terça-feira, 7 de abril de 2015

É preciso restaurar a confiança

Soube há pouco que se demitiu o responsável nominal do desastrado processo de "avaliação" da FCT, que liquidou sumariamente e logo de início metade das unidades de investigação nacional e estava agora a liquidar quase metade do financiamento da outra metade  (o lema da FCT agora era "estratégia sem base"). Para além de estar a liquidar as esperanças de milhares de jovens com talento, que se vêem forçados a emigrar por aqui não serem acolhidos e encorajados.

 De trapalhada em trapalhada a direcção da FCT foi  destruindo a ciência portuguesa. Entre mentiras e silêncios, entre negociatas e favores, foi afundando a ciência portuguesa. Como já foi dito pelos reitores a propósito da "avaliação", tratou-se de  um "falhanço pleno".  Agora está minada a confiança na agência pública que financia a ciência em Portugal: ninguém acredita no que resta da actual direcção, que inexplicavelmente permanece em funções. É preciso, primeiro que tudo, restaurar a confiança.

Os cientistas portugueses não se sentem representados na actual FCT, que sempre fez ouvidos moucos às vozes sensatas que se têm feito ouvir. Nem se sentem representados pelo actual ministro que, desistindo da ciência, contemporizou com a arbitrariedade com prejuízo da sua imagem. É preciso um ministro da Ciência. Os investigadores defendem a ciência como meio que a sociedade tem de alcançar o futuro, pelo que querem ver na FCT e no Ministério da Educação e Ciência (ou, melhor, no Ministério da Ciência e Ensino Superior) alguém que defenda a ciência como um bem público em vez de interesses particulares. O mais necessário agora na política de ciência e tecnologia é o que mais tem faltado: isenção, seriedade e transparência.

5 comentários:

Rui Baptista disse...

Aliás, "isenção, seriedade e transparência" são valores que sempre presidiram nos inúmeros posts do DRN às críticas que foram formuladas ao "desastrado processo de 'avaliação' da FCT". Pena foi que fosse o respectivo responsável se tivesse demitido tardiamente, em vez de o demitirem em devido tempo, com a esfarrapada desculpa de "motivos pessoais".

Rui Baptista disse...

Na 2ª e 3.ª linhas do meu comentário anterior. onde escrevi "Pena foi que fosse o respectivo responsável" (...), rectifico para: Pena foi que o respectivo responsável (...).

Anónimo disse...

Os cargos públicos, quando são ocupados já têm uma Agenda à espera dos novos inquilinos, uma Agenda oposta aos interesses da vasta maioria dos eleitores. Temos de perdera ilusão de que nós elegemos alguém para nos representar, a coisa funciona exactamente ao contrário, os que para lá vão e o cidadão em geral são chantageados para representarem interesses do globalismo. É reparar na queda brutal no produto bruto nacional até 2025, de $219 billion para $143 billion, esqueçam o TTIP, isto é tudo para destruir:
http://www.deagel.com/country/Portugal_c0163.aspx
Na Espanha é ainda mais brutal:
http://www.deagel.com/country/Spain_c0187.aspx
A Suíça desaparece populacional e economicamente:
http://www.deagel.com/country/Switzerland_c0193.aspx
A Alemanha ficará empobrecida e estagnada, tal como o Reino Unido mas este terá apenas metade da população:
http://www.deagel.com/country/Germany_c0078.aspx
Nos Estados Unidos d’América é o Apocalipse:
http://www.deagel.com/country/United-States-of-America_c0001.aspx

Anónimo disse...

A FCT destruiu a "ciência " nacional, e agora sem esta instituição formidável o país correrá o risco de ... ir á falência... oops.

cumps

Rui Silva

Anónimo disse...

http://www.beparlamento.net/conflito-de-interesses-do-dr-miguel-seabra-enquanto-presidente-da-fct

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