domingo, 4 de março de 2018

As máquinas "inteligentes" para ensinar

"Estou desesperadamente triste por isso 
[a substituição dos professores por máquinas], 
mas tenho medo de estar certo."
Sir Anthony Seldon


Imagem encontrada aqui.
Saiu recentemente um livro a que deve ser dada especial atenção. Ainda só vi críticas e recensões mas conto lê-lo em breve. O título é The Fourth Education Revolution e o seu autor é Anthony Seldon.

Recorda este professor inglês, que a marca distintiva da dita quarta revolução educativa (em que estaremos) é a utilização de máquinas "inteligentes" para ensinar. 

E diz que ao longo da próxima década os professores-pessoas serão substituídos por robots inteligentes. Aos professores-pessoas caberá um trabalho de bastidores como ajustar os equipamentos, gerir problemas de disciplina e dar apoio pontual a alunos. Serão, digamos, assistentes para o que for preciso.

As máquinas "inteligentes", escrupulosamente programadas, serão inspiradoras, não terão quaisquer falhas nos conteúdos a ensinar, usarão as abordagens pedagógicas mais eficazes, desafiarão os alunos convenientemente, serão pacientes com eles e administrar-lhe-ão o reforço no momento certo. Também se adaptarão às suas particularidades e proporcionar-lhe-ão um progresso individualizado, seguindo o seu ritmo de aprendizagem. Serão eles que abrirão as portas do conhecimento às novas gerações 
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Ver outros textos sobre a substituição dos professores por robots: aqui, aqui, aqui, aqui e também aqui, aqui, aqui, aqui

Texto escrito com base nas notícias que se podem encontrar aqui e aqui.

1 comentário:

Anónimo disse...

Quem fala a partir do interior do decadente sistema educativo atual não ´só entende facilmente as previsões de Anthony Seldon como as deseja ansiosamente, a começar pelos professores que sentem na pele a desqualificação acelerada dos seus estatutos académico,social e profissional. Nos dias que correm, o cidadão comum, e os alunos das escolas, quando têm alguma dúvida sobre educação física,ciência,história da arte,ou seja lá o que for, recorrem mais depressa ao google do que a um qualquer professor humano!
Antigamente, aprendia-se em Geografia que a mapeação da superfície terrestre era muito importante porque, entre muitas outras razões, permitia-nos consultar facilmente as longitudes e latitudes das diferentes localidades que vêm no mapa. Agora, com o auxílio do Gps e das máquinas inteligentes, podemos aceder, com um simples toque de uma tecla, às coordenadas geográficas das mais recônditas aldeias, identificadas, simultaneamente. por fotografias de satélite, aéreas e panorâmicas locais!
As máquinas não param de nos ensinar! O drama atual resulta das políticas educativas sem visão de futuro que levaram à fuga para a frente que conduziu ao gigantismo dos sistemas educativos, em termos das multidões de professores contratados e da concomitante despesa económica, cujo desabamento inevitável arrastará muitos professores para o desemprego. A situação atual é insustentável!
Para que a escola volte a ser uma instituição de ensino, a maioria dos professores, tem de sair!

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