quarta-feira, 19 de julho de 2017

A MORDAÇA NOS COMANDANTES DE BOMBEIROS


A proibição de os comandantes de bombeiros operacionais distritais poderem falar aos jornalistas é decerto um atentado à liberdade de informação a que temos direito mas, acima de tudo, um atentado à segurança: pode  acontecer que um desses comandantes tenha de comunicar um alarme em directo na televisão, um aviso de prevenção, ou um pedido de evacuação. Agora tudo tem de ser retransmitido (será via SIRESP?) para Carnaxide, para o Comando Nacional da Protecção Civil, e de lá passar ao país, passadas algumas horas. Pobre país, que continua mais centralizado do que nunca. Dantes era o Terreiro do Paço, agora com a timorata descentralização, é o Centro de Comando de Carnaxide!

6 comentários:

alexandra g. disse...

Com o devido respeito, este não é um post sobre os bombeiros, é um post sobre os comandantes dos bombeiros. As hierarquias serão sempre as hierarquias, e algumas são tão sabujas quanto os seus 'subordinados'. Onde vivo, faz agora aprox. 2 anos, foi necessário que o novo comandante não admitisse bombeiros fardados - de piquete - para que deixassem de beber cerveja no café diante do quartel, mas assisti a isto durante anos:

- soldados de que paz? (medo!)

__________
Calma, sim.

José Martins disse...

Caro Carlos Fiolhais, lamente-se o facto de ter opinado acerca de um facto que não o é porque, em rigor, nenhum bombeiro foi impedido de falar. A opção tomada pela Protecção Civil visa os seus comandantes (e apenas esses) distritais, não se destina aos comandantes de bombeiros. Não siga cegamente o spin, por favor tente opinar sobre aquilo que possa comprovar.

Carlos Fiolhais disse...

Caro José Martins
Obrigado pelo esclarecimento. Já coloquei a fonte e mudei em conformidade. De qualquer modo acho muito estranho que os comandantes locais não possam falar, havendo um só porta-voz ao retardador em Lisboa. Este é o Estado central no seu pior. Já sugeri que o Comando nacional da Protecção Civil passe para Leiria e Lisboa, sempre estava mais no centro do país.
Cordialmente
CF

Anónimo disse...

Por que nos te callas? Falar sobre tudo e todos, ser tudólogo não é coisa boa para quem devia só falar sobre a sua área de competência.

José Martins disse...

Caro Carlos Fiolhais, é saudável a sua correcção. Lamentavelmente o que circula na imprensa muitas vezes nos induz em erro. Não tenho opinião definitiva acerca da opção da Protecção Civil embora não pareça muito diferente da que outras forças de segurança pratica. Até ver, admito que seja sobretudo uma forma de organizar a mensagem. Os jornalistas continuam a poder ir filmar o fogo, os bombeiros podem falar, e não tendo a acreditar em sonegação - como já vários comentadores referiram - pelo simples facto de, mesmo querendo, não se conseguir esconder algo que está à vista.

Unknown disse...

A explicação que é dada para justificar a proibição (é disto que se trata), é simplesmente absurda.
Se um Comandante (seja do que for, mas com maiúscula), não se sabe concentrar no que é essencial, só há uma coisa a fazer: demiti-lo e nomear um comandante minimamente competente. Se tal não acontecer, deverão ser demitidos os responsáveis pela nomeação de comandantes incompetentes...

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