Minha entrevista a Susana Gonçalves, do Instituto Politécnico de Coimbra:
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1 comentário:
O padre Américo dizia que não há rapazes maus, muito provavelmente baseado nas recordações da sua própria mocidade em que não se via a cometer pecados graves, tal como o professor Carlos Fiolhais não se verá, nos seus tempos de estudante de liceu, muito aborrecido e a puxar muito pela cabeça para deslindar os mecanismos de funcionamento de engrenagens constituídas por muitas alavancas associadas com cordas e roldanas fixas e móveis que fazem subir e descer corpos esféricos em planos inclinados, porém convém não esquecer que "rapaz" vem do latim “rapacem” e significa “que rouba, que rapina, ávido, voraz”. Quer dizer que, em resultado da herança genética e das contingências dos primeiros anos de vida de cada um, nem todos os rapazes são bonzinhos e cheios de curiosidade acerca das leis físicas que se ensinam nas escolas.
Obrigar, com a força da lei, indivíduos com 16, 17, ou 18 anos, que sentem um prazer genuíno em passar o dia inteiro a bater com um martelo em chapas de aço, a estudarem o modelo quântico para o átomo, os vários enunciados da segunda lei da termodinâmica, a poesia de Fernando Pessoa e outras jóias científico-humanísticas de igual quilate, é instituir uma farsa vergonhosa com uma violência atroz!
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