quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Vivemos numa democracia

O Parlamento inglês chamou  Alan Rusbridger, director do jornal The Guardian, a depor com base no argumento de que as notícias que permitiu que se publicassem sobre o caso Snowden comprometiam a defesa nacional. Prestei atenção quando, no telejornal, ouvi a pergunta:
"Ama este país?"
A resposta - conferi-a na internet - foi a seguinte:
"Vivemos numa democracia. A maioria das pessoas a trabalhar nesta história são britânicas patriotas, que têm famílias neste país, que amam este país. Estou ligeiramente surpreendido surpreendido que me façam a pergunta, mas sim, somos patriotas e uma das razões do nosso patriotismo é a natureza da democracia e a natureza da nossa imprensa livre e o facto de, neste país, poder discutir-se e noticiar-se estas coisas."
Em tempos estranhos, é (quase) estranho ouvir alguém fazer sobressair o valor Verdade e da Liberdade.

2 comentários:

perhaps disse...

A resposta acentuou os valores que devem nortear qualquer jornalista. como o próprio inquirido referiu, "estou surpreendido".
Mas o curioso é que sejamos nós a surpreender-nos com a resposta.

Helena Damião disse...

Sim, o supreendente é, mesmo, surpreendermo-nos com o que deveria ser a regra, o normal, que passa a perecer-nos excepção.
MHD

NOVA ATLÂNTIDA

 A “Atlantís” disponibilizou o seu número mais recente (em acesso aberto). Convidamos a navegar pelo sumário da revista para aceder à info...