sábado, 25 de novembro de 2017

A Bela não deu consentimento, estava adormecida!

Texto na sequência de outros já publicados neste blogue, por exemplo aqui e aqui.

À semelhança do que fez, no passado ano, uma mãe portuguesa, uma mãe inglesa protestou, neste ano, pelo facto de a escola do seu filho prever a leitura de um certo texto a crianças muito pequenas, de seis anos.

Imagem retirada daqui
O texto agora em causa? A Bela Adormecida. 

A razão que apresenta é, no essencial, a seguinte: o conto promove uma mensagem sexual inapropriada, pois a Bela, indefesa, não deu consentimento ao Príncipe para ser beijada. Logo, as crianças ficarão com a ideia de que um homem pode beijar uma mulher enquanto esta dorme e ficar impune. 

A senhora percebeu isto quando reflectiu sobre a recente campanha "Me Too" e escreveu que enquanto a escola passar estas mensagens subliminares nada mudará no comportamento abusivo que está mais do que arreigado na sociedade.

Deve então o texto ser retirado do currículo? Não, pelo contrário. Deve ser explorado com crianças mais velhas e isto com dois propósitos: desconstruir a mensagem, que é intolerável na nossa cultura, e levar os alunos a perceber como se sentiriam se fossem a princesa. 

Mais informações sobre mais este avanço do "politicamente correcto" aqui e aqui.

3 comentários:

Anónimo disse...

"levar os alunos a perceber como se sentiriam se fossem a princesa. " Atenção: nestas coisas (ao contrário do que por vezes se quer fazer crer) a atitude do homem é radicalmente diferente da da mulher. Um homem, salvo raríssimas excepções) se for beijado por uma mulher, quer esteja acordado ou a dormir, com ou sem autorização, fica satisfeito e pede repetição. Ver o que se passa com a generalidade dos mamíferos (e não só). Eu como homem já tentei pensar como mulher mas não consigo. Nasci homem, sinto e comporto-me como homem, incluindo na sexualidade. Mas não percebo as mulheres.
Estas diferenças devem ser reconhecidas sob pena de não se entender nada ou cairmos em hipocrisias (frequentíssimas). Que é o que eu mais vejo e me tem feito detestar o feminismo em muitos dos aspectos que ele assume hoje.
Li há dias um artigo de uma rapariga que preconizava que se um homem se encostar a ela num autocarro o picaria com uma agulha (não sei se infectada ou desinfectada, nisso era omissa). Se isso se desse comigo garanto que apresentaria uma queixa crime, sobretudo se me fizesse sangue.
Devo confessar que nunca me encostei a uma mulher de propósito, nos autocarros. E que já muitas se encostaram a mim, nem sempre percebo se de propósito se devido aos balanços. É um acontecimento que vejo sempre com agrado.

marina disse...

Sempre houve assim gente,antes iam à missa todos s dias , arranjavam o altar , rezavam rezavam rezavam , viam pecados em todo o lado , cortavam nas vizinhas e sempre que podiam seduziam o padre. À falta de Deus deram nisto. Uns tristes. Que falta de paciência para gente doida e mesquinha , bolas.

Unknown disse...

Ainda por cima, o tipo abusa de uma mulher que está pedrada...

Direitos e dever(es)

Texto gentilmente oferecido por Carlos Fernandes Maia, professor de Ética.   O tema dos direitos e deveres desperta uma série de interrogaçõ...