por ser inútil apenas tem significado para os seus donos, o que mostra que o dono desta afirmação deve tentar mostrar mais claramente as razões que se prendem com a inutilidade da filosofia da ciência.

Não sou filósofo da ciência, mas acredito na necessidade da reflexão sobre a actividade científica. Refiro necessidade porque é inevitável que no decurso da actividade científica se afigure uma série de dilemas morais, lógicos, epistemológicos, linguísticos que o cientista pretende ver esclarecidos para encontrar uma justificação para o seu trabalho.

A actividade científica não se encontra justificada por aquilo que os cientistas fazem, tal como a física (enquanto ciência) não se encontra justificada apenas pela teoria gravitacional. A filosofia da ciência não discute o trabalho específico dos cientistas, mas pretende fixar, entre outras coisas, critérios para determinar se uma teoria é científica ou não.

João Vieira

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