sábado, 8 de novembro de 2008

As Mafias Psíquicas


Em 1976, foi publicada «A Mafia Psíquica», a autobiografia de M. Lamar Keene contada por Allen Spraggett que detalha estes e outros truques usados por auto-intitulados «psíquicos» para enganar os mais incautos.

M. Lamar Keene foi durante anos mais um médium bem sucedido no Campo Chesterfield, uma igreja espiritualista fundada no Indiana em 1886, quando estas fraudes estavam muito na moda, e que hoje em dia é um «retiro» espírita onde dúzias de charlatães continuam a usar os truques que Keene descreve no livro.

«Fosse a minha trombeta flutuante inexplicável, através da qual os comunicadores de espírito falaram com as suas famílias e amigos ainda aqui na terra; as minhas formas resplandecentes de espírito, que só não falaram aos vivos mas que os tocaram, mesmo abraçando-os; a minha clarividência perturbadoramente exacta, que provou que o espírito acompanhava o quotidiano dos seus entes queridos, cientes das coisas mais triviais em suas vidas - foram estes fenómenos psíquicos misteriosos que mantiveram as pessoas vindo e, mais importante, o dinheiro fluindo [página 90, edição de 1977].

Depois de durante anos ter explorado os seus clientes, Keene teve uma crise de consciência, abandonou a mediunidade e decidiu expor as fraudes que fez passar por capacidades «mediúnicas. O Capítulo 5, «Segredos da Sessão Espírita», explica detalhada e metodicamente as artimanhas usadas por médiuns e espíritas de todo o mundo para enganar os seus clientes.

Mas parece que a exposição de Keene (e de muitos outros) não foram suficientes para que as pessoas vissem estas práticas por aquilo que são: charlatanices destinadas a encher os bolsos de quem delas faz o seu modo de vida. O Campo Chesterfield continua a vender as suas fraudes e, se o que a Wired nos indica hoje para os seus sucedâneos online se pode extrapolar para gaze e osso, provavelmente assiste a um boom de clientela.

De facto, em tempos de crise assiste-se a um florescer de todas as formas de charlatanice. As angústias e receios suscitadas por um futuro pouco auspicioso levam muitos a procurar charlatães sortidos. Gita Johar, Meyer Feldberg Professor of Business na Columbia Business School, é uma perita em psicologia do consumidor que explica o que está a acontecer:

«Se o futuro é incerto, as pessoas viram-se para psíquicos. Os consumidores têm tendência a virar-se para o sobrenatural quando confrontados pelo stress combinado com incerteza. Ficam então com a ilusão de que podem controlar o que vai acontecer. As pessoas querem a ilusão do controle.»

Não sei se podemos assacar as culpas apenas a este desejo da ilusão e se não devemos procurar outros culpados por este estado de coisas, que não se restringe aos EUA. As charlatanices e banhas da cobra que proliferam anacronicamente nos nossos tempos, nunca é demais repetir, são uma manifestação de que algo está profundamente errado na nossa sociedade mas para além de sintoma são igualmente uma causa do que está errado. E se a sintomatologia se agudizou nos últimos tempos esse é um sinal claro de que o mesmo aconteceu ao problema original. Não creio que a maioria das pessoas almejem viver em ilusão, o problema foi bem abordado pelo Desidério no «Ciência e excepção». O ensino que temos não equipa as pessoas com conhecimentos e hábitos de pensamento que lhes permitam distinguir ciência de pseudo-ciência, não as preparam para distinguir medicina de tretas como as homeopatetices, hados, curas quânticas sortidas e demais fraudes.

Ao longo destes quase 2000 posts (e um milhão de visitas) temos repetido que é necessário apostar num melhor ensino, «ensinar melhor ciência, melhor filosofia e melhor história. Ensinar a discutir ideias e ensinar o valor de procurar refutar ideias». Infelizmente, a experiência com os alunos que nos chegam à faculdade permite-nos constatar que isso não está a acontecer. Não sei como poderemos reverter o descalabro a que temos assistido nos dois últimos anos, quando começámos a receber os alunos da última reforma que pelos resultados nos parece uma ilusão de ensino. Mas é necessário fazê-lo urgentemente se não queremos comprometer o futuro.

68 comentários:

João disse...

gostei muito desta entrada e estou perfeitamente de acordo.

Gostava de deixar aqui um desafio à autora e não só:
Quais são os "7 sinais de alerta da pseudociencia" (se é que existem). Tal como os 7 sinais de alerta do cancro, não pretendiam servir de diagnóstico mas sim de alerta também penso que se poderá criar uma lista curta que active o sentido critico. Não?

Proponho 1, roubado ao Carl Sagan: Fazer generalizações a partir de casos individuais (estatisca com a mostras pequenas).

Quanto ao ensino. Faço meus os seus votos.

Xico disse...

Sou em geral muito céptico em relação a estes fenónemos, mas já assisti a alguns que no mínimo me intrigaram. Há centros onde se ajudam pessoas desta forma sem que as mesmas dispendam qualquer soma por pequena que seja pelo que é no mínimo injusto que se tratem todos por igual.
Em alguns fenónemos que presenciei não duvidei dos mesmos e acredito que aconteceram "naturalmente" sen artifícios. Se alguma coisa duvidei foi da interpretação e significado que os ditos "mediuns" lhes davam.
A interpretação da "visão", tida por uma medium, de uma personagem famosa e conhecida no mundo cultural, que ela não soube reconhecer confundindo-a com um familiar de alguém presente, por manifesta ignorância do mundo cultural dessa personagem (a médium tinha quase nenhuma formação cultural e/ou intelectual), atestaram para mim a sua veracidade porquanto seria muito mais útil e rentável para ela se o tivesse identificado correctamente.
Por isso desprezar esses ditos fenónemos mediúnicos entendendo todos por charlatanice parece-me uma atitude muito pouco científica!

Xico disse...

A Palmira Silva esquece-se daquele velho aforismo de que, se vemos mais longe é porque não somos mais do que anões aos ombros de gigantes.
Ora esses gigantes onde a Palmira se apoia acreditaram em coisas que envergonhariam hoje qualquer estudante liceal. Mas foi essa capacidade e esse espírito crítico desses gigantes que, aceitando e acreditando, foram desvelando a realidade dos véus da ilusão que a cobriam.
A Palmira, só acreditando no que lhe foi transmitido pela via académica e dessa forma ensinando, limita-se a ser como o papagaio.
Será assim pequeno pedestal onde os seus alunos dificilmente verão mais longe.
Arrisque a aceitar essas realidades que lhe vão chegando mesmo que veladas por véus de ilusão.
Toque nesses véus e atreva-se a retirá-los.
Se lhes vira as costas nada verá para além daquilo que outros já viram!

João disse...

Xico:

O problema esta em que mesmo que o xico pudesse recontar a experiencia ao mais pequeno pormenor para que outros pudessem propor explicações alternativas possiveis, em que essa experiencia que teve nºao é possivel de repetir. Ao que parece essas coisas nunca acontecem quando o ambiente é controlado. Por isso, por mais que os cientistas se esforcem, so encontram fraude. Mau sinal para os mediums. E porque raio de carga de agua se ha de aceitar logo que ha um "fantasma" se ha uma data de outras explicações possiveis para um fenomeno mal explicado, mal contado e impossivel de repetir?

Repare,não estou a dizer que esta a mentir, estou só a dizer que não soube interpretar o que viu e ouviu. Provavelmente o medium não era tão inculto como pretendia.

Xico disse...

João
Quanto à incultura (que raio de coisa será? mas enfim) do médium posso aferir e não duvido da sua honestidade. Quanto ao fenómeno limitei-me a presenciá-lo sem formar juízos ou interpretações.
Outros fenómenos conheço da intimidade das pessoas que não tinham qualquer interesse em os divulgar. Repare que não aceitei logo o "fantasma" como diz.
Quanto à análise científica desses fenómenos julgo que é um assunto a ser estudado pelos cientistas, assim o queiram. Não vejo a dificuldade. A não ser a frustração que acompanha alguns cientistas menores que ao presenciarem um fenómeno e não tendo explicação para ele limitam-se a dizer que o mesmo não aconteceu!
O que impede um cientista de ele próprio ser um médium?
Como dizia Pascal, O que é mais difícil de acreditar? Que algo que existiu volte a existir ou que o que nunca existiu venha a existir? Pascal não era cientista?!
A recusa do estudo desses fenómenos deixa campo livre aos charlatães.

Fernando Martins disse...

Caro "Xico":

A ciência não tem nenhum problema em estudar qualquer aldrabice e verificar se o é ou não. Tem-no feito desde o século XVIII (as aldrabices do magnetismo animal foram-no por gente como Lavoisier e Franklin...) e continua a fazê-lo.

Mas o que há para estudar numa aldrabice pegada como o caso citado? E quem lhe diz que não foram já estudados casos desses?

João disse...

Xico:

"Quanto ao fenómeno limitei-me a presenciá-lo sem formar juízos ou interpretações"

Não é verdade Xico, na realidade o que escreveu até agora nem sequer é uma descrição rigorosa é muito mais uma interpretação (Desidério onde estas tu quando é preciso?)

"não aceitei logo o "fantasma" como diz."

Na realidade aceitou. Procurou inclusivamente na sua cultura geral pelo menos uma figura que encaixasse na descrição. Como deve conhecer varias centenas de personagens historicos logo encontrou uma.

"Quanto à análise científica desses fenómenos julgo que é um assunto a ser estudado pelos cientistas, assim o queiram. Não vejo a dificuldade"

Tem sido feitas inumeras tentativas. A dificuldade é a que eu ja expliquei. Não é possivel repetir estas experiencias e fenomenos. Algo que até os mais crentes no paranormal mas que são honestos admitem. Estes fenomenos acontecem com uma probabilidade inferior ao acaso. Sim, isso implica que os mediums são charlatanice.

Xico disse...

João
Não contei pormenores porque não é o local para o fazer e casos particulares não me parecem relevantes aqui. Nem sequer fui eu que interpretei o tal caso da personagem conhecida, mas também não vem ao caso. Seria uma discussão "redonda".
Limitei-me a dizer que conheço alguns fenómenos e não duvido da honestidade dos seus autores até devido às circunstâncias em que se produziram. Se os mesmos são provocados por entidades imateriais ou exteriores ao médium ou produto do cérebro dos mesmos é que julgo ser motivo de investigação. Descontado evidentemente os casos de charlatanice.
Estou a lembrar-me de alguns mediuns que colaboram com as polícias de todo o mundo com algum sucesso. Os casos são conhecidos e têm resultados práticos muito embora não explicados cientificamente.
Se esperássemos pelo aval dos cientistas, os primeiros passageiros dos comboios não teriam viajado neles (os cientistas afirmavam que morreriam sufocados) nem ninguém se teria atrevido a construir aparelhos que voassem (os cientistas diziam ser impossível. Nunca tinham brincado com papagaios de papel!). Os cientistas provaram esses factos depois de os mesmos terem utilidade prática.

João disse...

Xico:

Excatamente, casos particular nunca são relevantes. Casos na terceira pessoa ainda menos. Provavelmente todos os casos que conhece não são novos se decidir investigar e vai descobrir que ja foram submetidos diversas vezes a inquerito cientifico e têm uma explicação natural.

Posso lhe dizer tambem que os casos em que mediums colaboraram com a policia não foram casos de sucesso como diz. TEnho lido muito sobre o assunto ao longo dos anos e o que se passa é algo semelhante a astrologia e a profecias de Nostradamos. São lançadas muitas hipoteses extremamente inespecificas e algumas acertam perto. Ha è policias que acreditam em mediums mas isso é outra historia. Tambem deve haver engenheiros, medicos etc...

Do mesmo modo não foi a ciencia que disse essas barbaridades que refere. Pode conferir que o medo não era de quem queria avançar com a ciencia e a tecnologia mas do publico com medo do desconhecido. E claro, ha sempre o ocasional, "expert" que esta contra o consenso, mas dai até a sua voz ser representativa da ciencia, so por ignorancia se pode considerar tal coisa.

Temo que não compreenda uma serie de assuntos e que não compreenda o que significa a ciencia, mas só lhe posso pedir que leia mais sobre o assunto.

Proponho que comece por ver uns videos do James Randi no you tube e pelo link que esta neste blog para o seu site.

De facto aqui não da para acrescentar mais nada e os videos ate sºao divertidos de ver enquanto educam.

Xico disse...

João
Muito obrigado pelos esclarecimentos e pelas sugestões. Principalmente pelo tom complacente e paternalista. É reconfortante saber que há sempre uma alma caridosa disposta a educar-nos. Bem haja.

Andrew Black disse...

A S.ra D. Palmira Silva pode ter as opiniões que entenda, mas, por favor, informe-se antes de misturar conceitos antagónicos. Queira fazer o favor de suportar este humilde esclarecimento:

1 - Mediunidade é a (suposta, se quiser) capacidade de alguém ser intermediário entre o mundo espiritual e o mundo material.

2 - Espiritismo é uma filosofia espiritualista cristã que defende a existência de Deus, dos Espíritos (nós), da reencarnação e da pluralidade dos mundos habitados.
O Espiritismo entende que aquilo a que vulgarmente se chama Sobrenatural é apenas o que a luz da Ciência ainda não penetrou.

3 - Os médiuns podem ser espíritas, católicos, ateus, protestantes, budistas, agnósticos, umbandistas, etc., etc., etc..
A ser verdadeiro o episódio em que Jesus, no alto do Monte Tabor se transfigura e conversa com Moisés e Elias (falecidos havia séculos), esse é um exemplo clássico de mediunidade, protagonizada por alguém que não tinha religião nem fundou qualquer religião - Jesus.

4 - Os espíritas consideram crime de simonia cobrar seja o que for em troca dos seus serviços. Os espíritas nada prometem, não praticam adivinhação, nem outras actividades pueris, mais ou menos espectaculares. Não montam "barraca" nem apregoam pretensos atributos.
As reuniões espíritas são reuniões de estudo da cultura espírita, actividades de assistência social, sem proselitismos, sem esoterismos, sem misticismos, e sempre, sempre, SEM QUAISQUER INTUITOS LUCRATIVOS, sem quaisquer aceitações de dinheiro ou de presentes.

Em face do que exponho, a cara Palmira, embora não considere o Espiritismo digno de uma análise, ainda que superficial, fica informada de que os espíritas poderão ser loucos, estar redondamente enganados, tudo o que quiser, mas charlatães, NUNCA!

As portas dos centros espíritas, da ADEP (www.adeportugal.org), da Federação Espírita Portuguesa, estão abertas para a receber, com muito gosto, para lhe demonstrar que o Espiritismo é para os tempos livres e que todos os espíritas têm as suas profissões e são cidadãos normais, absolutamente avessos à charlatanaria, que aliás não se cansam de desmascarar (veja o blog em que colaboro e a quantidade de posts que alertam nesse sentido, sff).

Note que o New Spiritualism, que varreu os Estados Unidos no século XIX, com exibições circenses e muita fraude, NADA tem a ver com o Espiritismo.

Fica também convidada, já que o Espiritismo em si não lhe merece a mínima consideração, a visitar qualquer das três associações médico-espíritas existentes em Portugal. E a comparecer no Congresso de Medicina e Espiritualidade, que todos os anos em Outubro se realiza em Lisboa, na Faculdade de Medicina Dentária, onde poderá confrontar médicos espíritas das mais diversas especialidades, com vasta obra publicada, e provas dadas em termos clínicos e académicos.

Posso fornecer-lhe também, caso deseje, uma lista de títulos e autores (espíritas e não espíritas)que abordam os fenómenos paranormais. Um deles, Charles Richet, foi Prémio Nobel da Fisiologia. Não era espírita.

O Espiritismo não tem por missão fazer Ciência, mas acompanha com interesse os progressos científicos, e é dos seus princípios rejeitar TUDO o que a Ciência demonstre cabalmente estar errado. Daí por exemplo os espíritas acharem que teorias como o Criacionismo/Terra Jovem, são inconcebíveis.

Pedindo antecipadamente que releve os meus esclarecimentos que inevitavelmente considerará "nauseantes", deixo à sua consideração:

a) continuar a colocar no mesmo saco actividades e pessoas criminosas por um lado, e uma filosofia e pessoas que merecem respeito como outras quaisquer, por outro;

b) discordar, criticar, atacar zurzir, desdenhar, troçar, mas sem desvirtuar os factos.

Despeço-me com elevada estima e consideração, desejando tudo de bom para os colaboradores deste blogue, que está nos meus Favoritos.

Carlos Miguel disse...

Fazer generalizações a partir de casos individuais é muito engraçado e demonstrativo da enorme honestidade intelectual de quem as faz. É algo que surpreende em alguém que preza tanto os valores científicos. O que é engraçado, é que do alto da prepotência e ares de superioridade que a Dona Palmira fala, estão um conjunto de enormidades falaciosas e falsas que a deveriam cobrir de vergonha. Mas a vergonha não é para todos...

Procure saber antes de dizer barbaridades... e mesmo que não acredite em determinadas "questões", não avalie intenções, comportamentos e atitudes de quem não conhece e do que não faz a mínima ideia do que seja. A humildade intelectual é um atributo dos grandes cientistas... foi isso que lhes permitiu chegar onde outros, que se dão a ares de já saberem tudo, não chegam...
Todos sabemos onde é que a Dona Palmira encaixa... certo?
Siga o conselho do comentador que a convidou a conhecer o Espiritismo. Não para concordar com o que quer que seja... mas para que da próxima vez, não diga tantos disparates misturados com alguns conceitos que partilhamos.

Um abraço.
Carlos

Fernando Martins disse...

Caro André:

É mentira que os católicos possam ser espíritas ou acreditarem nestas palermices sendo simultaneamente católicos. A doutrina católica é nesse caso muito objectiva... Não lhe vou explicar aqui pois não acho que um blog científico deve ter proselitismo religioso.

Não estou com isto a dizer que o senhor ou quem quiser acredite no que queira, pois num estado democrático assim tem de ser. Aliás o meu filho, até quase aos quatro anos acreditava no Pai Natal...

Francisco disse...

Fernando Martins,

Embora este seja um blog cientifico vou começar por entrar deliberadamente noutro contexto porque algo me escapou no seu comentário (peço desculpa por isso).

Cá vai:

"É mentira que os católicos possam ser espíritas"... sim, de facto concordo consigo, com todo o respeito que os Católicos merecem, é mesmo praticamente impossível que um Católico possa ser espírita, até porque os Católicos seguem uma fé cega e os espíritas não.

O que não percebi foi onde leu nas palavras do André que católicos são espíritas?!?!

Foi por o André ter dito que o espiritismo é cristão? Se assim foi, tenha presente que Cristão não é sinonimo de Católico.

Se foi quando o André disse que um médium pode ser Católico, Ateu, etc e tal... também médium não é sinonimo de espirita.

Quanto à história do Pai Natal, e à palermice do espiritismo...

Os meus parabéns, não só a si, como a muitos que aqui se encontram... é bom saber que pessoas de ciência não se dão ao trabalho de fazer investigação séria na área... afinal de contas os senhores tem tanta certeza que aquilo é uma fábula (uma palermice nas suas palavras) que nem vale a pena estudar, investigar ou ler o que outros já tenham feito.

Sim senhor, aqui está uma atitude cientificamente correcta e isenta!

Aliás, ainda à menos de um mês no auditório da faculdade de medicina de Lisboa se juntaram durante dois dias alguns médicos e académicos de áreas de ciência todos palermas!!

Mais, para seu divertimento estão a ser organizadas umas palermices na Faculdade de Medicina da Universidade do Minho, coitados, quem irá falar serão mais uma vez por uns carolas palermas que tiraram as suas licenciaturas, mestrados e doutoramentos numa qualquer taberna, caso contrário não lhes dava para estudarem tamanha fábula não é?

Nota: não se trata aqui dizer que eles estão certos e vc's errados, nada disso, o que me faz sorrir é que do lado dos palermas estuda-se afincadamente e existe o compromisso de se algum dia a ciência comprovar que aquilo é uma fantochada, deixa-se o espiritismo e segue-se a ciência somente.

Do outro existem uns senhores que tem a atitude muito pouco cientifica de julgar, gozar, etc... com algo que nem sequer sabem o que é!!

Com frontalidade, o que se passa na maioria das vezes é pegarem no seu preconceitozito da treta muito enraizado e toca de fazer ciência de bancada com base nisso.

Não é muito bom isso, não é bom para ninguém.

:/

Abraço
Francisco

Xico disse...

Fernando Martins
Aos católicos está impedida, pela doutrina católica, a participação em práticas espíritas, embora muitos o façam, sacerdotes incluídos.
Quanto à mediunidade ser negada isso é um disparate. A mediunidade é uma característica ou atributo aceite pelos católicos. De contrário seria negar quer os carismas de que falam os evangelhos quer os atributos da grande maioria dos santos católicos.
Quanto ao resto, fiquemos com Shakespeare que a sabia toda..."há mais coisas no céu e na terra, Horácio, do que sonha a tua filosofia"

Denise disse...

Científico, e com incursões pelas veredas da Filosofia. Por isso, aberto, tal como esta caixa de comentários, ao "proselitismo religioso". Muito embora, enfatizo, o Espiritismo seja uma doutrina e não uma religião.
Torna-se contraproducente que num blogue que para si mesmo clama o rigor centífico e que se queda na natureza das coisas não se nutra o zelo pela pesquisa séria que deveria antecipar a redacção e publicação de cada post.
Longe de deter qualquer intenção de converter ateus e agnósticos, até porque "quem quiser acredit[a] no que [quer]" - embora, creio, que a vontade não seja para aqui chamada - "pois num estado democrático assim tem de ser", o que aqui pretendo resume-se a:
1. Reiterar as palavras do André;
2. Enfatizar que mediunidade é uma «res» e Espiritismo outra;
3. Deixar o repto para uma pesquisa mais aprofundada, com direito a uma visita a uma das associações médico-espíritas portuguesas e uma passagem pelo Congresso que se avizinha;
4. Solicitar, à autora, um post (ou uma adenda) de esclarecimento sobre as diferenças efectivas entre charlatanismo, mediunidade e Espiritismo.

Não se trata aqui de uma questiúncula de crença. Até porque até a fé se quer raciocinada. Trata-se, sim, da apologia do brio filosófico, académico e científico.
porque as mentiras, tais como as inverdades não matam
... mas moem.

Mário disse...

Prezado Fernando Martins,

Apenas a título de exemplo, sugiro-lhe a leitura das obras do sacerdote Católico François Brune acerca da comunicação com o chamado mundo espiritual. Brune desenvolveu essas pesquisas com autorização do Papa João Paulo II, e, no congresso de T.C.I. da cidade de Londrina, declarou que escreveu "Os Mortos nos Falam" (entre outros livros e artigos) com a perspectiva de derrubar o espesso muro de silêncio, de incompreensão, de ostracismo, sustentado pela maior parte dos meios intelectuais do Ocidente. «Para eles, dissertar sobre a eternidade é tolerável; dizer que se pode vivê-la torna-se mais discutível e afirmar que se pode entrar em comunicação com ela é considerado insuportável».

Sendo Católico, conhecerá, certamente, por exemplo o denominado Museu das Almas do Purgatório, no Vaticano. O Vaticano não nega a comunicabilidade dos Espíritos. Quem a nega é a corrente da parapsicologia de origem francesa, de raís católica conservadora, que faz a apologia do milagre, do Sobrenatural, e cria "explicações" para fenómenos paranormais que são apenas neologismos, meras palavras.

Essa corrente, sustentada por um conhecido Padre Jesuíta, não tem credibilidade científica, ao contrário da russa e sobretudo da americana de Joseph Banks-Rhine, esta dotada da verdadeira atitude que a Ciência deve ter: seriedade, neutralidade, absoluta ausência de instrumentalização política.

Cordialmente,

M.

Fernando Martins disse...

Caros espíritas que me escreveram (penso que a partir deste mundo):

A área da mediunidade, da comunicação com os espíritos e da parapsicologia sempre me atraiu e divertiu, simultaneamente. Fiz aliás um pequeno curso do CLAP (sim, eu sei, são uns malandros mal intencionados, ligados com uma igreja cristã, que se atrevem a investigar a vossa área - uns ingratos...).

A Igreja Católica e esmagadora maioria das igrejas cristãs não aceita a reencarnação (não somos budistas ou adeptos do politeísmo hindu) logo fazer a ponte este a doutrina cristã e as aldrabices de Kardec é um bocadinho difícil (isto para ser simpático...).

Os senhores podem acreditar no que quiserem - não podem é esperar com as Igrejas cristãs ou os cientistas vos apoiem - e melhor seria que, não tendo argumentos científicos NENHUNS, se limitassem as vossos locais de trabalho ou de sessões espíritas.

Aqui discute-se Ciência, não se faz proselitismo a aldrabices e fraudes...

Mário disse...

Caro Fernado,

Os espíritas que aqui se manifestaram fizeram-no com cordialidade e respeito, apelando ao rigor na exposição dos factos. Apelando ao rigor, pretendemos que pessoas sérias e respeitáveis não se deixem cair involuntariamente no terreno lamentável da calúnia.

O Espiritismo defende o primado da Ciência e da Razão. Como deve saber, há cristãos reencarnacionistas e não reencarnacionistas, desde as origens da Filosofia Cristã. Há cientistas espíritas e não espíritas que estudam casos que sugerem reencarnação. Ian Stevenson (não espírita) é um bom exemplo.

No diatribe, no ataque pessoal e no fanatismo religioso, não alinhamos. Sugerimos que faça o mesmo.

Cordialmente,

M.

João disse...

Exmos Espiritas:

Deixem a ciencia em paz. Não ha provas ou evidencias cientificas a sugerir a existencia de tais fenomenos. Ao fazê-lo estão a transformar-se numa pseudociencia.

E já agora:

Charlatanismo: "Em sentido geral e vulgar, portanto, o charlatanismo pode ser definido como toda prática pseudo-científica, apregoada por alguém com vantagens para si, pecuniárias ou não, ludibriando a outros." - (excerto da wikipedia).

Unknown disse...

Paula Rodas

Estou surpresa com a falta de cordialidade e de educação de alguns bloggers. Este tipo de ataques não é proveitoso para ninguém.

Aproveito para sugerir a todos os que dizem que Espiritismo não é ciência e como tal, e mediante o seu olhar cientifico e lógico, aproveitem para relembrar qual a definição de CIÊNCIA:
"
Ciência refere-se tanto a:
* Investigação racional ou estudo da natureza, direccionado à descoberta da verdade. Tal investigação é normalmente metódica, ou de acordo com o método científico– um processo de avaliar o conhecimento empírico;
* O corpo organizado de conhecimento adquirido por tal pesquisa.

A Ciência é o conhecimento ou um sistema de conhecimentos que abarca verdades gerais ou a operação de leis gerais especialmente obtidas e testadas através do método científico. O conhecimento científico depende muito da lógica.

As áreas da ciência podem ser classificadas em duas grandes dimensões:

* Pura (o desenvolvimento de teorias) versus Aplicada (a aplicação de teorias às necessidades humanas); ou
* Natural (o estudo do mundo natural) versus Social (o estudo do comportamento humano e da sociedade).

Menos formalmente, a palavra ciência geralmente abrange qualquer campo sistemático de estudo ou o conhecimento obtido desse."

O mais importante de todas as quezílias e provocações é a tolerância e o respeito pela opinião dos outros, sem a necessidade de denegrir ninguém.

Cordialmente,

João disse...

Paulo Rodas:
"sugerir a todos os que dizem que Espiritismo não é ciência e como tal, e mediante o seu olhar cientifico e lógico, aproveitem para relembrar qual a definição de CIÊNCIA:"

Esqueceste-te de dizer que fenomenos apregoados pelos espiritas são fenomenos naturais. Ou reais. É por isso que não são ciencia. É porque não são factos, não pertencem à realidade. Podem ser estudados do ponto de vista sociologico e não tenhas duvidas que o são e com muito interesse...

Aconselho a visita ao site do center for scientific inquiry.

João disse...

Paulo Rodas:

E opinião é opinião, factos são factos. As opiniões eu respeito.

cordialemte:

joao

Denise disse...

Conheço, e aposto que todos nós que aqui comentamos, as definições de «charlatanismo» e de «Ciência». O que não expectava era que aqui se limitassem à mera citação de fontes sem as problematizar devidamente. Explico-me: tendo em conta as definições apresentadas, emque medida é que o Espiritismo equivale ao carlatanismo e se afasta d Ciência.
Concluo, e tristemente, que os carísimo comentadores optaram pela via mais fácil mas menos digna: a da má-língua oca e fútil, perigosa porque recheada de mentiras escandalosas,desprovida de uma pesquisa mínima sobre o conceito de Espiritismo...

Denise disse...

P.S.: Lamentável o nítido desrespeito, da parte e alguns comentadores, pela alínea 2 do texto "programático" que nos convida a comentar neste blogue. Lamentável, também, verificar que entre os comentadores há, pelo menos, um colega meu cuja ironia deselegante colide inadmissivelmente com a profissão de quem deve ter especial cuidado com a difamação, a falta teimosa de conhecimento, a ausência de sensibilidade perante a seriedade dos outros...

Denise disse...

(Peço desculpas pelas gralhas:)

*Explico-me: tendo em conta as definições apresentadas, em que medida é que o Espiritismo equivale ao charlatanismo e se afasta da Ciência?!

Andrew Black disse...

«1) Identifique-se com o seu verdadeiro nome.
2) Seja respeitoso e cordial, ainda que crítico. Argumente e pense com profundidade e seriedade e não como quem manda bocas.
3) São bem-vindas objecções, correcções factuais, contra-exemplos e discordâncias.»

São estas as regras para os comentadores deste blogue.
Nesse âmbito, e na sua estrita observância, permiti-me fazer uma correcção factual (ver meu comentário anterior).

A Constituição assegura a todos a liberdade de crença, e por isso cada um pode ser materialista, espiritualista, agnóstico, ou o que cada um quiser. Assegura também o direito à honra e dignidade.

Reitero o absoluto respeito pelas convicções alheias e em particular pela linha editorial deste prestigiado blogue.

Relativamente a alguns comentários e comentaristas um tanto descontextualizados (involuntariamente, decerto), tomo a liberdade de, respeitosamente, recomendar a leitura deste texto, que pode evitar polémicas estéreis, que acabam por criar mau ambiente e a ninguém são úteis:

http://www.espirito.org.br/portal/codificacao/op/op-26.html

Despeço-me, com amizade,

A.

João disse...

Lamento que considerem correcções factuais como atentados à liberdade de opinião.

Palmira F. da Silva disse...

João:

Pela experiência, cheguei á conclusão que há dois grupos de crentes em disparates com os quais é impossível um diálogo racional: os criacionistas e os espíritas.
Estes últimos são francamente mais divertidos (e mais numerosos) que o Jónatas mas a linha de argumentação é a mesma. Especialmente na parte em que tentam colar á «verdadeira» ciência os respectivos disparates e nos inundam de quote mining e citações espúrias e irrelevantes de Discovery Institutes sortidos :)

Denise disse...

Desculpe, João, mas, e como muito bem afirmou, opinião é opinião... e factos são factos. Não confunda agora as coisas, nem nas deturpe, escamoteie ou desvirtue...
Respeitamos a vossa opinião. O que aqui me indigna é a mistura de ingredientes incompatíveis com que à força querem cozinhar a opinião de terceiros...
Quanto à opinião da autora... puf... :-(

João disse...

Palmira Silva:

Eu sei como é. Às vezes fico a pensar se devo responder ou não porque sei que não vao mudar de ideias e sei como vão argumentar. Mas fazem alegações tais que alguem tem de refutar, nem que seja para quem ainda esta na duvida ler. E aqueles que forem honestos (sobretudo o publico consunidor) continuarem a questionar as suas "crenças", tal como a ciencia faz.

João disse...

Denise:

Uma coisa não se torna um facto so porque acreditamos nela. E o espiritismo não tem factos para apresentar ao mundo.

Denise disse...

Irra, João... Olhe que tem... mas a escala da cegueira, real ou metafórica, é enorme... :-(
Para além do mais e espero que nisto estamos de acordo, a ciência é, também ela, um constructo histórico e cultural... ergo...

Espreite aqui este post do Fernando Dias (não é espírita :-P):(http://ferndias.blogspot.com/2008/11/cincia-no-s-mas-tambm-um-fenmeno.html)

Denise disse...

"Eu sei como é. Às vezes fico a pensar se devo responder ou não porque sei que não vão mudar de ideias e sei como vão argumentar. Mas fazem alegações tais que alguém tem de refutar, nem que seja para quem ainda está na dúvida ler. E aqueles que forem honestos (sobretudo o público consumidor) continuarem a questionar as suas "crenças", tal como a ciência faz."
Perdoe-me a apropriação e as rectificações, mas está excelente! Permita-me que lhe devolva o discurso, João, mudando, obviamente os co-referentes...

animalrigths disse...

Quando a S.ra D. Palmira chegar aos calcanhares dos académicos que não enterram a cabeça na areia, e:

a) não se pronunciam acerca do que desconhecem,

ou

b) investigam;

nessa altura a S.ra D. Palmira poderá ser levada a sério. Até lá, continuará ao seu nível: a má-educação, a má-fé, a difamação, a sobranceria e o fanatismo.

Ainda não entendeu, a S.ra D. Palmira, que tem tanto direito de ser materialista como outros têm de ser espiritualistas. Fala do que não sabe - porque nunca estudou, nem quer fazê-lo - com a certeza dos bêbados das tabernas, que também sabem tudo acerca de tudo.
Faz do seu preconceito a medida do certo e do errado, e desconsidera todos os que não lêem pela sua cartilha filosófica.
Está ao nível dos fanáticos religiosos, que também têm a certeza absoluta de serem proprietários únicos da verdade.

Uma mancha neste blogue, que prima geralmente pela elevação no debate de ideias...

João disse...

Denise:

Não me incomoda nada a apropriação do meu texto. Tudo bem se é isso que a denise quer dizer. Como estamos ambos entendidos. Vou fazer aqui um apelo para que ninguem acredite de caras no que eu escrevi. Investiguem. Leiam. vão a convençoes e feiras do paranormal. A verdade não esta tão escondida como alguns dizem. É só preciso sentido critico. Quando houver factos, ou até explicações articuladas, talvez eu acredite tambem em espiritismo.

Denise disse...

Amigo João,

POR FAVOR, NÃO confunda FEIRAS DO PARANORMAL com ESPIRITISMO!!!!!!

E já que me permite a propriação, aproveito: "Vou fazer aqui um apelo para que ninguem acredite de caras no que eu escrevi. Investiguem. Leiam. Vão a [Associações Médico-Espíritas e a Congressos / Jornadas sobre Ciência e Espiritimo]. A verdade não está tão escondida como alguns dizem. É só preciso sentido crítico."
Não peço que acreditem em Deus, na alma, etc etc etc... isso não é coisa que se peça, ora essa! Peço apenas a não-confusão perniciosa de conceitos.
Regressamos, assim, às intervenções do Mário e do André.
E porque a discussão adquire contornos sísificos e em nada profícuos, por ora me calo...

animalrigths disse...

Caro João,

A sua sugestão de estudo é algo com que não posso estar mais de acordo. Quando as pessoas se pronunciam acerca de Espiritismo, por exemplo, baseadas no "ouvi dizer", e sem estudarem pelo menos um par de anos, correm o risco de lhes fugir o pé para a chinela e produzirem afirmações totalmente incorrectas, quando não mesmo calúnias grosseiras.

Quem falou de Espiritismo neste blog foi a subscritora do post. Quem aqui veio corrigi-la nunca fez a apologia do Espiritismo. Apenas solicitou correcção de acusações de charlatanaria, pois os espíritas não lucram nenhum tipo de provento material da filosofia que professam. Espiritismo é cultura.

É useira e vezeira no insulto fácil, a pessoa em questão, mas como os insultos só desonram quem os profere... estamos conversados a esse respeito.

Ser-se espiritualista (crer em Deus e na imortalidade da alma), ou ser-se materialista (não se crer em Deus nem na imortalidade da alma), são duas posições filosóficas igualmente respeitáveis. A Ciência é neutra, não é materialista, nem espiritualista.

Das investigações feitas até hoje, posso dizer-lhe que há já muitas que abonam a respeito da imortalidade da alma e da reencarnação. Se as desconhece, está no seu direito de não querer tomar conhecimento das mesmas.

Agora por favor não apresente casos lamentáveis de fraude, de charlatanaria, feiras do "oculto", e outros espectáculos de feira, como "provas" de que os pressupostos das filosofias espiritualistas são todas uma palhaçada... É que "fazer generalizações a partir de casos individuais (estatisca com amostras pequenas)", e sobretudo apresentar o caricato e o deplorável como "dado estatístico", não é sério...

Requere-se isenção, objectividade e estudo. O conhecimento na área da investigação científica do que costuma ser denominado por Paranormal, como já foi chamado Metapsíquica, está disponível para quem o queira procurar. A Psicologia Transpessoal, por exemplo, é um domínio em desenvolvimento crescente. Não adianto referências, sob o risco de ser acusado de proselitismo. Apenas concluo: zombar é fácil, refutar pesquisa séria é mais difícil.

Saudações Cordiais!

Boneka disse...

sem dúvida que estão a agitar mentes e a discussão é proveitosa para que nasçam novas ideias, para que novas opiniões se formem...
Provavelmente, não fui explicita no porquê de definir ciência...
Apesar de nós espíritas vermos o carácter cientifico da doutrina espirita ( pelos métodos usados na analise dos fenómenos por Allan Kardec, entre outros), quis relembrar a quem se considera cientista e que assenta os seus pés na ciência, se deveria lembrar de que a mesma é muito abrangente...
E queria lembrar que por exemplo, em astrofísica os cientista não trabalham factos, trabalham números e hipóteses. Não há forma - até ao momento - de constatar provar as suas teorias...
Se os cientista de outros tempos não tivessem saído dos factos, hoje não estaríamos a discutir usando todas as tecnologias ao nosso dispor.

QUOTE
"Esqueceste-te de dizer que fenomenos apregoados pelos espiritas são fenomenos naturais. Ou reais. É por isso que não são ciencia. É porque não são factos, não pertencem à realidade. Podem ser estudados do ponto de vista sociologico e não tenhas duvidas que o são e com muito interesse..."

Quando encontrar alguem que apregoa a verdade sobre fenomenos e não sobre lógica, sem o crivo da razão, poderá ter a certeza de uma coisa:
Não está perante um espirita.
Um espirita não é um crente, nem um filosofo, nem um doutrinário. É alguem que descobriu que há uma doutrina que dá sentido ao seu ser, e que requer estudo!

Acima de tudo, não pretendo defender o Espiritismo, até porque é uma doutrina livre, quero sim exigir respeito! E por favor um pouco mais de rigor nos termos que aplicam ao mesmo...

Simplesmente isso...
Cordialmente,

Palmira F. da Silva disse...

caros espíritas

que por aqui apareceram em catadupas. em ciência, quem faz afirmações extraordinárias necessita consubstanciar evidências que sustentem essas afirmações.

Não há uma única evidência, bem pelo contrário, de que não sejam charlatanice pura e dura as afirmações extraordinárias do espiritismo - que por acaso não era o tema do post, mas já estamos habituados a que a federação espírita nacional e seus congéneres brasileiros invadam o nosso espaço de debate com os insultos e lixo habituais sempre que algo sequer intua críticas ao kardec e afins.

Não há a mínima prova que, por exemplo, permita confirmar que foi um espírito (?) do além que psicografou as cartas que os juizes espiritas no Brasil acham ser suficientes para inocentar réus. Aliás, nem sequer alguma vez foi provado a existência de «espíritos»

Entretanto podem insultar-me à vontade - estou completamente de acordo com o Desidério neste ponto :)
ou ler o post Charlatanices do Carlos que aponta uma característica peculiar de todos os vendedores de banhas da cobra, a necessidade de alertar de que a concorrência que vende os mesmos «géneros» são todos charlatães...

Boneka disse...

Cara Palmira,

Têm razão contra factos não há argumentos... E constata-se que não está minimamente interessada em respeitar os outros.
Acho que ninguém lhe sugeriu que acreditasse, até porque nenhum espirita o faz...
Lamento.
Cordiamente,

Palmira F. da Silva disse...

caro João:

Em relação ao seu comentário sobre os sinais do charlatanismo, tem aqui nesta caixa de comentários todos eles :)

Em vez de sujeitarem seus trabalhos aos padrões científicos, os promotores de charlatanices carpem que no caso específico da sua banha da cobra o método científico não pode ser aplicado, queixando-se do dogmatismo e/ou materialismo da mesma ciência que reinvidicam ser.

Contrariamente ao que alguns pretendem a ciência trata os fenómenos físicos, ou seja, é mesmo materialista não há nada de «espiritual» no sentido que um dos carpidores de hoje pretende.

Por outro lado, consideram a experiência pessoal, o julgamento subjectivo e a satisfação emocional como sendo mais importantes (pseudo)-cientificamente que a objetividade e evidência sólida.

Assim, enm vez de conduzirem estudos científicos, usam e abusam de testemunhos anedóticos, quote mining e afins para «provar» que a sua banha da cobra é científica.

Francisco disse...

Exma. Palmira Silva.

A ADEP (Associação de Divulgadores de Espiritismo de Portugal), a Associação de Médicos-Espíritas de Portugal (aqui vai o mail: ame.portugal@gmail.com), ou a Associação de Médico-Espírita da Área Metropolitana do Porto (entre outros) estão e sempre estiveram à disposição para a receber a si, ou a quem aparecer.

Com toda a certeza que poderá organizar uma maratona de estudos e submeter o que entender aos padrões científicos.

Abraço.

Palmira F. da Silva disse...

Caro francisco:

Trabalhei 4 anos ao lado de um post-doc de Campinas que era espírita, já esclareci tudo o que me intrigava sobre o tema. Para já fico há espera de provas sérias da existência de «espíritos» :)

Unknown disse...

Dona Palmira, de tudo o que diz só cabe aqui uma reflexão. Por que a Senhora não faz como fez nosso insigne Allan Kardec, que procurou saber o que ocorria lá pelo século 19 e estudou tudo aquilo que viu participou. Acredito que se a senhora fosse a um grupo espírita aí em sua terra e assistisse o que fazem lá, por certo ficarei com mais conhecimento de causa quem sabe abraçaria essa doutrina maravilhosa, que abre novos caminhos para a compreenssão e o amor ao próximo. Kardec fez isso, e acabou por ser responsável pela codificação do Espíritismo. Fica aqui mais uma sugestão se me permite; Leia com atenção, estude as obras do pentateuco Kardequiano, assim a senhora terá um conhecimento a mais no seu cabedal de informações. Atenciosamente, Roberto Lopes Rossignatti, dirigente do Grupo Espírita Evangélico Família Cristã - Cidade de Ilha Comprida - SP - Brasil.

João disse...

Aos espiritas:

Não vale a pena começarem a reclamar que eu é que sou o tal porque isso não leva a lado nenhum, a não ser à conclusão que voces não são uma ordem regulada em que os membros prestam provas publicas. Se acreditam mesmo na realidade das voças alegações fantasticas têm de o fazer. Mas se o fizerem, ficam com a vossa falta de provas, referencias factuais, a irreproductibilidade das alegações, e com incapacidade de fazer previsões solidas das vossas teorias para sempre a minar a capacidade de regular a actividade. Mas não desesperem porque ja ha revistas de peer review de criacionistas, mas são aceites pelo consenso cientifico? Ou melhor, representam o paradigma actual? Não. Nem o espiritismo.

Assim que me puderem referenciar fenomenos bem documentados, verificaveis, metodologicamente correctos e publicados em revistas reputadamente cientificas que sugiram uma existencia extra-biologica, então temos assunto para falar. Até la não vale a pena.

Fiquem bem /pelo menos aqueles de voces que são honestos, porque eu até conheço alguns. Mas a esses digo que viver na realidade é melhor que viver no engano, ainda que aparentemente seja mais acolhedor.

Deixo um link sobre o livro do post e uma citação que me fez rir:
"Alguns médiuns (embora não o próprio Keene em si, ele insiste) foram mesmo sabidos ter sexo com seus clientes na escuridão, depois de convencer o assistente que seu amante morto tinha materializado-se e estava em necessidade de alguma cura sexual."

O Keene fala também de outros mediuns e revela que ele tinha uma organisação informal de mediums que trocavam dados pessoais dos clientes entre si para melhor sucesso nas consultas. E que quando falhava por não saber respostas logo acusava os espiritos de serem malvados.

E não não estou dizer que são todos iguais ao Keene

Fica aqui o link:http://br.answers.yahoo.com/question/index?qid=20080821214704AAVy9aJ

Palmira F. da Silva disse...

Caro Roberto:

Quiçá não tenha reparado no calendário, mas estamos no século XXI, não no século XIX :)

E depois ainda não tive nem espero vir a ter nenhum espírito, nem druida nem afins, a sussurrar-me ao ouvido o nome do grande codificador :)

E vamos lá a ver, posso inventar a doutrina mais maravihosa, mais fantástica que abra todos os caminhos para a compreenssão e o amor ao próximo que isso não afere a verdade de qualquer afirmação extraordinária, sobre psicografias, mediuns, espíritos e quejandos que queira impingir no pacote.

João disse...

Palmira Silva:

Sim, como a Palmira diz estão tão depressa a culpar a ciencia de não lhes ligar nenhuma como a dizer que eles proprios são uma ciencia.

Os Criacionistas fazem a mesma coisa. Não consigo perceber que especie de logica isso faz. Diabos! Argumentem ou uma ou outra. Pontapé por pontapé na ciencia por mim tanto faz. Mas as duas ao mesmo tempo é de manifestação de um desconcerto...

Mas é por isso que eu até gosto dos hamish. Ao menos eles dão pontapés na ciencia mas são coerentes com isso no seu modo de vida.

João disse...

Palmira f. Silva:

Em relação ao insulto não estou de acordo com o Desidério, mas não é por isso que não lhe reconheço valor.

Desidério Murcho disse...

Agora insultaste-me, João! :-)

Denise disse...

Deixei no blogue do João e também deixo aqui a manifestção do meu desagrado pela deselegância com que se têm dirigido ao conjunto de pessoas que apenas procuraram desmistificar conceitos.

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Oi Denise

Não se incomode com pobres de espírito! Não vale a pena discutir com autómatos sem espírito! Estão mortos!

Pedro disse...

Até agora não existe nenhuma prova da existência duma alma, quanto mais da sua imortalidade.

Mas já que a afirmam, façam o favor de me mostrar provas. :)

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Pedro

Eu não sou espirita mas respeito a crença. A alma é um outro conceito e fico espantado como pode duvidar da alma. Sempre que a nega é ela que afirma!

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Mas quem se mete em território rebelde sem preparação é confrontado com a impotência da sua argumentação. As simplificações feitas aqui em nome da "ciência" são aterradoras. O combate ao criacionismo é idêntico ao próprio criacionismo. A ciência não se defende com este combate, nem com ideologia barata da ciência. Mas o mundo está muito basal: a repetição cansativa de argumentos desqualificados pelo tempo. Vivemos num recuo cognitivo total: o tempo da caça às bruxas!

Pedro disse...

"Pedro

Eu não sou espirita mas respeito a crença. A alma é um outro conceito e fico espantado como pode duvidar da alma. Sempre que a nega é ela que afirma!"

Uau, fiquei esclarecido. Nunca mais duvidarei.

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Basta uma faca e mão cirúrgica para lhe provar lentamente a fragilidade da sua crença materialista!

Pedro disse...

Menos poesia e mais objectividade, homem. Pareces o Jónatas a falar de deus.

"Deus é!"

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Por acaso, sabes o que é poesia e onde se inspira a objectividade? E consegues fazer uma leitura hermenêutico-ontoológica de "Deus é"? Não, claro que não. Pareces um autómato que repete coisas sem as compreender. Não usaste um único argumento interessante e, quando te proponho a faca, recuas ou finges que não entendes, mas o problema é teu: o futuro não te pertence e não estás seguro onde estás!

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Negas apressadamente o que não compreendes, a alma, a tua alma, e, nesse momento, revelas que és uma mera cobaia: podes ser tratado como uma mera coisa, um instrumento, porque não tens espírito nem alma: existes como uma pedra. Se pensasses mais nas coisas, vacilavas quando procuras atacar outras posições: não estás em condições de negar nenhuma tese, porque existes como uma coisa entre coisas. Tudo o que dizes auto-anula-se: não és ninguém, tu próprio te afastaste do mundo comum. Não há diálogo com as coisas destituídas de alma e de espírito!

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Mas há outra experiência que podes tentar: recusa a vida e, se algo de ti sobreviver, saberás o que é feito da tua alma. Porém, se não sofres de nenhuma compulsão, nesse acto derradeiro afirmaste a tua alma!

Denise disse...

... e assim se diferenciam os verdadeiros Filósofos dos filosofozinhos... a seriedade do carnaval...

Obrigada pela lucidez, caríssimo F, e pela sua argúcia inexpugnável.

E, Pedro, seguiu com atenção a celeuma? Não me parece... É que não se procura aqui comprovar a existência da alma, mas sim marcar uma tomada de posição indignada, perante a falta de rigor conceptual com que se abordam os assuntos aqui em análise!

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

Mas este comentário da Palmira é deveras "científico" (sic):

"Em vez de sujeitarem seus trabalhos aos padrões científicos, os promotores de charlatanices carpem que no caso específico da sua banha da cobra o método científico não pode ser aplicado, queixando-se do dogmatismo e/ou materialismo da mesma ciência que reinvidicam ser.

Contrariamente ao que alguns pretendem a ciência trata os fenómenos físicos, ou seja, é mesmo materialista não há nada de «espiritual» no sentido que um dos carpidores de hoje pretende.

Por outro lado, consideram a experiência pessoal, o julgamento subjectivo e a satisfação emocional como sendo mais importantes (pseudo)-cientificamente que a objetividade e evidência sólida.

Assim, enm vez de conduzirem estudos científicos, usam e abusam de testemunhos anedóticos, quote mining e afins para «provar» que a sua banha da cobra é científica."

É com esta "banha da cobra" que critica a doutrina espírita?

Prove que a ciência é materialista e que tipo de materialismo protagoniza? Por acaso provou (no sentido científico do termo) que a doutrina espírita é falsa? Qual o seu critério de falsidade? Quem lhe garante que a sua "banha da cobra" não possa ser refutada? Acredita mesmo na dissociação entre razão e emoção? Acredita na treta da "objectividade"? O que entende por objectividade? Acha que os insultos fazem parte da argumentação dita objectiva?

O máximo que poderia afirmar era que o espiritismo não é uma ciência, mas, mesmo neste caso, deveria reconhecer que a ciência não pode refutá-lo. Se tiver alguma experiência em mente capaz disso, deve partilhá-la.

E mesmo que os espiritas cobrem dinheiro pelo seu trabalho não há nada de errado nisso! Também eles precisam ganhar a vida! Outros ganham a vida difundindo tretas!

Presta um mau serviço à ciência quando a usa para consolidar a sua crença pseudo-materialista. O materialista só pode ter um discurso: ficar calado, porque sempre que fala desmente-se.

Denise disse...

Francisco,
"E mesmo que os espiritas cobrem dinheiro pelo seu trabalho ..." Mas não cobramos. Nunca.

Fora isso, subscrevo o seu discurso ;-)

Andrew Black disse...

Permitam-me s.f.f. esta adenda:

A charlatanaria é crime. Consiste na exploração deliberada da boa-fé alheia, prometendo curas, milagres, leituras de presságios, terapias duvidosas realizadas por pessoas não licenciadas para tal, e outras confusões sortidas, em troca de proventos materiais, prestígio, fama, poder ou qualquer tipo de vantagens. Pessoalmente considero dever de cidadania denunciar tais práticas às autoridades competentes.

Este post, sobre o qual me pronunciei, associa práticas ridículas de ilusionismo, de falsa mediunidade, à maneira vitoriana, inseridas num esquema lucrativo. Chamei a atenção para esse facto e para o uso abusivo da designação de tais práticas como “espíritas”.

Creio que me exprimi de forma respeitadora e construtiva. Nem sequer tive o acinte de convidar a autora a provar as suas decerto involuntárias "acusações". Seria desproporcionado e deselegante. Alertei apenas para a correcção na exposição de factos e de terminologia, num blogue que tanto preza tais valores.

Este blogue é de tendência assumidamente ateísta, e, como tal, seria inapropriado vir aqui contrapor qualquer filosofia espiritualista.
Entre pessoas como Karl Marx, que asseveraram que nada mais há além do que os nossos sentidos e instrumentos captam; e pessoas como Jesus de Nazaré, que asseveraram o contrário, cada um é livre de escolher. Ou não escolher.

Entretanto, alguns comentadores chamaram a atenção para a ausência de provas científicas de que supostamente enfermarão as filosofias espiritualistas, por oposição às filosofias materialistas, que as terão todas. Ora as filosofias espiritualistas não têm a pretensão de se substituir à Ciência. A Ciência, por sua vez, é independente de sistemas filosóficos ou interesses políticos. A Ciência colige factos, observa, compara, estuda, formula hipóteses, testa-as, apresenta conclusões.

O Espiritismo, que é uma filosofia espiritualista, tem a sua proposta de explicação do Universo e da Vida. Mas não é sua missão fazer Ciência. É antes sua obrigação moral acatar o que a Ciência apure de forma conclusiva.

Giordano Bruno foi levado à fogueira por não ter abjurado as suas crenças baseadas na observação e em hipóteses racionais e legítimas. Carl Sagan não teve que passar por esse tormento. Nunca apresentou provas da existência de vida inteligente fora da Terra. Mas afigurava-se-lhe estatisticamente possível. Até ver, é uma hipótese em aberto. Também assim pensamos, relativamente a essa questão, mas também em relação a outras que constituem o cerne da filosofia que esposamos, e que em nossa opinião é a que Jesus de Nazaré apresentou, “a quem tivesse ouvidos para ouvir”.

Parece-nos uma posição respeitável. É certo que também ninguém provou ainda a existência do Espírito. Se bem que haja evidências importantes nesse sentido.

Quem prefere a troça, a negação, o desdém, o jogo de palavras jesuítico, quem acha fastidioso o tema ou quem o acha indigno de atenção, naturalmente abster-se-á de o analisar.

Quem tiver curiosidade, tem muitos autores (uns espíritas, a maior parte nem por isso), por onde escolher. Filósofos, físicos, engenheiros, médicos, psiquiatras, psicólogos, pessoas das mais diversas formações, desde há 150 anos até à actualidade.

Alguns nomes, ao correr da pena:

Allan Kardec, Ernesto Bozzano, Léon Denis, Cesare Lombroso, Camille Flamarion, Albert de Rochas, Gabriel Delanne, Alexandre N. Aksakof, Carlos Imbassahy, Caírbar Schutel, Charles Richet, Gustavo Geley, Herculano Pires, José Alberto Lima Medrado, José Raul Teixeira, José Herculano Pires, Manoel Philomeno de Miranda , Richard Simonetti, Silvino Canuto de Abreu, Thomas Edison, William Crookes, Edith Fiore, Brian Weiss, Raymond Moody Jr., Joseph Banks-Rhyne e Esposa, Mário Simões, Vítor Rodrigues, Clóvis Nunes, Amit Goswami, P.e François Brune, Thierry Genevay, Ian Stevenson, Konstantin Korotkov, Frederico Zollner, David Fontana, Willian Crawford, Robert Hare, Alfred Russel Wallace, Gustave Theodore Fechner, Décio Landoli Jr., Sérgio Felipe de Oliveira, Hemendras Nath Banerjee, Ney Prieto Peres, Júlia Prieto Peres, Júlio Prieto Peres, Jim Tucker, Satwant Pasricha, Erlendur Haraldsson, Melvin Morse,Alberto Almeida, André Luiz Peixinho, Fabio Nasri, Gilson Luiz Roberto, José Roberto Pereira dos Santos, Marlene Nobre, Roberto Lúcio Vieira de Souza, Andrew S. Powell, Harold Koenig, Álvaro Avezum, George Ritchie, Elsa Rossi, entre muitos outros.

Após o estudo, toda a crítica fundamentada é legítima.

Uma saudação cordial e sincera a todos. Boa continuação de trabalho para este blogue, cuja orientação respeitamos escrupulosamente.

A.

JSA disse...

Do J Francisco Saraiva de Sousa:
«não tens espírito nem alma: existes como uma pedra (...) existes como uma coisa entre coisas»

Aplaudo este comentário, perfeitamente lúcido (mesmo que não me fosse dirigido). Realmente não tenho espírito nem alma. E existo realmente como uma pedra e uma coisa entre coisas. Tudo absolutamente correcto.

Vá lá, só falta o passo seguinte: aperceber-se que isto é verdade para toda a gente...

PS - esta argumentação da falta de alma serviu para justificar a escrvatura, já agora.

Pedro disse...

"Por acaso, sabes o que é poesia e onde se inspira a objectividade? E consegues fazer uma leitura hermenêutico-ontoológica de "Deus é"? Não, claro que não. Pareces um autómato que repete coisas sem as compreender. Não usaste um único argumento interessante e, quando te proponho a faca, recuas ou finges que não entendes, mas o problema é teu: o futuro não te pertence e não estás seguro onde estás!"

Parece que não compreendeste tu uma coisa: que queria que me explicasses essa coisa da faca e da dor em vez de te pores com frases feitas do estilo "coitado de ti que não acreditas na alma".

"Negas apressadamente o que não compreendes, a alma, a tua alma, e, nesse momento, revelas que és uma mera cobaia: podes ser tratado como uma mera coisa, um instrumento, porque não tens espírito nem alma: existes como uma pedra. Se pensasses mais nas coisas, vacilavas quando procuras atacar outras posições: não estás em condições de negar nenhuma tese, porque existes como uma coisa entre coisas. Tudo o que dizes auto-anula-se: não és ninguém, tu próprio te afastaste do mundo comum. Não há diálogo com as coisas destituídas de alma e de espírito!"

Dizer que não há provas da existência de algo é muito, muito diferente de negá-lo. Coisa que não fiz. Ups, lá se foi esse palavreado todo pela sarjeta.

Mas isto é só a ideia duma pedra fria sem alma como eu. :(

Pedro disse...

Já agora, tanta celeuma pelo modo como a Palmira expôs o caso - com o qual até nem concordo inteiramente - mas este fulano já me pode chamar de cobaia e instrumento só porque me atrevo a questionar a existência de uma coisa para a qual não tenho provas.

Se me chamar de pedra é o melhor argumento que tens, Francisco, não te queixes dos meus.

NOVA ATLÂNTIDA

 A “Atlantís” disponibilizou o seu número mais recente (em acesso aberto). Convidamos a navegar pelo sumário da revista para aceder à info...