sexta-feira, 27 de julho de 2012

A Educação Física Escolar na Perspectiva de um Fisioterapeuta



“Mon expérience me fait attibuer une importance três grande au développement de l'éducation physique: on peut, en effet, par ce moyen, diminuer les maladies, renforcer la résistence de l’homme vis-à-vis des agents pathogènes, lui permettre d’attendre à la vieillesse dans la plenitude de son pouvoir physique, intellectuel e moral; en somme, retarder l’heure de la sénescence organique” (Docteur Maurice Boigey, “Manuel Scientifique D’Éducation Physique”, “Masson  Éditeurs”, Libbraires de l’Académie de Medicine, 1932).

Numa altura em que a disciplina de Educação Física anda nas bocas do mundo por causa das matrizes curriculares, com algum espanto meu, ainda que conhecedor da colonização que a Educação Física sofreu no passado por parte dos oficiais do exército e dos médicos, acabo de tomar conhecimento de um texto, intitulado “Sobre a (des)importância da Educação Física no ensino  secundário” (“Expresso”, 16. Julho. 2012), em que o seu autor, Luís Coelho, fisioterapeuta de reeducação postural e ensaísta,  indica caminhos a seguir nas aulas de Educação Física do ensino secundário, por, segundo ele, esta disciplina curricular não ter em devida conta a higiene corporal e a prevenção das doenças. Mas nada disto me devia espantar - mas espanta! -, porque, como escreveu várias décadas atrás, Quintino da Costa, professor do  INEF: “Enquanto os médicos, em tempos idos, só tiveram como competidores os barbeiros, o professor de Educação Física vê ainda o seu campo invadido por contorcionistas da lei que às claras, ou na penumbra, logram alcançar um papelinho ou titulozinho com o ‘imprimatur’ do Estado”.

Como transcrevi em epígrafe, diferente conceito é sustentado por Maurice Boigey e, outrossim, por Celestino Marques Pereira (1909-1978), doutorado em Educação Física, também professor do INEF, quando escreve: “Compreende-se, pois, sem necessidade de estudar a questão em pormenor, a influência que a Educação Física pode ter sob o ponto de vista terapêutico; o aproveitamento adequado e consciente desta acção pode dar resultados de um imenso alcance no domínio das afecções patológicas”. Entrando em contradição com os conceitos mais modernos da fisiologia dos exercícios de desenvolvimento muscular, defende Luís Coelho: “As actividades físicas – principalmente aquelas que fazem uso da força e da resistência musculares – não possuem real valor para a saúde”. E, como tal, em laivos de indisfarçável magistralidade, remata no final do seu artigo: “Reformule-se a Educação Física e aí talvez a disciplina passe a ser mais valorizada e acreditada”. A esta sua proposta, atrevo-me a pensar, subjaz a referência que faz a uma vivência traumática do seu tempo de estudante: “Não posso deixar de lembrar o quase ‘inferno’ que as aulas de Educação Física sempre representaram para mim, dado que um certo ‘mau-jeito’ para as coisas do físico sempre serviu de mote ao agravamento de um ‘bullying’ do qual fui vítima ininterrupta durante muitos anos”.

Escreveu Armand Cuvillier, autor de um Vocabulário de Filosofia, traduzido em Portugal e no Brasil: “Como assinalava, recentemente, Léon Bernard, implantou-se o costume de empregar muitas palavras tiradas do nosso velho vocabulário, mas tomadas num sentido novo e misterioso a ponto de que se poderia crer que nos esforçamos por mais não chamar as coisas pelo nome”. Em consequência, por ora, detenho-me, apenas, para não me alongar numa temática demasiado científica e extensa para se esgotar num simples post, sobre a proposta de Luís Coelho pretender, a modos de quem quer matar dois coelhos de uma só cajadada,  “uma revolução epistemológica no domínio da Educação Física e da Fisioterapia”. Mas nada disto é novo, dando razão ao aforismo latino: “Nil novi sub sole!” Isto porque, v.g., a Economia, que era para Aristóteles a simples arte do governo de uma casa, evoluiu para um conceito bem mais abrangente que, com a lupa da passagem do tempo, muito ampliou o seu acanhado mundo sem o recurso a nenhuma má plástica grotesca nem a uma simples e ridícula cosmética. Isto apesar da da tentativa falhada por Antoine Auguste Cournot (1814-1895) de substituir o nome de Economia Política por Crematística. De igual modo, fracassou a tentativa do professor de Medicina da Universidade de Coimbra José Ferreira Macedo Pinto (1810-1903) para alterar o nome de Medicina Veterinária para Zooatria!

Aliás, este tema mereceu que sobre ele me debruçasse numa comunicação, intitulada “Motricidade Humana: um novo paradigma para a Educação Física?”, que apresentei no “IV Congresso de Educação Física e Ciências do Desporto dos Países de Língua Portuguesa e V Congresso da Sociedade Portuguesa de Educação Física”, realizado na Auditoria da Universidade de Coimbra, de  2 a 5 de Março de 1995. O seu texto completo viria a ser publicado in “Horizonte – Revista de Educação Física e Desporto”, Junho-Julho 2001, Vol. XVII, n. 99, p.p, 3,4,5,6,7”.

Como aí defendi, a discussão terminológica sobre a Educação Física reside no facto de ela ter sido considerada por Manuel Sérgio, licenciado em Filosofia e mais tarde doutorado em Educação Física, pelo ISEF da Universidade Técnica de Lisboa,  como as areias movediças de uma “pré-ciência” , enquanto a Motricidade Humana seria o piso firme de uma “ciência”, possivelmente, a exemplo de Karl Marx quando considerou como pré-história a história que antecedeu a Revolução de Outubro (“Motricidade Humana”, uma ciência do homem”,  ISEF, Serviços de Edição. Lisboa-1987, p. 34).

Embora possa parecer uma questão de somenos, a expressão Educação Física está secularmente consagrada continuando a ter um papel importante no contexto que a terminologia científica assume na ciência moderna para que não surja qualquer confusão sobre o seu significado e uso em textos académicos e científicos, porque “a terminologia é o reflexo formal da organização conceptual de uma especialidade e um meio inevitável de expressão e comunicação profissional” (Cabré, M. T., 1993). 

Em consequência, é quase inevitável que o significado da expressão Educação Física (se  dolosamente despojada de uma  perspectiva holística) seja discutido, ou mesmo posto em causa, até entre alguns dos seus profissionais, influenciados pelo canto de sereias que aventam a hipótese esperançosa de que a mudança do respectivo nome para Motricidade Humana possa solucionar  todos os  problemas a ela atinentes, pacificando discordâncias de natureza científica, filosófica  ou  de qualquer  possível e injustificado complexo  pela reminiscência  do desprezo a que o corpo esteve votado secularmente pela exaltação religiosa da alma. Curiosamente, vá lá saber-se porquê, a questão não se coloca quando se aborda a trilogia Educação Integral: Educação Intelectual, Educação Física e  Educação Moral.

Mas sei bem que só em exéquias da dicotomia cartesiana de uma alma sublime  (res cogitans) a tutelar um corpo escravizado (res extensa), se pode tornar  frutuoso o diálogo entre a Educação Fisica, em esconjuro de má fama, e a Filosofia, em acto de contrição: filósofos de séculos  recentes,  e mesmo coevos, vieram em denodada defesa da concepção holística do homem. Com cordão umbilical  em entranhas do tempo, o acesso futuro a uma promissora Neurobiologia, “em que se não tem um corpo, é-se um corpo”, será suficiente  para prosseguir na esforçada jornada  científica do actual modelo da Educação Física  sem a mudança  nominal para o emergente paradigma da Motricidade Humana, a fim de anunciar, urbi  et orbi, jubilosamente, a crisma salvadora como se se tratasse de um radioso horizonte em céu enublado a anunciar uma borrasca iminente capaz de fazer submergir em águas tumultuosas a Educação Física. A mesma Educação Física que se fez património do léxico do mundo,  mercê de faculdades, sociedades e federações europeias e internacionais de Educação Física, como, v.g., “Sociedade Portuguesa de Educação Física”,  “European Physical Education Association e “Federation Internationale d’Education Physique”.

Sem dúvida, a Educação Física é hoje um conjunto de conhecimentos científicos e metodologias cujas ambições de cidadania não feneceram na história das coisas sem história. Muito  menos, deverá a sua sobrevivência ser hipotecada à mudança de nome para Motricidade Humana com a intenção,  como escreveu Oscar Wilde,  de “turvar as águas para que pareçam profundas”!

12 comentários:

José Batista da Ascenção disse...

Meu caro Rui Baptista

Conheço há cerca de década e meia vários casos

(bastantes...) de alunos brilhantes, com boa

constituição física, nada obesos, por vezes

raparigas muito bonitas e elegantes, que

escreviam nas fichas sócio-biográficas da

direção de turma que a disciplina em que

tinham mais dificuldade era... educação

física. Não raro, ainda há poucos meses,

algumas entravam na minha aula em passinho

miúdo e dorido (o ácido lático...) porque no

dia anterior tinham tido... educação física.

Quando tinham aulas de 45 minutos, em que o

tempo, provavelmente curto para

vestir,equipar, fazer prática, desequipar,

tomar banho e vestir, era ocupado com aulas

teóricas em sala de "aula normal", o

desinteresse surgia também...

Quero ressalvar que tenho por competentes e

dedicados os colegas que lecionavam a

disciplina.

O que estava mal então?...

Aos meus próprios olhos (e tanto quanto me

enxergo) não vejo um problema real com a

terminologia. No entanto surgem-me dúvidas

como esta:

Se entendermos por Educação Integral: Educação

Intelectual, Educação Física e Educação

Moral, onde devemos então colocar:

- a "educação visual"
- a "educação musical";
- a "educação tecnológica";
- a "educação ambiental";
- a "educação para a saúde";
- a "educação sexual"
- a "educação cívica";
- a "educação para a prevenção rodoviária";
- etc, etc.

(e nem falei de coisas que ouvi como "educação

matemática"...)

Daqui decorre outra dúvida minha:

Quantas educações são necessárias para formar

um ser humano, ou, o que é o mesmo, quantas

educações tem (ou pode ter ou deve ter) cada

pessoa?

Repito, não tenho nenhuma embirração contra a

designação de "educação física", e até tentei

evitar (corrigir...), nos meus filhos e em

alunos do ensino básico (7º-9ºano) que

amputassem a disciplina do seu nome completo,

chamando-lhe (apenas)... "física".

Julgo que ainda agora é assim.

SV disse...

Caríssimos
Tendo em conta apenas a sua etiologia poder-se-á questionar o nome da disciplina.
Ora, a palavra “física”, tem origem no grego e significa “natureza”. Foi com este significado, natureza, que se desenvolveu a ciência que a pretendia reflectir.
Como todos sabemos, o seu objecto era vasto, por isso a "physis", à medida que se foi desenvolvendo, fragmentou-se, abrangendo cada um, campos mais específicos do saber.
Nesta óptica, o nome “educação física”, também ela um campo específico da "physis", parece-me um duplo contrassenso. Por ser ela um campo específico do saber mais vasto, a "physis", e por sugerir que se poderá de algum modo “educar” a natureza.
Neste aspecto estou com José Batista da Ascenção. Sendo professor de Física (e Química), tento, até hoje sem efeito audível, acrescentar a palavra “educação” quando os meus alunos se referem à disciplina em causa neste post. Até agora, nem a ironia lhes basta quando refiro à disciplina que lecciono como a física sem educação.
Mas, esta é uma análise etiológica do nome. Que importância terá um nome? A este propósito, lembro de uma frase de Shakespeare..
"O que é que há, pois, num nome? Aquilo a que chamamos rosa, mesmo com outro nome, cheiraria igualmente bem."

Sérgio Viana

Rui Baptista disse...

Meu Caro José Batista da Ascenção: Cá nos encontramos nós, uma vez mais, em diálogo que muito agradeço e em que, desta feita, espero dar-lhe resposta a todas as questões por si levantadas, ainda que correndo o risco de me tornar apóstata em obrigação de consciência. Ressalvo, todavia, o facto de me faltar” engenho e arte” para tão grande e complexo empreendimento. Seja como for, mãos à obra:

1. Começo por lhe dizer que 45 minutos de aula de Educação Física (com as implicações que enumera) são realmente escassos. Escassíssimos! Contudo, mesmo em aulas de maior duração, não raro são elas ocupadas em sessões teóricas. Ora eu entendo, ainda que sob o risco da apostasia acima referida, pese embora com suporte no provérbio latino: “Amicus Plato, sed magis amica veritas” (Estimo Platão, mas estimo ainda mais a verdade ) que hoje, devido ao facto da falta de movimentação dos nossos jovens conducente a doenças hipocinéticas, assim chamadas por carência de actividade física, de jogos tradicionais (e das próprias futeboladas em recintos descamapados) e horas passadas frente ao ecrã da televisão e ao monitor dos computadores, as aulas de Educação Física devem ser o mais movimentadas possível. Aliás, o professor de Medicina Física da Universidade de Nova York, Hans Krauss, que criou, décadas atrás, de parceria com a Drª. Sonja Weber um teste de aptidão com larga aceitação não só na América como no resto do mundo, adverte: “É um ponto crucial a necessidade de reformação dos programas de terinamento físico nas escolas se se quiser proteger os jovens contra o ataque das moléstias hipocinéticas. Eu próprio, escrevi: “Quando a milénios do sedentarismo dos nossos dias, o homem não se limitou a correr; teve a necessidade de levamntar troncos, pedras, etc, e de utilizar os músculos na luta contra
o meio hostil que o rodeava. É, assim, o levantar pesos tão antigo como a corrida pois ambos mergulham raízes nos primórdios da humanidade” (“Os pesos e halteres, a função cardiopulmonar e o doutor Cooper”, Rui Baptista, Lourenço Martques, 1973, p. 81).

2. Para além da concentração do ácido láctico depois do exercício físico, abordo agora outros aspectos do cansaço sequentes às aulas de Educação Física. Ele diminui quando o movimento voluntário (com as sinergias onerosas que acarreta) , necessário às aprendizagens motoras, é substituído pelo movimento automático (com menor dispêndio de energia). Quando disso falava aos meus alunos universitários dava o exemplo das costureiras, no tempo em que as máquinas de costura eram accionadas por uma espécie de pedal único, sendo capazes de costurar horas a fio sem grandes massas musculares das partes anterior e posterior da coxa. Pelo contrário, se a mesma actividade fosse levada a efeito por um futebolista, com esses músculos hipertrofiados, passado pouco tempo era ele obrigado a parar.

CONTINUA

Rui Baptista disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Rui Baptista disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Rui Baptista disse...

CONTINUAÇÃO

3. Quando me servi das subdivisões da Educação Integral (utilizando o critério de Denzel), fi-lo apenas para chamar a atenção para o facto dos respectivos nomes serem aceites. Bem sei que, ao arrepio da percepção holística da pessoa humana como um todo (aliás, Krestchemer, médico alemão e professor universitário de Psiquiatria , doutor “honoris causa” em Filosofia, diz-nos que “o homem pensa com o corpo todo”) , esta divisão não é consentida, senão em mera utilidade metodológica. Aliás, o rol de “educações” de que dá exemplo nos demonstra que o próprio texto manuscrito faz uso da motricidade fina da mão, o mesmo sucedendo com as actividades artísticas da música, da pintura, da escultura, etc.

4. No que tange à amputação abusiva (quanto mais não seja pela confusão gerada) do nome de Educação Física para Física ela, julgo eu, se fica a dever à tendência para a lei do menor esforço que leva os jovens de hoje a escreverem, por vezes, testes escritos da forma utilizada nas mensagens cifradas dos telemóveis.

5. Foi este comentário escrito um tanto “à la page”. Todavia, não quero deixar como mensagem final o meu acordo, total e incondicional, consigo, meu caro José Batista da Ascenção, no que respeita à necessidade das aulas de Educação Física serem de índole prática, com constante movimentação dos alunos em exercícios de natureza articular e muscular e de solicitação cardiopulmonar para responder ao estatismo de um mundo em que os jovens se tornam prisioneiros de casas sem jardim e quartos ou salas em que em posição cifótica de longas horas em frente das modernas tecnologias. E, com isso, transformando-se numa espécie de lapas agarradas ao rochedo ou em alforrecas destituídas de esqueleto ósseo que suporte a posição bípede, que tantos anos civilizacionais levou a alcançar. Salvo melhor e mais douta opinião as aulas de Educação Física devem contribuir para uma espécie de retorno às gerações anteriores que se deslocavam a pé, subiam às árvores, saltavam e corriam, enfim, mexiam-se!

P.S.: A eliminação dos meus dois comentários anteriores ficou a dever-se à minha iliteracia informática.

José Batista da Ascenção disse...

Caríssimos Rui Baptista e Sérgio Viana

É um gosto e um privilégio poder trocar ideias assim. De modo

franco e assumido, sem receio da concordância ou da divergência.

E em si, meu caro Rui Baptista, sem desdouro para ninguém, que o

tempo de cada tem cada um que geri-lo, aprecio particularmente

disponibilidade, a delicadeza e o cuidado que põe na resposta a

todos os comentários aos seus textos.

Ora, quem fala assim comigo ensina-me. E que me ensina é meu amigo.

Obrigado, meus amigos.

Rui Baptista disse...

Caro Sérgio Vieira: Obrigado pelo seu comentário. A ele poderei acrescentar que, em épocas passadas, o médico era tratado por físico (havendo até, em tempos da Monarquia, o cargo de físico-mor) quer se ocupasse, mesmo, de doenças mentais. Existe, em nosso tempo, até uma especialidade médica chamada Medicina Física, sem despertar polémica de natureza semântica.

Por outro lado, essa terminologia sem ser adjectivada é empregada, com toda a propriedade, em portadores de estudos universitários no domínio da Física (sem Educação!, como com certa ironia, refere no seu comentário!). Acresce que dar o nome de Física, “tout court”, à Educação Física já transpôs fronteiras discentes. Em várias reuniões, quando da minha docência no ensino secundário, ouvi vários professores de diversas disciplina assim a ela se referirem.

Mas que importa o nome? O que interessa é que saibamos do que falamos sem grandes discussões do tipo do sexo dos anjos. Aliás, a sua citação de um vulto literário como Shakespeare o diz melhor do que ninguém. Permito-me reproduzi-la: "O que é que há, pois, num nome? Aquilo a que chamamos rosa, mesmo com outro nome, cheiraria igualmente bem".

José Batista da Ascenção disse...

Ali, na quinta e na sexta linha, onde ficou escrito "que o

tempo de cada tem cada um que geri-lo" devia antes ter ficado

"que o tempo de cada um tem cada um que geri-lo"

Rui Baptista disse...

Agradeço a parte do seu comentário que me é dirigida. De há muito, tenho referido o gosto em manter este "feed-back" com os leitores que me honram com a leitura dos meus post's.

Escreveu Emerson: "Todo o homem que encontro é-me superior em alguma coisa; e, neste particular, aprendo com ele". Consigo, meu caro José Batista da Ascenção muito tenho aprendido. Bem haja!

P.S.: Na 1.ª linha do parágrafo 5 deste meu comentário, onde está "à la page", obviamente, queria escrever "à vol d'oiseau". Com o pedido de desculpa, aqui deixo a correcção devida.

motta disse...

Quando li o texto referido, do fisioterapeuta Luís Coelho, vá-se lá saber porquê, passaram-me à frente dos olhos muitas das estórias e muita da história da Educação Física. Aquelas que as escolas de Educação Física me ensinaram, as que a curiosidade (e também a necessidade) me levaram a pesquisar e, sobretudo, as dos últimos trinta e tal anos "com as mãos na massa". Já me cansa continuar a ver os passarucos abeirando-se do aparente moribundo, quase cadáver, para, sobre ele, incharem o peito com sonoras lalações. OPassarucos coloridos mas também quase sempre, cinzentões. Por isso, sempre e mais uma vez professor, louvo a sua pachorra, para a desconstrução de tão súbitas iluminações, sempre florescentes em tempos de crise.

Rui Baptista disse...

Foi com agrado que li o seu comentário. A vida tem-me ensinado que a melhor forma de desmistificar ideias falsas é dissecá-las. Foi isso, que, o meu caro Motta, fez com o bisturi da sua experiência profissional.

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