sábado, 10 de outubro de 2020

RACISMO E ETNIAS


“No dia em que pararmos de nos preocupar com a Consciência Negra, Amarela e Branca e nos preocuparmos com a Consciência Humana o racismo desaparece” (Morgan Freeman).

Que me expliquem por favor o que pretendem (será pedir muito?) os pretensos antirracistas, que pediram a nacionalidade dos nados e criados na “ocidental praia lusitana”, com os seus discursos de ódio contra o país da sua livre escolha para viver, país cheio de defeitos e racismo, segundo eles?

Se dúvidas tiver o leitor procure na Net os discursos incendiários de Joacine Moreira, deputada da Assembleia da República Portuguesa, e de Mamadou Ba, ex-assessor parlamentar do Bloco de Esquerda, nascido no Senegal que viu, inicialmente, o seu pedido de nacionalidade ser indeferido por não ter tempo suficiente de residência em Portugal e conhecimentos de português. Por eles poderão verificar se são paradigma de concórdia ou se, pelo comentário, expressam um racismo de quem tem um fígado a destilar bílis por todos os canais biliares!

Mas que querem eles afinal? Colherem o que outros semearam? Um país em que a competição para um melhor lugar ao sol na ascenção social seja favorecido pelo tom negro da pele? Quiçá aspirem a cotas, aliás exigidas por Mamadou, num país que levou séculos a ser levado ao colo por gerações em que os pais tudo sacrificaram para preparar os seus filhos, através de estudo forçado em noites insones, por vezes, à luz de um candeeiro de petróleo, simples vela de cera ou projectada por um candeeiro de rua perto de uma janelas de casa!

Licito será defender um retrocesso a anos de pálida luz cultural, científica e profissional que clareou com o esforço e o sacrifício de gerações brancas e negras? Simplificando: aspiram eles a um lugar de deputado da Assembleia da Republica para todas as Joacinas Katares que lhe batam histericamente à porta ou todos os Mamadou que ascendeu meteoricamente na vida política antirracista?

Cotas para negros que chamam “bóstia” à polícia? Quando ele, nos diz, armado em poeta  de três ao pataco dando-os exemplos de rimas, que activista rima com optimista, dou-lhe uma achega: também rima com arrivista! Todos iguais em direitos e deveres é o que distingue um país solidário que não defenda os direitos para si e os deveres para os outros. Este o conceito que deve subjazer a um país antirracista sem balelas que encham páginas e páginas de sofismas a tentar esconder princípios de justiça em contravenção com a realidade secular de acontecimentos verdadeiramente democráticos.

Como escreveu Raymond Polin, “reivindicar direitos sem proclamar obrigações é querer o impossível, é jogar às utopias ou às catástrofes”. Ora, a história de Portugal, com os seus defeitos, porque feita e escrita por humanos, é demasiado rica e nobre para servir de bola de futebol chutada ainda que mesmo por pessoas com formação universitária chancelada por um país do continente africano.

Até “os planetas se chocam e do caos nascem as estrelas”, disse-o Charles Chaplin! Tenhamos esperança que assim suceda num mundo obscuro em constante convulsões rácicas, sociais e territoriais. “Fiat lux”!

P.S.: Ampliei o título do meu "post" sobre o "Racismo" para dar uma maior amplitude ao conceito de racismo sob o ponto de vista  étnico  que não pode ser circunscrito apenas à etnia negra.

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