Quem não se lembra dos gelados enormes quando era criança e da desilusão de pedir o mesmo gelado passados alguns anos e verificar que este já não é maior do que a nossa cabeça? Uma experiência com a qual certamente todos os leitores se identificam. Sucedeu o mesmo com uma equipa de cientistas internacional, liderada por Randolf Pohl do Instituto Max Planck na Alemanha (em Português, Instituto Super-Maxi). Quando a equipa de Pohl começou a estudar protões no ano 2000, estes pareciam enormes. Passados dez anos, a sensação que fica é que estão mais pequenos: "nas minhas memórias de infância os protões têm para aí 0,8768 fentometros de raio. No ano passado voltei a pedir um protão num acelerador de partículas, e era 4% mais pequeno. A partir daí nunca mais quis olhar para constante de Rydberg".
David Marçal, no INIMIGO PÚBLICO
3 comentários:
Mais um que decidiu fazer dieta e se enfezou. A moda veio para ficar e já afectou o mundo dos atómicos.
CIÊNCIA E POESIA
Protões, neutrões, partículas atómicas,
são palavrões os físicos inventam
nas suas teorias astronómicas,
que contra ventos e marés sustentam!
São termos que os poetas não entendem,
embora tenham certa percepção:
são teorias com que nãqo se prendem,
pois têm diferente vocação.
Mas podem lá chegar por outra artéria
sem precisarem de aceleradores
nem de estatuto de investigadores:
vogando pelo mundo das estrelas,
a divagar e conversar com elas,
acabam por ser doutos na matéria!
JOÃO DE CASTRO NUNES
No 2º verso do poema falta, por lapso, o pronome relativo "que":
são palavrões que os físicos inventam,
JCN
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