quinta-feira, 5 de abril de 2007

Evolução do Homem: a história fóssil

Um equívoco muito disseminado, que os «humanos são descendentes dos macacos», tem sido explorado ad nauseam pelos criacionistas embora seja totalmente errado, como todos os seus argumentos. Os homens não são descendentes dos macacos (entendidos como os macacos actuais); pelo menos há 5 milhões de anos atrás, as árvores filogenéticas humana e dos restantes primatas dividiram-se em ramos distintos a partir de um ancestral comum. Os macacos modernos são deste modo apenas os nossos parentes evolutivos mais próximos, não são nossos ancestrais. Assim, esse axioma utilizado e abusado pelos criacionistas é tão absurdo como dizer que alguém é descendente de um primo.

A árvore filogenética do homem representada inicia-se no Australopithecus Afarensis, que apareceu há cerca de 3,9 milhões de anos e de que a Lucy é o exemplar mais conhecido. Alguns fósseis recentemente descobertos como o Australopithecus anamensis - de anam que significa "lago" na língua Turkana local - descoberto em 1994 por Meave Leakey no Norte do Quénia, com entre 3,9 a 4,2 milhões de anos, no início do Plioceno, poderão permitir esclarecer melhor a história evolutiva do homem.

Como seria expectável, a história fóssil, que documenta sem margem para dúvidas a evolução do Homem, tem sido contestada pelos criacionistas de todos os flavours, destacando-se entre eles Duane Gish, ex vice-presidente do Institute for Creation Research. Gish, um criacionista da Terra jovem, ignora pura e simplesmente toda a ciência e descobertas fósseis das últimas décadas, agarrando-se infantilmente às opiniões dos dois únicos evolucionistas, Solly Zuckerman e Charles Oxnard, que não acreditavam em meados do século passado ser o Australopithecus um ancestral do Sapiens.

Os criacionistas, que pretendem existir uma linha bem definida nos fósseis disponíveis, com «macacos» de um lado e humanos do outro, negam assim todas as características humanóides do Afarensis e pretendem que este é apenas mais um macaco e que as pegadas de Laetoli foram feitas não pelo A. Afarensis mas por um homem igualzinho aos homens modernos, criado à imagem de Deus.

Mas há mais fósseis que não apenas o Afarensis. E o problema é que nem entre si os criacionistas se conseguem entender sobre quais são os macacos e quais os humanos, como Jim Foley no Talk Origins descobriu ao listar as classificações criacionistas dos muitos fósseis transicionais disponíveis!

33 comentários:

André A. Correia disse...

Cara Dra. Palmira,

"Um equívoco muito disseminado, que os «humanos são descendentes dos macacos», tem sido explorado ad nauseam pelos criacionistas embora seja totalmente errado, como todos os seus argumentos" é - esse sim! - um equívoco dos (neo)Darwinistas...

Unknown disse...

Todos os ossos da evolução são duros de engolir pelos criacionistas. Não são só os dinossauros.

É girissimo que eles não se entendam sobre se são macacos ou homens a maioria dos fosseis da evolução do Homem. Afinal se fosse como eles dizem devia ser limpinho classificá-los :)

Parece que a divisão macaco-homem não está tão bem definida como eles pretendem. Já agora, como é que eles justificam que tantos "macacos", para não falar nos dinossauros, se tenham extinguido no Dilúvio? Incompetência divina?

Unknown disse...

andré:

acho que está completamente equivocado. nunca ouvi nenhum evolucionista a dizer que descendemos dos macacos

André A. Correia disse...

Eu esclareço, Rita. Eu sou criacionista, mas não digo que descendemos dos macacos. Os evolucionistas é que gostam de dizer que achamos que eles afirmam isso.

Vozes tolas, essas, existem nos dois lados das trincheiras...

A questão é se a "selecção natural" pode arquitectar este mundo como o conhecemos. Você dirá que sim. Eu afirmo que não. Agora dizer-se IDiotices como a Dra. Palmira, francamente...

Quanto a "Parece que a divisão macaco-homem não está tão bem definida como eles pretendem", bem, isso é lá consigo. Eu, de símio, não tenho nada.

Fernando Martins disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Fernando Martins disse...

Caro André:

Quando se lê alguns textos de criacionistas fica-se até com a forte impressão de que, na nossa espécie, há elementos que denotam proximidade com os equídeos, mais exactamente com os burros...

Ao ler o seu Blog, deu para perceber que é, como eu, católico. Certamente conhece os cientistas e padres Luís Archer e Teilhard de Chardin, ambos Jesuítas, e especialistas em Evolução (entre outras coisas...).Já leu textos deles...?

E conhece, dentro do actual Catecismo Católico, os artigos 159, 282 e 283...? Cito-lhe este último:

"A questão das origens do mundo e do homem é objecto de numerosas pesquisas
científicas que enriqueceram magnificamente nossos conhecimentos sobre a idade e as
dimensões do cosmos, o devir das formas vivas, o aparecimento do homem. Essas descobertas
nos convidam a admirar tanto mais a grandeza do Criador, a render-lhe graças por todas as suas
obras, pela inteligência e pela sabedoria que dá aos estudiosos e aos pesquisadores. Com
Salomão, estes últimos podem dizer: "Ele me deu um conhecimento infalível dos seres para
entender a estrutura do mundo, a actividade dos elementos... pois a Sabedoria, artífice do
mundo, mo ensinou" (Sb 7,17.22[a28] )."

E como o criacionismo e o ID não são teorias científicas...

Unknown disse...

E prontos. O André já demonstrou ser verdade o primeiro parágrafo do post da Palmira com este: « Eu, de símio, não tenho nada.»

Enfim, não vale a pena discutir com criacionistas mas pelo menos o fernando martins já percebeu que há mesmo católicos criacionistas. Muitos. No Comunhão e Libertação, Opus Dei e demais grupos fundamentalistas católicos.

o criacionismo anda de braços dados com o fundamentalismo, católico, evangélico, muçulmano e judeu.

Unknown disse...

Mas acho piada a estes fundamentalistas que acham que por fecharem os olhos às evidências estão autorizados a insultar os que não o fazem.

Mais outra para o Fernando Martins aprender.

Só gostava de saber como é que os criacionistas católicos classificam o H. erectus de Java, o H. erectus de Pequim (o tal de Chardin) ou mesmo o Turkana boy. Os evangélicos não chegam a acordo se são macacos ou homens, não sei qual é a posição dos criacionistas católicos

Unknown disse...

Em relação a teilhard de Chardim o Fernando esquece que em 1933 foi negado o imprimatur a Le Milieu Divine; em 1938 a L'Enérgie Humaine. Em 1944, Roma proibiu a leitura do Le Phénomène Humaine.

E que um decreto do Santo Ofício de 1957 determina que os livros de Chardin não devem ser vendidos em livrarias católicas...

Fernando Martins disse...

Cara Rita:

A Igreja Católica tem mais mil milhões de membros, é um todo com muita diversidade e com quase 2 milénios de História. Tem muitos erros anteriores mas tem tentado aprender com eles. Teilhard de Chardin foi importante para mudar a opinião da Igreja sobre Evolução mas esta não mudou de um dia para o outro.

Para falar um pouco da Igreja Católica e da sua relação com a Ciência, recordo que o anterior Papa, João Paulo II, teve como convidados, nos anos 80 (penso que em 84) dois dos meus cientistas preferidos, judeus e ateus (Stephen Jay Gould e Carl Sagan) e que estes adoraram conversar com ele - mas o melhor foram os resultados: um texto que levou todo o mundo a perceber que o Inverno Nuclear era possível e nos levou a afastar um pouco mais este evento catastrófico...

Unknown disse...

Nunca soube que JPII tinha convidado Sagan para alguma coisa mas em 1981, como relatado por Stephen Hawking no seu best seller «A Brief History of Time» disse aos cientistas presentes que não podiam estudar a origem do Universo.

E depois sobre a evolução disse:

The magisterium of the Church takes a direct interest in the question of evolution, because it touches on the conception of man, whom Revelation tells us is created in the image and likeness of God.

As a result, the theories of evolution which, because of the philosophies which inspire them, regard the spirit either as emerging from the forces of living matter, or as a simple epiphenomenon of that matter, are incompatible with the truth about man.

http://www.ewtn.com/library/PAPALDOC/JP961022.HTM

Fernando Martins disse...

A Igreja Católica tem uma forma muito interessante (e dúbia...) de ver a Criação...

Insiste que a ciência é que estuda tal aspecto, mas quer que o Homem tenha Alma. É difícil conciliar estes dois aspectos, confesso. Aliás tenho as minhas dúvidas que sejam conciliáveis. Mas é uma posição honesta para com a Fé e com a Ciência.

Estive a ver nos livros e o livro o "O Sorriso do Flamingo", de Stephen Jay Gould, relata, no texto 29, este encontro entre a Ciência e o herdeiro de Pedro, de forma admirável. Leia que vai gostar...

Adelaide Martins disse...

Caro André "Eu, de símio, não tenho nada":

É claro que não - é um Primata haplórrino smiimiforme catarrino...

Aliás partilha cerca de 98% da sua informação genética com o nosso primo mais próximo - o chimpanzé.

Estudos realizados com técnicas moleculares indicam que os chimpanzés, gorilas e humanos formam uma clade, com os orangotangos um pouco mais separados filogeneticamente.

Anónimo disse...

aqueles que diziam que se dava demasiada importância ao criacionismo por onde andam? pelos vistos há mais criacionistas do que pensam, mesmo no "racional" catolicismo.

quando o RATzinger deitar cá para fora o tal documento sobre a evolução vai ser lindo, vai.

esta gente não percebe que com evolução, sem Adão nem Eva nem pecado original, o cristianismo vai à viola como religião e fica só o folclore? e folclore não enche os bolsos nem dá poder político...

Joana disse...

A maioria das pessoas usa macacos para designar todos os primatas menos o homem. Nesse sentido somos todos macacos porque somos todos primatas. Por muito que custe aos criacionistas que acreditam que o Homem é uma criação especial do Deus deles.

Claro que não descendemos do macaco no sentido que os criacionistas usam para negar a evolução, tipo tu podes descender do macaco mas eu não. Mas os "macacos", os outros primatas, partilham um ancestral comum connosco. Alguns, como os chimpanzés e gorilas, tão próximo que são hominídeos como nós...

Se recuarmos mais no tempo até podemos dizer que somos primos afastados dos ratos e muito afastados da lesma :)

Joana disse...

E o Fernando tocou na mouche: se não temos alma para que precisamos de uma igreja que tem como único produto a salvação da mesma?

E se temos alma e evoluímos de um ancestral comum dos restantes primatas em que ponto da evolução é que passámos a tê-la?

Fernando Martins disse...

"E o Fernando tocou na mouche: se não temos alma para que precisamos de uma igreja que tem como único produto a salvação da mesma?"

Aí concordamos - eu, pessoalmente, gostaria de ter alma, embora isto da alma seja da Religião e não da Ciência...

Joana disse...

Se isto da alma é da religião e não da ciência não se importa de explicar oq ue é a alma?

Terá um esquizofrénico duas almas? Uma condenada ao inferno e outra que pode ser salva?

O que é que o Prozac faz às almas (e à religião)? Ou o lítio?

Fernando Martins disse...

Não sou teólogo, mas parece-me que está a confundir cérebro (e seu funcionamento) com alma.

Não sei definir alma - não sei se esta é definível pela Ciência ou pela Fé - mas sei que que não é a fazer perguntas a um simples crente que obtém a resposta...

André A. Correia disse...

Caro Fernando Martins:

Comenta o meu amigo:

"Ao ler o seu Blog, deu para perceber que é, como eu, católico. Certamente conhece os cientistas e padres Luís Archer e Teilhard de Chardin, ambos Jesuítas, e especialistas em Evolução (entre outras coisas...).Já leu textos deles...?"

Já! O Pe. Luís Archer, por acaso, até foi meu professor na faculdade.
O meu comentário inicial deve-se apenas a contradizer o que a autora dispara no início do seu post, como poderá confirmar no meu comentário posterior.

Rita:

"E prontos. O André já demonstrou ser verdade o primeiro parágrafo do post da Palmira com este: « Eu, de símio, não tenho nada.»"

Eu digo que não descendemos dos macacos, e você acha que estou errado???? A autora afirma, e cito: "[...]Os homens não são descendentes dos macacos (entendidos como os macacos actuais)" e você acha que sim? Eu volto a afirmar: de símio não tenha nada. De hominídeo, sim!

Olhe que me parece a voz mais fundamentalista desta série de comentários...

Fernando Martins disse...

"Eu sou criacionista, mas não digo que descendemos dos macacos."

Creio que é um pouco estranho afirmar-se católico e criacionista... Aliás, de acordo com o Catecismo Católico actual, publicado pelo Papa João Paulo II e com forte intervenção do actual Papa, este assunto há muito que está bem explicito para os católicos. Aconselho-lhe a leitura dos seus artigos 159, 282 e 283.

Além disso, nunca os darwinistas (ou neo-darwinistas...) afirmaram que descendíamos de macacos - e olhe que há diversos debates históricos em que esta referência foi feita por criacionistas...

Se teve o Padre Doutor Luís Archer, SJ como mestre, devia ser mais ponderado e perceber melhor o que é dito aqui

André A. Correia disse...

Caro Fernando Martins:

Julgo que anda tudo a ler os comentários que fazemos aos comentários dos outros.

Eu comecei por comentar o texto da autora. E o cliché retratado por ela. Ponto. Em nada desdigo a validade do restante texto, que me parece exacto, embora não sendo especialista.

A questão de ser criacionista deve-se, como não podia deixar de ser a um católico, de acreditar com todo o meu ser que todo este "mecanismo" que a ciência tem vindo a explorar e a descobrir - e muito bem! - se deve à obra do Criador. E não a simples acasos e probabilidades...

Ser-se Católico e não acreditar na Criação é que é estranho, mas a inerrância bíblica não implica que se tome tudo à letra, como qualquer exegese sofrível compreende quase instantaneamente.

Quanto aos três parágrafos que me recomenda, parece-me que vão na linha do que tenho afirmado.

Fernando Martins disse...

Caro André:

"Eu comecei por comentar o texto da autora. E o cliché retratado por ela. Ponto."

O cliché é a descrição exacta do que defendem muitos criacionistas sobre o que é a evolução - aliás desde o primeiro debate sobre Evolução, passando por vários debates no século XX e julgamentos célebres na América... É claro que a evolução NUNCA disse que o Homem é descendente dos macacos - mas os criacionistas insinuaram, por muitas vezes, que sim...


"A questão de ser criacionista deve-se, como não podia deixar de ser a um católico, de acreditar com todo o meu ser que todo este "mecanismo" que a ciência tem vindo a explorar e a descobrir - e muito bem! - se deve à obra do Criador."

Está a confundir Criação (ex nihilo, segundo a ICAR) com criacionismo, que não são a mesma coisa. Será que é correcto confundir o Big Bang com a Teoria da Evolução...?


"Ser-se Católico e não acreditar na Criação é que é estranho, mas a inerrância bíblica não implica que se tome tudo à letra, como qualquer exegese sofrível compreende quase instantaneamente."

É claro que ser católico é acreditar na Criação, mas não tomar a fábula (o princípio do Génesis, um mito babilónico engraçado...) com a Ciência - e é aqui que se passa da Fé cega e burra - Criacionismo - para a Ciência e Fé que se completam...


"Quanto aos três parágrafos que me recomenda, parece-me que vão na linha do que tenho afirmado."

Vão, se distinguir Criação de Criacionismo...

Anónimo disse...

Há tantas teorias que se contradizem que me pergunto se alguma vez descobriremos a verdade sobre este tema.

André A. Correia disse...

Caro Fernando:

Não sou linguísta, portanto socorro-me da Infopédia (www.infopedia.pt):

«criacionismo

substantivo masculino

1. RELIGIÃO teoria dos que acreditam na criação do Universo de acordo com a interpretação literal do Génesis;

2. doutrina da Igreja Católica segundo a qual a alma de cada pessoa é criada por Deus e infundida no corpo no momento da concepção ou no estado embrionário;

3. crença dos que acreditam que o Universo e toda a existência têm origem numa energia ou entidade criadora; »

Criacionismo tanto é 1. como 3. Só a forma pode distinguir o conceito, não a palavra...

André A. Correia disse...

Na continuação do anterior, talvez valha apena ler esta opinião.

Fernando Martins disse...

Caro André:

Eu também não sou linguista mas, no contexto aqui apresentado (um Blog de Ciência...) sei exactamente o significado do termo criacionismo. Os outros significados que apresentou do termo são um pouco ultrapassados e chocam com o uso generalizado do termo (vide http://pt.wikipedia.org/wiki/Criacionismo)
Repare que o Catecismo da ICAR NUNCA usa o termo Criacionismo e sim o termo criação...

O artigo que sugeriu é interessante mas peca por um pequeno defeito - sugere que uma das teorias mais bem comprovadas cientificamente é questionável por causa da dificuldade do autor entender uma das versões do neo-darwinismo...

André A. Correia disse...

Caro Fernando,

Então como classificar os que acreditam que toda a existência é obra de Deus na sua génese?

Os mais irritados que leiam isto tenham calma. Escrevi "génese" e não Génesis...

Fernando Martins disse...

Caro André:

Se o seu objecto é provocar, iludir e dar uma falsa ideia do que a Igreja Católica pensa, deve continuar.

Se não é esse o seu objectivo, deve ler literalmente e de forma completa os posts e respectivos comentários antes de provocar confusão.


"Então como classificar os que acreditam que toda a existência é obra de Deus na sua génese?"

Há diversas maneiras de ler a sua questão - certamente está familiarizado com conceitos com Teísmo e Deísmo...

Uma coisa é interpretar o nosso Universo como criado por Deus, da forma que a ciência explica e vai gradualmente descobrindo (e aqui o Deus está no acto da criação e nas leis do Universo que criou) e outra coisa é dizer que Deus criou o Universo, mandou escrever na Bíblia exactamente como o criou e dedicou-se a criar falsas pistas para enganar os cientistas (isto para falar apenas da Pseudo-Hipótese da Terra Jovem, o mesmo raciocínio pode ser aplicado às outras versões criacionistas).

Unknown disse...

Usem e abusem da vossa inteligencia.

Nao de desrespeitem por nao haver concordia entre ideais.

Alias... verdades nao as existe em ABSOLUTO....

Anónimo disse...

http://alogicadosabino.wordpress.com/2010/03/30/pegadas-de-laetoli-assemelham-se-a-pegadas-humanas-modernas/#comments

Anónimo disse...

A igreja vem, ao longo dos tempos, modificando a Bíblia para que ela sempre "seja verdadeira". Senão Vejamos: Abraão não era monoteista, pelo menos na acepção moderna do termo, que quer dizer acreditar e ter apenas um deus... Abraão seguia o seu deus mas acreditava e respeitava os demais... Alguns o consideram pai do monoteísmo, pelo fato de ter obrigado seu povo a adorar um único deus (e não acreditar num único deus)...
Trazendo para mais perto: Alguma vez Jesus disse que não era judeu? Que queria inventar uma nova religião diferente do judaísmo...

Santelmo disse...

A religião sempre obstruindo a ciência.
Séculos depois pedem desculpas a Galileu.
Creem no entanto que um deus nasceu de uma mulher virgem, ressuscitou e foi para o céu!!!!

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