PROGRAMA
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4 OUT 22h00 | RTP3
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Fronteiras XXI: De que escola precisamos?
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Com David Justino, ex-ministro da
Educação, Maria Manuel Mota, directora executiva do Instituto de
Medicina Molecular (IMM) de Lisboa e Joaquim Sousa, o director que deu a
volta à escola básica do Curral das Freiras, uma das zonas mais pobres
do país. Moderação de Carlos Daniel.
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CONFERÊNCIA INTERNACIONAL
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19 OUT 17h30 | Torre do Tombo, Lisboa
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A utilidade dos saberes inúteis
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Para que serve ler poesia ou ouvir música?
Para que serve admirar uma obra de arte? O filósofo italiano Nuccio
Ordine e a professora Regina Gouveia explicam porque a escola e a
universidade não devem ser transformados em empresas e os alunos não
podem ser considerados clientes se quisermos, enquanto sociedade, educar
cidadãos justos, solidários e tolerantes.
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CONFERÊNCIA
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25 OUT 14h30 | Grande Auditório da UAlg
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Porque melhoraram os resultados dos alunos portugueses?
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Uma análise da evolução do perfil e
desempenho dos alunos e das razões do sucesso português: quem são os
alunos que fazem o teste PISA? Porque melhoraram os seus resultados?
Como se compara Portugal com outros países?
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DEBATE
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30 OUT 15h00 | Auditório do Liceu Camões, Lisboa
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Exames: como e para quê?
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Os exames estão ciclicamente em discussão
no nosso país. Mas passar-se-á algo semelhante noutros países? Como são
os exames e em que momentos da vida escolar se fazem? Que relevância têm
nos vários sistemas de ensino?
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CONFERÊNCIA INTERNACIONAL
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3 NOV 16h00 | Auditório do Instituto de Medicina Molecular, Lisboa
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O cérebro adolescente
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Afinal, como funciona o cérebro
adolescente? Serão os adolescentes efectivamente mais impulsivos?
Sarah-Jayne Blakemore, neurocientista de renome, desvenda os mistérios
do cérebro adolescente com Maria Manuel Mota, cientista portuguesa.
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DEBATE
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9 NOV 18h30 | Museu Nacional de História Natural e da Ciência, Lisboa
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Ciência em Portugal: um diagnóstico
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Quem faz Ciência em Portugal e em que
condições? Quais são as principais carências? Quais deviam ser os
principais objectivos no futuro a breve e médio prazo? Que obstáculos
existem para atingir esse objectivo?
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CONFERÊNCIA
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16 NOV 15h00 | Universidade do Minho, Braga
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Ensino Superior: estudar compensa?
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Em Portugal, houve, nas últimas décadas,
uma enorme expansão do ensino superior, quer no número de alunos, quer
no número de instituições. Mas será que vale a pena investir –
intelectual e financeiramente – num curso superior? E, por outro lado,
será que a sociedade rentabiliza o investimento que faz na maioria dos
licenciados?
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CONFERÊNCIA INTERNACIONAL
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17 NOV 18h00 | Galeria da Biodiversidade, Universidade do Porto
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A Ciência no século XXI: oportunidades e ameaças
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Que papel vai desempenhar a ciência no
futuro? Quais são as principais oportunidades e perigos? Que relações
são necessárias entre ciência e sociedade?
Sir Martin Rees, astrofísico e astrónomo
Real, conversa com Alexandre Quintanilha e Nuno C. Santos.
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CONFERÊNCIA
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20 NOV 15h00 | Observatório Astronómico de Lisboa
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Ciência portuguesa pelo mundo
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Quantos são e onde estão os cientistas
Portugueses espalhados pelo mundo? Quem são e em que áreas de
investigação trabalham? O evento assinala o primeiro aniversário da rede
GPS-Global Portuguese Scientists e conta com a intervenção do
Presidente da República.
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1 comentário:
A conferência internacional “A utilidade dos saberes inúteis”, sobre educação, chamou-me a atenção pela sua denominação paradoxal, que, assim, à primeira vista, tanto pode conter múltiplos sentidos filosóficos e poéticos, como ser apenas mais um chavão oco do eduquês da moda. Mesmo que mudem o nome da conferência para “A inutilidade dos saberes úteis”, toda a gente entenderá que não é preciso mudar o tema a debater.
Efetivamente, nem a ciência é “um “saber” absolutamente útil nem as humanidades são “saberes” inúteis. No meu tempo, mais de 90% das pessoas que frequentavam cursos, muito científicos, de Física, onde lhes ensinavam “saberes úteis”, acabavam a dar aulas no ensino secundário. A vasta cultura científica feita de séries de Fourier, integrais simples, duplos e triplos, lagrangeanos, hamiltonianos, operadores hermíticos, equação de Schrodinger, e demais conceitos e teorias, revelava-se uma inutilidade para quem pretendia ensinar adolescentes.
Para ser um bom professor de ciências do secundário, no sentido de quem possui uma sabedoria mínima da matéria que ensina, não são precisos mais estudos do que os que se exigem a um estudante do 12.º Ano.
Nos últimos anos, com a investida do ataque aos “saberes científicos difíceis”, levada a cabo pela classe dos doutores em ciências da educação, a bem do sucesso escolar, o papel dos professores, enquanto transmissores de conhecimento, ficou muito rasgado.
Na Física, cortaram o momento angular, a estática, o movimento relativo de Galileu, a corrente elétrica alternada, e outros assuntos, só porque faziam baixar as classificações dos alunos. Na escola do eduquês, não se deve ensinar, deve-se avaliar “a melhoria das aprendizagens”.
Quanto às humanidades, é uma evidência que “nem só de pão vive o homem”. É muito maior a percentagem de pessoas que gostam de música, literatura, poesia, pintura, escultura, bailado e, de um modo geral, de artes, do que de ciência pura e aplicada. Portanto, quem sabe da sua arte possui um conhecimento tão útil como o conhecimento científico. Para mim, o mistério do Universo, do qual o Homem faz parte, permanece, apesar da nossa sabedoria, científica e humanística, não parar de aumentar.
João Silva
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