quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

CRATO, NOGUEIRA E A GREVE DE AMANHÃ



Nuno Crato desceu em pouco tempo de ministro mais amado para ministro mais detestado. Ele próprio foi o responsável por essa descida ao defraudar as expectativas nele depositadas. Lembre-se que ele foi levado aos ombros ao ministério pelos professores que agora, pasme-se, até já o comparam desfavoravelmente com Maria de Lurdes Rodrigues. O ministro da Educação (ele desistiu de ser ministro da Ciência e não merece esse nome) insiste todos os dias em descer mais baixo no apreço dos eleitores. Muito mal acolitado no ministério, insiste agora na realização de uma prova para professores que é inútil.  Sou dos que pensam que deve existir um processo de selecção dos melhores professores, o que hoje não é feito, mas a prova que o ministro inventou, com a cumplicidade executiva do IAVE (ex-GAVE, mas idêntico ao GAVE, só mudou o nome), não passa de um teste psicotécnico rudimentar que se destina a eliminar dos concursos uma meia dúzia de jovens. Também há uma redacção, além do referido teste, mas a ideia de eliminar pessoas com base no não cumprimento do acordo ortográfico é ignomiosa.

Um jornal económico nacional já colocou nas setas para baixo Nuno Crato e Mário Nogueira, um ao lado do outro. Amanhã provavelmente vão estar de novo equivalentes.  E assim vai a educação nacional, ignorando os verdadeiros problemas.

2 comentários:

Anónimo disse...

Concordo plenamente! Não vai deixar boas recordações nem saudades... Depois da esperança veio rapidamente a desilusão. Está acabado.
Isolete Calheiros

Rui Baptista disse...

Nogueira foi quem mais mal fez a um ensino digno e dignificado. A título de quem se preocupava com a dignificação da carreira docente soube chamar a si a sua chegada ao topo da carreira docente como professor habilitado para a docência do 1.º ciclo do básico (onde exerceu funções esporádicas antes de se "profissionalizar" como dirigente da Fenprof). Entretanto, professores do 3.º ciclo do básico e secundário, licenciados por universidades publicas, estiolam sem acesso ao topo da carreira docente.
Quanto ao ministro Nuno Crato, enfileiro, com desgosto, no número daqueles que consideram a sua acção como uma verdadeira desilusão.
É uso dizer-se (seguindo a voz do povo) que o diabo tapa por um lado e destapa por outro. E se "o algodão não engana", as setas para baixo do referenciado jornal económico bem o comprovam!

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