A. Exercício:
6 + 7 = 18
B. Análise:
A grafia do número seis está absolutamente correcta;
O mesmo se pode concluir quanto ao número sete;
O sinal operacional + indica-nos, correctamente, que se trata de uma adição;
Quanto ao resultado, verifica-se que o primeiro algarismo (1) está
correctamente escrito - corresponde ao primeiro algarismo da soma pedida. O
segundo algarismo pode muito bem ser entendido como um três escrito
simetricamente - repare-se na simetria, considerando-se um eixo vertical!
Assim, o aluno enriqueceu o exercício recorrendo a outros conhecimentos... a
sua intenção era, portanto, boa.
C. Avaliação:
Do conjunto de considerações tecidas nesta análise, podemos concluir que:
A atitude do aluno foi positiva: ele tentou!
Os procedimentos estão correctamente encadeados: os elementos estão
dispostos pela ordem precisa.
Nos conceitos, só se enganou num dos seis elementos que formam o exercício,
o que é perfeitamente negligenciável.
Na verdade, o aluno acrescentou uma mais-valia ao exercício ao trazer para a
proposta de resolução outros conceitos estudados - as simetrias... -
realçando as conexões matemáticas que sempre coexistem em qualquer
exercício...
Em consequência, podemos atribuir-lhe um...
14 comentários:
E não é que o «eduquês» é mesmo isto!
abraço
Rolando A
Há uma anedota semelhante:
- Quanto é metade de 8?
- Aritmeticamente, é 4. Mas, graficamente, tanto pode ser 3 como 0; depende se se corta ao alto ou à largura.
Mais um clássico:
(1/n)sin x = six = 6
A resolução do problema é fácil: basta cortar os "n's"!!
A. Marques
A caricatura pode ser cruel e exagerada como todas as caricaturas, mas é justíssima. Basta compará-la com as «folhas de critérios» emitidas pelo GAVE
Pois o josé luis tirou-me a gave da tecla! por este andar ...deixa de ser anedota e passa a realidade.
pedro oliveira
vilaforte.blog.com
Este post e os seus comentários encontram-se incompletos por abordar, apenas, embora com muita verve, a avaliação dos alunos sem ter em conta uma nova realidade: a avaliação dos professores.
Pelo que se diz, a ironia é a forma mais corrosiva de criticar os costumes sociais. E se, para Jean Cocteau, “não é sério o homem que não ri”, ponhamos os responsáveis pelo estado caótico a que chegou o ensino em Portugal a rir (ainda que com um riso amarelo!) para que a seriedade possa regressar a este rectângulo europeu assolado pela iletracia. Esta uma tentativa que tenho como falhada, mas bolas sempre é uma tentativa!
Numa réstia de esperança de vegonha nacional por parte dos seus responsáveis, aqui deixo, extraído do “Portal das Curiosidades”, as 4 Fases do Ensino em Portugal (entretanto, tremamos como varas verdes pelo que ainda possa vir a acontecer numa 5.ª fase):
- 1ª fase (antes de 1974) : O aluno ao matricular-se ficava automaticamente chumbado. Teria de provar o contrário ao professor.
- 2ª fase (até 1992) : O aluno ao matricular-se arriscava-se a passar.
- 3ª fase (actual) : O aluno ao matricular-se já transitou automaticamente de ano, salvo casos muito excepcionais e devidamente documentados pelo professor, que terá de incluir no processo, obrigatoriamente um “curriculum vitae” extremamente detalhado do aluno e nalguns casos da própria família.
- 4ª fase ( em vigor a partir de 2007) : O professor está proibido de chumbar o aluno; nesta fase quem é avaliado é o próprio professor, pelo aluno e respectiva família, correndo o risco quase certo de chumbar…
no mundo digital 8 pode ser considerado como a junção de E e 3, isto é 8 = E e 3 se considerarmos a representação num "display de uma máquina de calcular com os seus traços verticais e horizontais".
Sendo assim, a soma 6+7 = 1 E 3 onde E teria o poder de aglutinar o 1 com o 3. A junção entre 1 e 3 é 13. Está correta a soma!
Valmir Brasil - SP
Perdoem-me se revelar aqui alguma irreverência face à condenação normal de uma situação destas, mas julgo que o interesse da situação trascende a operação matemática em si ou os motivos do erro da soma.
O nosso modo de aprender e ensinar, faz-nos acreditar que seja um absurdo dar um excelente ou granjear positivismo a respostas desta natureza, mas pergunto-me até que ponto não é legítimo para uma aprendiz, arricar respostas menos óbvias ou erradas do ponto de vista matemático, que revelem outras valências de que um teste/avaliação de matemática parece estar condenado a excluir.
É a problemática da divisão temática das aulas.
Marcelo Melo
www.3vial.blogspot.com
Anedota?!Nem por isso!
E se fosse Calor = massa + capacidade calorífica + variação da temperatura, em que na fórmula correcta o sinal é X. Deve ter sido esta a argumentação utilizada por quem ordenou considerar que um exercício que use esta fórmula esteja correcto.
Isso aconteceu nos exames de Física e Química A deste ano.
E há também esta:
Ensino de 1960: Um camponês vende um saco de batatas por 100 escudos. As suas despesas de produção elevam-se a 4/5 do preço de venda. Qual é o seu lucro?
Ensino tradicional de 1970: Um camponês vende um saco de batatas por 100 escudos. As suas despesas de produção elevam-se a 4/5 do preço de venda, ou seja 80 escudos. Qual é o seu lucro?
Ensino moderno de 1970: Um camponês troca um conjunto B grande de batatas por um conjunto M de moedas. O cardinal do conjunto M é igual a 100 e cada elemento b de M vale um escudo. Desenha 100 pontos que representem os elementos do conjunto M. O conjunto C dos custos de produção compreende menos 20 pontos que o conjunto M. Representa o conjunto C como um subconjunto de M e responde à seguinte pergunta: qual é o cardinal do conjunto L do lucro (escreve-o a vermelho)?
Ensino renovado de 1980: Um agricultor vende um saco de batatas por 100 escudos. Os custos de produção elevam-se a 80 escudos e o lucro é de 20 escudos. Trabalho a realizar: sublinha a palavra "batatas" e discute-a com o teu colega de carteira.
Ensino reformado de 1990: Um kanpunez kapitalista privilejado enriquesse injustamente em 20 eskudos num çaco de batatas, analiza u testo e procura os erros de kontiudo, de gramatica, de ortugrafia, de pontuassão e em ceguida dis o que penças desta maneira denriquesser.
Marcelo Melo,
não tenho a certeza se compreendi bem o seu comentário, mas face ao problema colocado no post, só existe uma correcção possível: está incorrecto. E não existe nada de mais pedazgógico e genuinamente humano do que dizer a um aprendiz que está errado e mostrar-lhe porquê. Tudo o que vai em contrário disto não é pedagogia, mas uma magia qualquer sem bons resultados.
Rolando Almeida
Marcelo Melo,
não tenho a certeza se compreendi bem o seu comentário, mas face ao problema colocado no post, só existe uma correcção possível: está incorrecto. E não existe nada de mais pedazgógico e genuinamente humano do que dizer a um aprendiz que está errado e mostrar-lhe porquê. Tudo o que vai em contrário disto não é pedagogia, mas uma magia qualquer sem bons resultados.
Rolando Almeida
Parece-me o tipo de lógica essencial para perceber o "Código de DaVinci" e revelar o segredo dos templários ou outros problemas "absolutamente relevantes" q a sociedade dos nossos dias nos põe. É como n saber de computadores, éme-éme-esses, uaifais (acho q em estrangeiro se escreve WiFi's), etc. É um "upgrade" absolutamente essencial que pode decidir se somos dignos de pertencer à sociedade do sec.XXI. Quem não o fizer fica de fora. Depois n há a desculpa que é do "xistema"
Esta anedota teria muita piada se não passasse disso, apenas uma anedota. Infelizmente os professores são obrigados a "passar", com 7 negativas alunos que brincaram o ano todo, insultaram, destruiram, etc...
O objectivo é evidente, embora ainda haja quem acredite que Novas Oportunidades e afins são positivas, melhorar estatísticas. não imaginam ao que os professores são obrigados a fazer, pressionados contra a parede, ou talvez o penhasco da avaliação....
Pronto, para mim é óbvio que a minha sanidade mental já esteve melhor, perante o actual cenário como estarei daqui a 20 anos neste ambiente? Se lá chegar...
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