terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Dois protestos


O Público de hoje publicou duas cartas de protesto relativas à minha peça de opinião intitulada "Liberdade e Preconceito". Eis a primeira delas:

Na qualidade de habitual leitor do PÚBLICO, venho desta forma transmitir-lhe o meu desagrado pela publicação de um artigo de opinião de um vosso cronista, publicado na pág. 3 da edição do passado dia 24 de Dezembro.
O artigo em questão era assinado pelo sr. Desidério Murcho e tinha como título: "Liberdade e Preconceito".
A razão do meu protesto é de o considerar insultuoso, não apenas para mim como, acredito, para muitos milhares de leitores do jornal. É, aliás, com muita estranheza que vejo que um jornal que considero de referência, no panorama da imprensa em Portugal, permite que um seu cronista insulte os seus leitores.
Presumo que o colunista em questão não é um homem de Fé, quanto a isso não tenho nada a opor, mas isso não lhe dá o direito de classificar como "adultos insensatos" todos aqueles que, como eu, acreditam que um copo de vinho se pode transformar em sangue. Não por qualquer passe de mágica, nem mesmo por qualquer combinação química, mas pela Fé.
Na verdade, o colunista tem toda a liberdade para assim não crer, mas, pelo estatuto académico que tem, deve perceber que a liberdade tem balizas, que não pode adjectivar daquela forma quem pensa de forma diversa dele. A má-criação e a arrogância que ressaltam do seu artigo são pouco consentâneas com o seu nível intelectual. (...)
Domingos Sá, Porto

A segunda carta de protesto é esta:

Quero desde já afirmar que escrevo esta carta na minha condição de cristão católico e que o faço em reacção à vossa edição, tristemente, da véspera de Natal. Começo por dizer que, por mais esforços que faça, não consigo habituar-me à falta de profissionalismo e de conhecimento com que os órgãos de comunicação social em geral tratam matérias religiosas ou matéria de fé. Compreenderá, pois, que muito menos consiga aceitar discursos jocosos e de mau gosto sobre as mesmas matérias.
No entanto, o que se passa na edição de 24 de Dezembro passado é pior do que isso: é o insulto, na sua mais pura forma, e a falta de respeito total e absoluta para comigo, para com o Papa, para com a Igreja Católica e, em última análise, para com a Pessoa de Jesus, Pessoa em que acredito, que muito estimo e que me esforço por seguir. E sigo-O através da instituição que Ele próprio criou e nos deixou e onde se nos dá constantemente através dos Sacramentos, em particular do Sacramento da Eucaristia.
Que o PÚBLICO tenha a sua própria linha editorial e que nela não inclua a promoção e a defesa dos valores em que eu acredito, é uma coisa. Que o PÚBLICO, no seguimento dessa linha editorial, caia no discurso baixinho, rasteiro, insultuoso e ofensivo, é outra completamente diferente. Devo dizer que lamento profundamente ver o PÚBLICO resvalar e cair na publicação de textos que só o rebaixam e lhe retiram nobreza de atitude e de carácter.
Que o senhor Desidério Murcho pense o que pensa, diga o que diz, não me admira, não faltam desidérios por aí. Rezo por todos eles, para que o Espírito Santo os ilumine e pela sua conversão, já que, de momento, pouco mais posso fazer por eles. Mas que a direcção do PÚBLICO dê o seu aval à publicação de um despautério sem qualificação possível é que já me admira, e muito!
Devo ainda questioná-lo sobre o seguinte: não é isto claramente um uso abusivo do acesso aos órgãos de comunicação social? Não é isto um profundo desrespeito pela tolerância que o seu jornal tanto apregoa? Não é isto uma falha deontológica grave? E porque é tão importante o que a Igreja Católica pensa e diz para pessoas, grupos e lobbies que em quase nada se identificam com ela? Confesso que não consigo entender esta sintomática incapacidade de auto-afirmação e total ausência de um discurso afirmativo e positivo. Repare bem como se pega num discurso do Papa (este ou qualquer outro), o qual é inequivocamente afirmativo e positivo, e se o apresenta ao público de uma forma tão negativa, tão crítica, tão destrutiva e - quantas vezes! - tão distorcida e mentirosa. É isto informar? É isto profissionalismo? É isto uma atitude séria, íntegra e nobre? Não, meu caro José Manuel Fernandes, não é. E isso, garanto-lhe, surpreendeu-me muito, E entristeceu-me. (...)
Gonçalo Almeida Garrett, Lisboa
 
Em parte, eu já respondo a estes protestos na minha crónica de hoje, Ditadura de Alabastro, mas também no artigo mais longo "Orwell, Caricaturas e Liberdade de Expressão", além do artigo "Insulto". Este é um tema a que regressarei nas páginas do Público, pois parece-me que há uma incompreensão, que importa esclarecer, da natureza da liberdade de expressão.

32 comentários:

Ska disse...

curiosamente, as pessoas queixam-se de ter lido isto na véspera de natal, mas não lhes faz confusão essas animalidades do senhor bento terem sido proferidas na antevéspera de natal...

Xico disse...

Desidério
Eu também sou católico e não me passaria pela cabeça ficar ofendido com o que escreve ou com o que publica num jornal público.
Confesso que a pseudo superioridade intelectual que quis demonstrar sobre aqueles que, Papa inclusive, acreditam na transubstanciação, me deixou perplexo. Tendo-o como homem inteligente julgo que reconhece no Papa e noutros teólogos e cientistas da Igreja suficiente capacidade intelectual para se porem a par da sua!!!
Compreendi que se tratou de um ironia, um pouco descabida, mas ironia na mesma.
Das coisas que mais gostei de ver em Londres, foi o speaker's corner em Hyde Park, onde, anonimamente, se debate e discute todo o tipo de ideias. Os blogs são isso mesmo. Um speaker's corner. Por isso gosto de aqui vir e tento não me ofender com as ideias dos outros, embora a mentira e a falsidade às vezes custam a engolir. E isso aconteceu com a interpretação do discurso do Papa aos cardeais da cúria.
Relevei por o mesmo estar escrito em italiano e em alemão, línguas que as mentes simples dos nossos jornalistas europeus e americanos não dominam bem, se é que dominam alguma?????

Jorge Oliveira disse...

Desidério : veja as críticas dos leitores do Público pelo lado bom.

Um deles até é bem intencionado, uma vez que reza para que o Espírito Santo o ilumine.

Se ele conseguir tal desiderato (Desidério, desiderato, será que...?) já viu o que vai poupar em electricidade?

Jorge Oliveira disse...

Os critérios do Público são curiosos. Divulga as cartas de protesto de leitores consoante o assunto.

Neste caso, publicou duas cartas a malhar forte e feio no Desidério.

Mas experimente alguém enviar ao Público uma carta de protesto contra os disparates que o jornalista Ricardo Garcia lá escreve acerca do aquecimento global. Nem sombra de publicação.

É evidente que se trata de censura, que só é possível com a conivência do director, José Manuel Fernandes.

lino disse...

Como católico, apenas senti um ligeiro estremecimento por ser considerado "insensato" pelo Desidério, pessoa que muito estimo. Fosse o autor outra pessoa e a classificação tinha-me passado absolutamente ao lado, por falta de relevância. Para alguns será difícil de aceitar, mas é isto mesmo a liberdade de expressão que, obviamente, não só aceito, como defendo. Se alguém me chamasse ladrão, assassino, violador ou qualquer outra coisa similar, sem hipóteses de o provar porque o não sou, isso é que seria falsa (ou abuso da) liberdade de expressão e, como tal, punível criminalmente.

sguna disse...

Acreditar literalmente na bíblia, não é simplemente "insensato", é viver uma pura ilusão... começa pelo facto das versões modernas serem cópias adaptadas e mal traduzidas (propositadamente ou não).

A questão de acreditar em teólgos ou não, talvez seja mais clubite, devido "à nossa" tradicional educação! Repare-se que as reclamações foram em relação ao facto da "igreja" ter sido criticada e os autores não argumentaram contra a opinião emitida. E normalmente quem vive num mundo a preto e branco é muito díficil discutir e aceitar ideias diferentes.

Freire de Andrade disse...

Há muitos anos, quando andava no liceu e os liceus ainda se chamavam liceus, o meu professor de Religião e Moral, Padre Botelho, decidiu fazer um inquérito aos alunos em que perguntava, além de outras questões, se acreditavam na transsubstanciação, respondi sem hesitar que não acreditava. Mas perante a pergunta "Porquê?", hesitei, mas acabei por responder: "Porque acho inverosímil." Pois em pleno Estado Novo ninguém me questionou ou me acusou de insultar os que acreditavam em coisas que eu considerava inverosímeis. Que agora leitores não gostem das palavras de Desidério Murcho é compreensível. Também muitas vezes não gosto do que leio. Que se considerem ofendidos e achem os termos do artigo insultuosos já me custa mais a compreender. Mas que se voltem contra o Público e o seu director por aceitar a publicação do texto acho verdadeiros atentados à liberdade de expressão.

Rolando Almeida disse...

tenho muitas dúvidas que acreditar que um copo de sangue se transforme em vinho seja um sinal de inteligência, mas enfim, se tudo me é permitido também posso acreditar que a crença em deus não passa de uma estupidez. E até acredito.

António Parente disse...

Caro Rolando Almeida

A sua fidelidade é comovente mas as suas responsabilidades como professor de filosofia e a amizade pessoal que o liga ao Desidério deviam dar-lhe a capacidade para o criticar e explicar-lhe - dado que ele parece ter cegado de vaidade e perdido a lucidez depois daquele elogio do ex-ministro das Finnaças Luís Campos e Cunha - que o comentário publicado no Público e criticado pelos leitores é um exemplo grotesco de argumentum ad hominem, a que se juntou o baixo nível do vaocabulário e uma agressividade gratuita e sem sentido que até passou pelo caricato de achar engraçado afirmar que o Papa usa saias.

São sempre bem-vindas as análises críticas, objectivas, racionais, bem informadas e inteligentes, sem ofensas, dos discursos do Papa. Ninguém está acima de crítica. Mas usar como ferramenta o argumentum ad hominem bloqueia o diálogo e afasta as pessoas. A maioria dos cristãos católicos que gostariam de debater com o Desidério não o farão se para isso necessitarem de descer ao nível do esgoto. Aí o Desidério fica sempre a falar sózinho.

Parece que o Desidério não percebeu o que se passou e acha que existe uma "incompreensão, que importa esclarecer, da natureza da liberdade de expressão." Prevejo que a emenda vai ser pior do que o soneto. Vai pelo caminho errado mas isso não é problema meu.

As cartas dos leitores cristãos católicos são simplesmente brilhantes. Tomara que o Desidério soubesse escrever com aquela educação e elevação, em vez de ser mal-educado, arrogante e ofensivo. Também eu me senti profundamente ofendido com o texto publicado no jornal Público.

Rolando Almeida disse...

Olá António,
Concordo que temos de sustentar as nossas posições. Mas eu não vou dizer o que me pediu para dizer ao Desidério por duas razões:
1) porque o Parente acabou de o fazer
2) porque tenho a ideia de que se tivesse afirmado que NÂO ACREDITAR EM DEUS é uma estupidez o Parente não se tinha tocado e não me tinha atacado acusando-me de uma fidelidade que até nem existe. Magoa-se que eu tenha feito essa afirmação? Parente nem imagina o que me dói quando ouço que deus existe!
até breve

perspectiva disse...

O Desidério Murcho faz parte de um leque de pessoas que tem procurado desmerecer a religião e enaltecer a filosofia naturalista de Epicuro e Lucrécio e os respectivos corolários evolucionistas.

Ludwig Krippahl é outro. Pode interessar aos leitores ver uma recente resposta criacionista bíblica ao Ludwig.

As palavras do Ludwig surgem entre aspas (sem esquecer que Ludwig por vezes cita outros).

Ludwig Krippahl diz:

"Parece diferente. Concluo que não há unicórnios no meu teclado porque examino o meu teclado e não encontro indícios de unicórnio."

No teclado não. Mas ainda recentemente foi encontrado por cientistas na Itália um veado só com um corno, provavelmente por causa de uma mutação. Isso pode explicar alguns relatos da antiguidade.


"E se só uma pesquisa exaustiva permitisse concluir que algo não existe, então para concluir que não existem unicórnios na Antárctida precisava percorrer toda a Antárctida e para concluir que os unicórnios são fantasia tinha que conhecer todo o universo para garantir não haver indícios de unicórnio em lado nenhum."

Depende do que se entenda por unicórnio. Um veado só com um corno pode ser descrito como um unicórnio. Em todo o caso, dificilmente se encontrará na Antártida.

"Se fosse assim, não estar e não existir seriam problemas muito diferentes."

Isso não se aplica a Deus.

É que toda a informação codificada tem origem inteligente, e o DNA está cheio de informação codificada.

Logo, o DNA só pode ter origem inteligente.

Sintomático é o facto de não existir qualquer explicação naturalista e não inteligente para a origem de informação codificada ou do DNA.

"Felizmente, não é assim. Podemos dizer que não existem unicórnios na Antárctida sem conhecer cada palmo desse continente."

E daí?

"Podemos decidir que algo não existe se houver indícios contrários ao que seria de esperar se tal coisa existisse."

Como não existe uma explicação naturalista para a origem de informação codificada ou do DNA, podemos concluir que o DNA só pode ter tido uma origem inteligente, porque toda a informação codificada tem origem inteligente.

O próprio Carl Sagan, ao propor a criação do projecto SETI, de procura de inteligência extra-terrestre, reconheceu que a informação codificada tem sempre origem inteligente.

"É por isso que sei que o Pai Natal não existe mesmo sem conhecer o polo norte e que não existem cangurus marcianos sem ter ido a Marte."

São Nicolau existiu mesmo. É dele que vem a figura do Pai Natal.

Cangurus marcianos não existem, porque tanto quanto se sabe só a Terra tem condições para a vida.

No entanto, Carl Sagan e outros é que andaram e andam à procura de extraterrestres. Até agora, sem sucesso.

"A conclusão que não existe um ser omnipotente que nos ama resulta do mesmo processo."

Sucede que dele temos vestígios na informação codificada no DNA, no testemunho de todo um Povo de Israel e nos milagres e na ressurreição de Jesus, eventos vistos e pormenorizadamente descritos por muitos.

"Se os meus pais fossem omnipotentes eu não seria míope porque eles me amam o suficiente para não me dar olhos defeituosos."

A Bíblia diz que toda a criação está corrompida.

As mutações e a selecção natural diminuem a quantidade e a qualidade da informação genética disponível.

Só os evolucionistas é que acreditam no contrário, sem razão nenhuma para isso.


"A leucemia em crianças, o mongolismo, as doenças e desastres naturais são indícios que não existe um deus que nos ama."

Errado. São indícios de que toda a Criação está amaldiçoada e corrompida pelo pecado.

Daí Deus prometa, na Bíblia, dar-nos um corpo incorruptível, a todos quantos aceitarem a salvação de Jesus, e fazer novos céus e nova Terra, onde não existirá doença, morte e maldição.


"O Luís Bastos, como muitos outros, tenta explicar isto alegando que Deus respeita a nossa vontade."

É verdade. Deus criou-nos radicalmente livres.

Com a capacidade de amar e odiar, de fazer o bem e fazer mal.

Mas a humanidade, em Adão, escolheu desrespeitar a lei de Deus, com todas as consequências daí resultantes.

"«Porque sou livre, entre as várias alternativas e possibilidades de escolha tenho a capacidade de optar.» Não me explica nada.

Tenho e não tenho. Adão podia pecar e não pecar. Com o pecado de Adão, todos os seus descendentes nascem contaminados pelo pecado.

Com a salvação de Jesus Cristo, todos os descendentes de Adão que reconheceram o seu pecado e clamaram por salvação podem ser restaurados.

"A vítima pode “optar” com toda a vontade que o agressor tenha um ataque cardíaco, mas as coisas funcionam de tal forma que prevalece quem tem mais força, mais poder ou as armas melhores."

A lei do mais forte não é a lei de Deus. Deus é amoroso e justo. E isso está nos antípodas da lei do mais forte.

"Precisamente o contrário do que se esperaria se um deus justo respeitasse por igual a vontade de todos."

Deus estende a sua salvação a todos. Mas alguns preferem a eternidade como sanção do que a eternidade como salvação. O Ludwig é um deles.

"Se a hipótese em causa fosse existir um deus maldoso e incompetente ainda podíamos ficar na dúvida."

Deus criou tudo bem, em 6 dias. Ele não é incompetente. Não necessitou de biliões de anos de tentativas e erros para criar.

Mas Deus é um Deus pessoal e amoroso. E o amor só pode existir se for livre, se existir a possibilidade do ódio.

"Não há nada que a justifique mas também nada a contradiz. Mas basta ver o noticiário para rejeitar a hipótese de um deus omnipotente e benévolo."

O noticiário mostra que existe maldade.

A maldade só existe se existir um padrão absoluto e objectivo de bondade.

Um padrão absoluto e objectivo de bondade só existe se existir um Deus essencialmente bom.

Se o mal ainda existe, como vemos no noticiário, é porque Deus ainda não castigou o pecado.

Se Deus ainda não castigou o pecado, isso não significa que não o vá fazer.

Significa apenas que, como a Bíblia ensina, "Deus não quer que os homens se percam, mas que venham a arrepender-se".

Tudo isso é cabalmente explicado pela Bíblia.

No entanto, a Bíblia diz que virá um dia em que Deus dirá: "game over".

E aí virá o julgamento final.

E aí iremos todos precisar de um bom advogado.

E Jesus Cristo propõe-se ser o nosso advodago, porque morreu pelos nossos pecados, tendo sido castigado por eles apesar de inocente.


"As desculpas vagas da liberdade do mais forte em lixar a vida ao mais fraco não resolvem o problema."

Isso do triunfo mais forte é Charles Darwin, não é Jesus Cristo.

"O Luís Bastos acrescenta que «para falarmos de Deus, o homem não pode ser o centro, ou seja, o homem não pode definir Deus pondo-se no centro: “porque não vejo, não existe; porque não ouço, não existe.”

Isso é verdade. Só Deus tem toda a informação.

"Parece-me de novo precipitado concluir a inexistência de Deus a partir da incapacidade humana.»

Claro que é precipitado e insensato.

"Sim. Seria precipitado concluir que não existem unicórnios invisíveis só pela nossa incapacidade de os ver."

Mas nós podemos ver sinais da presença de Deus:

1) leis naturais (revelam um Universo ordenado)

2) informação codificada no DNA (revelam uma origem inteligente da vida)

3) Milagres e ressurreição de Jesus (testemunho histórico da presença de Deus connosco).


"Mas seria um disparate ainda maior concluir que eles existem só porque não os podemos ver."

Não podemos ver Deus, mas muitos puderem ver Jesus Cristo (Deus connosco), testemunhar e relatar os seus milagre e a sua ressurreição física.

"É este problema que a teologia tenta disfarçar, com pouco sucesso."

Não existe nenhum problema a disfarçar. A evidência da existência de Deus é claríssima.

A evidência de que a vida surgiu por acaso é que é inexistente, e isso o evolucionismo não consegue disfarçar.

"Não podemos ser o centro, não podemos definir os deuses, é precipitado concluir que não existem porque não os vemos e assim por diante. Seja."

Muito bem.

"É irrelevante. Porque a questão importante é se temos evidências suficientes a para concluir que um deus específico existe. Não temos."

Temos:

1) as leis naturais

2)a sintonia do Universo para a vida

3) a informação codificada no DNA

4) a presença historicamente investigável de Jesus Cristo, etc. etc.

"E no caso do deus cristão há até um conjunto sólido de evidências contrárias."

É completamente errado, especialmente quando não se apresenta nenhuma evidência.

"A hipótese cristã não explica nada e é contradiz a evidência de que dispomos."

Podemos examinar isso, em vez de debitarmos generalidades. Eis uma evidência cientificamente comprovável:

1) toda a informação codificada tem origem inteligente;

2) o DNA tem informação codificada em quantidade e qualidade que transcende toda a capacidade humana;

3) o DNA só pode ter tido origem numa inteligência que transcende toda a capacidade humana;




"Mais ainda que o Pai Natal, os unicórnios e os cangurus marcianos, que até podiam passar despercebidos."

Nenhuma dessas entidades imaginárias pode explicar a quantidade de informação codificada presente no DNA.

Mas o Deus cristão pode, porque se revela como VERBO/PALAVRA.

"Mas um criador omnipotente do universo que nos amasse notava-se de certeza, e teria criado um universo muito diferente deste que não se rala connosco."

Deus criou um Universo perfeito. O pecado fez com que Deus amaldiçoa-se toda a Criação.

Mas Deus vai fazer novas todas as coisas, começando por nos dar um corpo incorruptível.

Tal como no princípio, as pessoas são livres.

Uns aceitarão a vida eterna com Deus, outros a morte eterna sem Ele.


"Além disso, só é razoável considerar que algo existe se houver indícios que justifique conclui-lo."

1) toda a informação codificada tem origem inteligente. Não existem excepções conhecidas a esta afirmação.

2) No DNA encontramos informação codificada, que depois de traduzida e executada dá origem aos seres mais complexos que se conhece;

3) Por dependenr de informação codificada, a vida só pode ter tido uma origem inteligente.

"Na ausência de dados relevantes, é mais sensato assumir que não me está a cair um piano em cima, que não tenho um leão na cozinha, que não há um bule de loiça a orbitar Marte."

Os dados existem. Quem os ignora é o Ludwig, que prefere pirotecnia argumentativa, mas nunca confronta os dados relevantes.


"Se me fosse preocupar com todos os deuses para os quais não tenho quaisquer evidências nem ganhava para as velas."

Só tem que se preocupar com aquele que criou a informação codificada no DNA.

Vitor Guerreiro disse...

"Que o senhor Desidério Murcho pense o que pensa, diga o que diz, não me admira, não faltam desidérios por aí. Rezo por todos eles, para que o Espírito Santo os ilumine e pela sua conversão, já que, de momento, pouco mais posso fazer por eles."

Está tudo dito: pode-se fazer equivaler ateísmo e laicismo a todos os vícios e maleitas sociais, para embelezar discursos símio-edificantes, não se pode é achar insensato quem acredita que uma batata se transforma num cagalhão divino (por que não? coisa material por coisa material...) desde que essa crença tenha um enquadramento institucional, social, etc. Se for uma crença isolada não faz mal, até um católico pode gozar com ela, rezando pela iluminação da alimária que acredita em tais coisas insensatas. O problema é a crença ter enquadramento social x ou y. Aí não se pode achá-la insensata. Bom, poder até se pode, não se pode é escrever isso nos jornais, que é imoral.

Ska disse...

Não perspectiva, não interessa rigorosamente nada ao leitor. Porque o leitor que quiser ler isso, ou vai a esse blog ler, ou procura no google.

Porque a tua contribuição não tem nada a ver com o tema do post.

Porque continuas a papaguear a mesma quantidade de informação, sem, porém, definires objectivamente aumento de informação.

Porque és, resumidamente, malcriado e mal educado como poucos.

Por favor cria um blog teu onde podes repetir mil milhões de vezes que gaivotas dão gaivotas até acabar o mundo mundial. Ou até definires objectivamente aumento de informação.

António Parente disse...

Rolando

Não fiquei magoado. Afirmou o que disse de uma forma educada. É o suficiente.

Bom ano de 2009

Desidério Murcho disse...

A liberdade de expressão é realmente um conceito difícil de entender. A liberdade de expressão é a liberdade para as pessoas dizerem coisas que me chateiam ou ofendem ou que acho grave, inadmissível e idiota. Se não for isso, não é liberdade de expressão: é uma mera imitação.

Ora, o que está em causa no meu artigo é o seguinte: eu defendo incondicionalmente a liberdade de expressão do papa, apesar de eu achar que ele é um tolo com uma mentalidade medieval e supersticiosa. Defendo também a liberdade de os homossexuais e as lésbicas casarem exactamente como os heteros, independentemente de eu aprovar ou não essa escolha de estilo de vida. E é só isto que está em causa. O papa, porque não aprova os homos e as lésbicas, não quer que eles possam casar. Os homos querem silenciar o papa. Está tudo doido?

Não. Estamos cada vez mais numa ditadura de alabastro. É proibido pensar certas coisas. Não se pode gozar com os ecologistas, com o aquecimento global, com os negros, com os homos. Isto é pura tolice.

Há uns anos os Gato Fedorento gozaram no blog deles com o Stephen Hawking. Apareceram logo umas pessoas bem pensantes a dizer que isso era de mau gosto e tal, que havia limites ao humor. Claro que eles responderam que isto é uma tolice: não há limites ao humor. O que há é quem não gosta, passa à frente. (Ironicamene, claro, o próprio Stephen Hawking gozou com ele mesmo num episódio dos Simpsons, o que mostra que é mais inteligente do que os bem pensantes que gritam "blasfémia!")

Não se pode confundir bom gosto, imparcialidade, objectividade, sensatez, etc., com liberdade de expressão. Liberdade de expressão é liberdade para dizer parvoeiras, fazer parvoeiras, defender o indefensável, etc. -- desde que não se matem pessoas, ou se torturem, ou roubem, etc. É isso a liberdade de expressão.

Por que razão escrevi o meu comentário sobre as declarações do papa com aquela linguagem? Precisamente para ofender. As reacções que eu sabia que se seguiriam provam precisamente o que eu afirmo no texto: que as pessoas confundem liberdade de expressão com liberdade para dizer coisas bonitas, sensatas, bem argumentadas, imparciais, objectivas.

Desidério Murcho disse...

Oops, isto seguiu antes de tempo. Queria concluir dizendo o seguinte: reparem que temos o mesmo padrão nos protestos dos homos perante as declarações do papa e nos protestos dos meus leitores perante o meu artigo. O padrão é o seguinte: em vez de se argumentar contra o que foi afirmando, mostrando que é falso, protesta-se pelo facto de tal coisa ter sido dita ou publicada. Este padrão é que é prova a ditadura de alabastro e a dificuldade que as pessoas têm em compreender a liberdade de expressão. Os homos deviam ter explicado por que razão não concordam com o papa, e podiam até chamar-lhe nomes feios se quisessem. Os meus leitores podiam explicar por que razão eu afirmei falsidades, além de rezar pela minha alma. Mas nem os meus leitores nem os homos fizeram tal coisa: o protesto deles é apenas este: não queremos que aquelas coisas sejam ditas ou publicadas. E é este padrão que é uma ameaça directa à liberdade de expressão, padrão infelizmente demasiado comum hoje em dia.

Vitor Guerreiro disse...

Na verdade é muito simples:

Se alguém afirma que 2 + 2 = 5, alguém em seu perfeito juízo se sentirá "ofendido"? Não. Explica-se calmamente à pessoa os princípios elementares da matemática, as operações básicas, etc. (Se o exemplo for demasiado básico, imagine-se um ligeiramente mais complicado).

O Bertrand Russell tem um texto divertidíssimo, sobre superstições, onde fala nisto mesmo: não há "ofensas" em aritmética porque aqui há conhecimento, ao passo que na ideologia e nas crenças religiosas nunca mais nos livramos dos sentimentos injuriados e das cruzadas para "limpar" o mundo das más opiniões, precisamente porque nessas áreas só há opiniões. As pessoas ficam enfurecidas exactamente porque sabem que não têm argumentos infalíveis para convencer racionalmente quem já não concorda à partida com eles.

Bom ano novo.

António Parente disse...

Os nosso filósofos aprenderam a usar com mestria o guia das falácias e acrecentaram-lhe um toque muito pessoal: o insulto.

Depois disto, virem com lições de filosofia sobre pensamento crítico, rigor na argumentação, lógica, etc, só pode ser por puro gozo.

Bom Ano para todos.

p.s. - Bertrand Russell tinha uma coisa que falta a muita gente e faltará sempre: classe!

LA disse...

Desidério, às vezes penso que há 2 Desidérios a escrever neste blogue!
Porque eu já fiz, neste blogue, há uns meses, comentários que não eram mal educados, apenas provocatórios, e que foram apagados. Alguns deles paece-me que foram apagados por ti. Agora, vens defender uma coisa que eu também defendo, acho que não se devem calar ditos estúpidos, mesmo os racistas.
Onde é que está a coerência? É que eu apenas fui provocatório mas mesmo assim fui apagado.
Outra coisa que acho muito má neste blogue é a falta de discussão e de exposição de diferentes opiniões (uma coisa que o Norberto defende). Nunca se convidam pessoas para escrever opiniões diferentes sobre coisas como o eduquês ou o magalhães, ou no mínimo, mostrar que há pessoas competentes que têm opiniões diferentes das vossas.
Tenho vergonha que este seja o melhor blogue do tipo, em Portugal, mas que seja tão fraco ao nível da censura e da exposição de diferentes opiniões.
Fico contente de isto, aparentemente, estar a melhorar, porque acho que sofreis dos defeitos que vós próprios criticais. Estais sempre como Eça na boca mas eu não sei o que o Eca acharia das vossas escritas...

Tino disse...

O artigo do sr. Desidério não honra nem dignifica o autor, mesmo abstraindo a temática sobre que versava.

Não tinha qualidade literária e não possuía qualquer valor argumentativo.

Parecia mais um comentário a um "post" feito por um labrego com o Magalhães do filho nas unhas, do que um artigo de alguém que tem formação universitária.

Não me recordo de ter visto na imprensa um texto mais medíocre.

E já não falo no mau gosto de certas expressões, dignas do mais ébrio labrego.

Foi demasiado mau, mesmo que tivesse sido escrito nas vésperas do Carnaval...

Desidério Murcho disse...

O que seria do mundo se tudo fosse bom? Tem de haver idiotas como eu para que outras pessoas possam destacar-se pela qualidade literária, solidez argumentativa e sensatez das ideias.

Desidério Murcho disse...

LA, não tinha lido o comentário. Na verdade há 3 Desidérios neste blog: é que um deles tem personalidade dupla.

Que bestice completa é essa de andar por aí a convidar qualquer besta para escrever aqui? Aqui só escreve quem 1) concorda com os autores do blog, 2) arranja tachos aos autores do blog 3) assina com nomes falsos e 4) só manda bocas à maluca.

LA disse...

Desidério, é o que eu digo, só fazes o que te agrada no momento.
Eu sou simplório mas as minhas perguntas são válidas e ficaramm sem resposta, é a tal coisa da falta de discussão! Explica lá porque apagas comentários e depois vens cá com a treta da liberdade de expressão. Anda lá, quero ver o que dizes.
Explica lá, também, estes vossos avisos sobre comentários, tipo: Seja respeitoso e cordial, ainda que crítico.
É uma maneira que vocês arranjam para terem uma desculpa para apagar comentários que não sejam considerados cordiais?
Onde é que isto encaixa na tua teoria da liberdade de expressão?
Quando é que vós aprendeis a admitir o erro e a encaixar certas coisas?

Desidério Murcho disse...

Não me lembro de ter apagado os teus comentários, mas ainda bem que o fiz. Qual é o problema? Às terças-feiras gosto de apagar comentários que começam pela palavra "escaninho", por exemplo.

O blog é meu. Faço o que me apetecer. Até posso apagar o blog todo amanhã.

E qual é o problema de acabar com a liberdade de expressão? Acaso tens alguma defesa articulada algures de tal coisa? Por que raio se haveria de aceitar tal coisa?

Fora de brincadeiras: se eu escrevo uma merda qualquer articulada, que deu trabalho, foi cuidadosamene pensada e depois vem um tolo qualquer armado em carapau de corrida como tu mandar bocas, eu posso achar que a presença desse comentário não eleva o nível da discussão, que era o que eu pretendia inicialmente. Deve ter sido por isso que apaguei o teu comentário.

Mas, claro, isso era quando eu tinha a ilusão de tal coisa ser possível em blogs. Agora já percebi que a conversa dos blogs é como a conversa de bêbados nas cervejarias, na maior parte dos casos, o que significa que tem um interesse cognitivo rigorosamente igual a zero. E daí o silêncio da maior parte de nós, autores do blog, nas caixas de comentários.

LA disse...

Desidério, ainda tens que comer muita sopa.
Tu apagas comentários pelo mesmo motivo que o Hitler apagava judeus: porque achais que não estão ao vosso nível e por isso devem ser eliminados!!
Porque é que uma coisa que foi muito trabalhada, e cuidadosamente pensada, não pode ter uma falha que possa ser descoberta por um carapau de corrida como eu? Quem é o juri que diz que o meu comentário não está ao nível do teu trabalho, que só está a atrapalhar?
Se aplicares as tuas regras, não há liberdade de expressão porque tu é que decides o que pode e não pode ser dito, é muito simples.
A liberdade de expressão é muito boa para toda a humanidade e só prejudica apenas alguns, como tu.
Se houver maior liberdade de expressão, há mais qualidade de vida, é o mesmo que ser proibido matar, também não há nenhuma razão para não matar. Claro que se pode subir mais rápidamente na vida se se puder matar o catedrático que nos está a tapar o lugar, mas se toda a gente for assim, vamos todos para o inferno, não fica cá ninguém.

Desidério Murcho disse...

É evidente que para ti isto é uma parvoíce meramente pessoal. Ficaste fodido porque te apaguei um comentário e lá se foi a tua vaidade de carapau de corrida. Mas a vida é mesmo assim. Liberdade de expressão é liberdade para dizeres o que te apetece, mas não é a liberdade para vires a minha casa chatear-me o juízo com caralhadas que não me interessam.

Claro que qualquer pessoa pode encontrar uma falha em qualquer coisa, não é isso que está em causa. Mas se a pessoa só está a dizer tolices sem interesse, está apenas a contribuir para avacalhar as coisas e afastar as pessoas que podem ter coisas interessantes a escrever. Eu vejo por mim: nunca ou raramente escrevo em caixas de comentários de blogs porque é só tolos que lá andam a mandar bocas. Há uma grande diferença entre discordar, levantar objecções, contra-exemplos etc. cuidadosamente pensados, e mandar a primeira boca que nos ocorre nos intervalos da punheta, como tu e outros fazem. Isto impede o debate de ideias frutuoso, pura e simplesmente. E não me venhas com caralhadas de liberdade de expressão, que isto é só sofisma da tua parte e dor de corno.

LA disse...

Claro que não fiquei fodido por me apagares vários comentários! Eu já te disse que ainda tens que comer muita sopa!
Eu sou um mero jardineiro, não quero saber do meu status de comentador no De Rerum, quero lá saber se não me ligais nada. A unica coisa com que fico fodido é com a vossa burrice e a propensão para a censura, sois um bocado nabos nessas merdas.
E, para, mais uma vez, te mostrar que não tens razão, para veres o teu ridículo, há um post vosso que refere um meu comentário e até agradece a minha intervenção! A mim, ao carapau de corrida! Em que ficamos? Não é que eu me importe que me chames carapau de corrida, quero lá saber, mas pelos vistos os carapaus de corrida também devem ter direito à sua palavra.
Os comentários que foram apagados não eram mal educados nem tinham caralhadas, eram apenas venenosos, brincadeiras.
Se queres que te diga, eu estou-me a cagar para referirem um comentário meu, não vou por isso no meu cv, isso para mim é cagativo. Como te disse, tenho pena é que a maneira como tratas os comentários revele o teu respeito sobre a liberdade de expressão!
Uma coisa é filosofar sobre o insulto, outra é, na prática, ter pedalada para aturar atentados ao estatudo de intelectual trabalhador e cuidadoso pensador, por parte de um jardineiro carapau de corrida, que nos intervalos da punheta faz uns comentários que às vezes até são referidos por vós!
Ah, e o post Na Cona! também apareceu por aqui. Mais uma contribuição minha!

http://dererummundi.blogspot.com/2008/02/e-assim-vamos-erguendo-o-monumento-da.html?showComment=1203455880000

Desidério Murcho disse...

LA, estás a tentar atirar areia para os meus olhos, mas não me enganas. A única razão pela qual estás com estas parvoíces é porque te sentes atingido por pessoas que julgas que estão a puxar os galões e vais daí tu e puxas os teus antigalões. Acontece que não só não puxo galões, como me estou a cagar para os galões que tenho e tu não tens. Mas também me estou a cagar para os teus antigalões, entendes? A mim não me apanhas com os complexos que muitos intelectuais têm perante quem não é intelectual porque não embarco nas tolices simiescas de ver tudo em termos de hierarquias: para mim um professor universitário, um taxista ou uma mulher-a-dias são apenas pessoas com diferentes interesses e diferentes profissões, e ninguém é superior ou inferior a ninguém por saber mais ou ganhar mais ou por ter a pila maior ou mais pequena. Isso são tolices simiescas nas quais estás mergulhado, mas a mim não me apanhas aí.

Portanto: não inventes que eu penso que merdas como tu não podem ter ideias boas e dar boas contribuições, pois não penso isso e jamais se poderá inferir que eu penso isso. Na verdade, merdas somos todos, com ou sem galões ou antigalões. Daqui a 100 anos estamos todos a fazer tijolo, com ou sem galões ou antigalões. As melhores ideias podem vir de qualquer lado e as piores também. Se te apaguei um comentário que tanto te fez ficar amerdalado foi porque era completamente irrelevante e só introduzia ruído e parvoeira onde devia haver uma discussão com pés e cabeça. Nada mais. A prova de que nada tinha a ver com galões nem antigalões foi o facto de ter continuado a responder-te e até a citar-te, conhecendo bem o teu blog e as tolices que estás sempre a dizer contra os “intelectuais”, que são tão tolas como eu pôr-me aqui a cagar sentenças contra os papeleiros. Ficou claro agora? Portanto não me venhas com essa mezinha de que “ele só sabe é filosofar mas quando chega a hora da verdade é que se vê como é”.

LA disse...

OK, ficamos por aqui, acho que já aprendeste a lição, ou quase, porque eu não tenho nada contra intelectuais nem puxo de anti-galões, antes pelo contrário, mas não me apetece dicutir isso, já me chega de discussão.
Só acho uma vergonha, um verdadeiro intelectual como tu, andar a ler a merda do meu blogue, é que aquilo não tem ponta por onde se lhe pegue e eu não o recomendo a ninguém, é uma vergonha de blogue. Ficas a saber, se vocês não tivessem posto obrigatório a merda da identidade google, que é também uma forma de anonimato e vocês são ridículos com estas tretas mas não conseguem ver uma merda simples como isso, nunca terias sabido do meu blogue, porque eu teria continuado a assinar anonimamente: luis, que vai dar no mesmo e é até pior porque me obriga a passar vergonhas.
Lê coisas a sério e deixa-te de lixo.

Desidério Murcho disse...

LA, és uma besta. Mas isso é irrelevante. Disse-o só porque me alivia os intestinos. É preciso usar o registo do OpenID ou do Google porque sem isso há carradas de SPAM automático, entendes minha besta? Publicidade inglesa a comprimidos para os fracos da pila e assim. Não tem nada que ver com o nosso pedido para as pessoas se identificarem. Méne, quando andavas de cuecas e ainda não havia blogs já eu andava na Internet, camandro.

LA disse...

Acho piada que estejas sempre a criticar os comentários com menos nivel e depois venhas para aqui chamar bestas e carapaus de corrida aos comentadores.
É por isso que eu prefiro as discussões na tasca, há mais democracia, ninguém me pode impedir de falar e têm que baixar a bola. Se me chamasses besta numa tasca, dava-te tamanha chapada que saías a aterrar fora da porta.
Na tasca há mais qualidade na discussão.
E essa treta de que nas revistas académicas o debate não tem problemas narcisisticos, parece-me mentira. Somos todos humanos e sofremos todos dos mesmos defeitso.
Além disso, pelo que ouvi dizer, os cientistas como tu precisam de publicar, são avaliados por isso, por isso não me admiraria que muitas vezes deiam uns retoques mentirosos nas coisas com a ânsia de publicar, o vosso empreguinho depende disso!
Na tasca não, discute-se por prazer intelectual!
Já agora, vê lá se aí no Brasil, não utilizas o telefone da universidade para ligar para os amigos e família em Portugal. É uma coisa feia de se fazer.
Essa treta de que os académicos são uma raça superior, que são muito verdadeiros e muito puros, não me convence.
Tedes o vosso mérito e tal e coisa mas sois como os outros.
Rspeitinho e come a sopa!

Desidério Murcho disse...

Continuas a revelar-te uma cavalgadura. Onde insinuei eu que os académicos são superiores? Tu é que tens essa mania parva e estás sempre a puxar os teus galões de jardineiro, que és um simples e tal, não pertences ao jet set dos académicos, és um humilde. E o truque é pensares que com isso consegues psicofoder gente que realmente tem essas ideias de superioridade e inferioridade. Mas bateste na porta errada, minha besta. Eu não tenho disso. E agora vou falar devagar para ver se entendes: mas não estou a dizer que são os académicos que são todos iluminados e não têm disso. Claro que têm: como a generalidade da humanidade, ainda não passaram da fase dos 12 anos, como tu também ainda não. Mas eu já. Significa isto que sou superior a ti? Não. Apenas não embarco nessas tolices simiescas do superior e do inferior. Aposto que há muitas coisas que fazes melhor do que eu, e com certeza não és uma besta que andes por aí a bater nas pessoas na rua. Sorris como toda a gente e és capaz de um gesto bonito, como toda a gente. Apenas estás mergulhado na costumeira psicofoda simiesca de tudo ver em termos de superior/inferior. Eu já ultrapassei isso porque acho que é pura tolice. Somos todos basicamente uma cagada e daqui a 100 anos estamos todos a fazer tijolo. O superior e o inferior são tolices que só servem para infernizar a vida. Quanto mais depressa nos livrarmos disso melhor.

Há coisas muito más nas revistas académicas. Nunca disse eu o contrário. Tal como há livros muito maus. Mas há-os muito bons também e com os quais se aprende muito e é um prazer descobrir coisas. O que raramente ou nunca encontras nas caixas de comentários de um blog, onde impera a parvoeira do costume.

Não chamei bestas e carapaus de corrida aos comentadores. Chamei bestas e carapaus de corrida aos comentadores que fazem comentários bestas armados em carapaus de corrida.

Nunca ouviste falar do skpye, meu atrasado mental? Não preciso de trapacear a Universidade com telefonemas para amigos portugueses, pá.

Quanto à tua chapada, isso só mostra que realmente ainda não passaste dos 12 anos. A chapada ficaria, mas continuarias a ser uma besta. É fantástica a ideia mágica dos 12 anos, pensando que se apaga uma verdade desagradável com porrada. Cresce, méne. Planta funcho, ouvi dizer que faz bem aos intestinos.

NOVA ATLÂNTIDA

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