sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

Provas, indícios, demonstrações e argumentos

Quer por influência de traduções erradas do inglês quer por confusão conceptual fundamental, alguns vocábulos portugueses andam muito baralhados.

Em primeiro lugar, o termo “evidence”, em inglês, não significa geralmente evidência, mas sim indícios ou provas (numa certa acepção de “prova” que já veremos). Uma evidência, em português, é algo evidente, algo acerca do qual não há dúvidas. É evidente que a neve é branca, por exemplo, ou que a água mata a sede.

Indícios (ou provas, numa certa acepção) são informações empíricas que nos permitem tirar conclusões. Pegadas de um certo tipo, no local do crime, são indícios de que a pessoa X, mas não a Y, cometeu aquele crime. É a este tipo de coisa que os anglófonos chamam “evidence”. Por vezes, usamos também a palavra “prova” nessa acepção, como quando falamos de apresentar provas em tribunal: apresentamos, por exemplo, a arma do crime com as impressões digitais do arguido.

Noutra acepção da palavra, uma prova é qualquer argumento a favor de algo. As chamadas provas tradicionais a favor ou contra a existência de Deus são apenas argumentos: um conjunto de proposições que conjuntamente pretendem justificar a conclusão de que Deus existe, ou não existe. Quando se fala em provas neste sentido é preciso não pensar que todas as provas são finais. Em muitos casos, há várias provas a favor e contra algo. Nestes casos, um só argumento não decide coisa alguma. Por isso se costuma dizer que há bons argumentos a favor de tudo — a questão é saber se não há argumentos mais fortes contra isso. Portanto, não se pode ter a ingenuidade de pensar que se houver um dado argumento a favor de algo, esse argumento é decisivo. Isso raramente acontece, mas pode acontecer — e acontece sobretudo na matemática e na lógica; nesse caso, chama-se “demonstrações” a tais argumentos, ou “derivações”.

O cientismo caracteriza-se, entre outras coisas, por pensar que os métodos da ciência eliminam a necessidade de argumentação, ou provas, na acepção de argumentos. A ideia seria que a ciência se basearia exclusivamente nos indícios ou “evidence”, não precisando de toda essa maluquice a que os filósofos dão tanta atenção: a argumentação. Só que isto é falso. Os indícios, só por si nada dizem. São apenas indícios. Se não os usarmos em argumentos, ainda que infantis e simples, nada podemos concluir.

Vejamos um exemplo clássico: observamos cuidadosamente a natureza das coisas e registamos várias propriedades dos corvos. Algumas dessas propriedades variam de corvos para corvos; outras, não. Algumas variam com a região em que os corvos são observados; outras, não. E continuamos a fazer observações. Tem de chegar um momento que se faz algo do seguinte género (esta é a simplificação grosseira típica dos livros de filosofia, peço desculpa por isso): todos os corvos observados até hoje são negros; logo, todos os corvos são negros. Ora, isto não é senão um argumento. Um argumento indutivo. Tal e qual como algumas provas a favor da existência de Deus, que se baseiam também na informação que obtemos do mundo (são as chamadas provas a posteriori).

Outro exemplo simples é pensar na investigação de um crime. Se nos limitarmos a dizer que foi vista uma pegada com tais e tais características no local do crime, e que o arguido tem sapatos com tais e tais características, sem retirar desses indícios qualquer conclusão — sem argumentarmos — os indícios só por si não se põem a argumentar por nós.

O que dá a ilusão ao cientismo de que na ciência não precisamos de argumentos é o facto de os argumentos da ciência serem em geral simples ou, quando são complexos, baseiam-se exclusivamente na matemática. Mas nós argumentamos — isto é, pensamos e decidimos e avaliamos — tenhamos ou não instrumentos formais para o fazer e quer se trate quer não de casos infantis e simples. Fazemo-lo quando temos curiosidade pela natureza das coisas. E insistimos em fazê-lo.

Isto faz confusão ao cientificista, que só quer aceitar argumentos quando sabe que são decidíveis matematicamente. Quando isso não acontece, declara que nada se pode saber porque até hoje ninguém o descobriu (uma falácia indutiva que devia ser óbvia), ou porque as pessoas acreditam nistou ou naquilo sem razões; ou torna-se mais sofisticado e desata a falar da escada do Wittgenstein que temos de deitar fora e tal. Mas a verdade é que este tipo de conversa é apenas uma tentativa, a que devemos resistir, de nos fazer parar de fazer a coisa mais normal do mundo: discutir argumentos, a favor e contra, quando não há métodos formais de prova, nem indícios que apontem inequivocamente num ou noutro sentido. E aqueles que insistem em argumentar precisamente quando não há garantias científicas, matemáticas ou outras de obter resultados têm sido os responsáveis por todas as provas que hoje temos e que o resto da humanidade aceita acriticamente como se não tivessem sido fruto da insistência em argumentar quando toda a argumentação parecia fútil.

14 comentários:

Fernando Dias disse...

Desidério,

Se interpreto bem o 5º parágrafo, podemos concluir que no contexto em que conceptualiza “prova” (demonstração ou argumentação lógica), as demonstrações científicas não podem provar os seus resultados?

E se é assim, não poderá haver conceitos alternativos de “prova”, igualmente válidos, em que a demonstração científica prove os seus resultados?

Fernando Dias disse...

“[…] Em inglês – evidência = prova = indício […]
… Em português – evidência = não haver dúvidas […]”

Em Wittgenstein a palavra “anschanlich” (intuitivo) tem sido traduzido por “evidente”. Pode-se aceitar evidência intuitiva. A “intuição” produz a evidência e, antes disso, a evidência da própria força demostrativa (beweiskraft).

João Vasco disse...

«as demonstrações científicas não podem provar os seus resultados?»

f. dias:

Nada em ciência pode ser provado, tendo "prova" o mesmo sentido da matemática.

Em ciência tudo é provisório. É possível descobrirmos que afinal é o Sol que gira à volta da terra, que a terra é plana, ou que todo o mundo é uma ilusão.
O que a ciência faz é pegar nos indícios a que temos acesso e criar as hipóteses mais plausíveis que encaixem nesses indícios.

João Vasco disse...

Desidério:

Espero que não considere que a posição segundo a qual nada se pode saber é cientificista. Ou que esta posição seja uma tentativa de evitar argumentos. Não é!

Creio que (praticamente) nada se pode saber com 100% de certeza. Mas para encontrar as hipóteses mais plausíveis - e é isso que é relevante - a argumentação e discussão dos indícios é fundamental.

Por isso é que concilio o ateísmo com o agnosticismo, e não tenho nada contra a discussão deste, ou de qualquer assunto.

Precisamente por serem impossíveis certezas absolutas a respeito de quase tudo, estas tornam-se quase irrelevantes. O que é importante é enontrar a hipótese mais plausível. E esta exige que consideremos todas as possibilidades: abdicarmos das certezas absolutas, e discutirmos à procura da verdade.

Fernando Dias disse...

“E aqueles que insistem em argumentar precisamente quando não há garantias científicas, matemáticas ou outras de obter resultados têm sido os responsáveis por todas as provas que hoje temos e que o resto da humanidade aceita acriticamente como se não tivessem sido fruto da insistência em argumentar quando toda a argumentação parecia fútil.”

São os responsáveis de todas a provas? Só fruto dos argumentos?

Segundo Wittgenstein, a “prova” deve ser um processo intuitivo. A inteligibilidade da demonstração matemática está sob o foro da intuição, produzindo-se como evidência. Ela não é discursiva.

Daqui decorre a “convicção” que não é redutível à “prova”. A “prova” é apenas um instrumento ao serviço da convicção. E decorrendo disso, os matemáticos, os protagonistas do jogo de linguagem matemática, aprovam aquilo que entendem por demonstração. As práticas da “prova” dependem de um acordo implícito sobre aquilo que constitui “prova”.

Fernando Dias disse...

Vasco,

A filosofia não sossega, porque é fustigada por questões que a põem constantemente em causa. O que provavelmente Desidério dirá é que o que não faz sentido é o cepticismo levar à dúvida onde não houver lugar para ela. Não sei bem se é assim, mas parece que o cepticismo não é refutável.

Fernando Dias disse...

Como Desidério se mantém calado, espero que ele não se tenha deixado atravessar pelo fantasma de George Moore a gritar “eu sei que há aqui mãos”.

O conjunto dascrenças que formam a base das nossas vidas desmoronar-se-ia se a ideia de “prova” perdesse o seu sentido. A criança aprende acrditando no adulto e na base da sua autoridade. A educação é um acto antropológico de submissão. Mas só depois da crença é que vem a dúvida. Cremos porque estamos predispostos para crer. A certeza é qualquer coisa animalesca mas é a base definitiva da inteligibilidade. Quando assim não acontece descobrimos a patologia, a demência.

Fernando Dias disse...

O que significa se Desidério disser: F.Dias não sabe que não sabe. Não sei o que outros sabem? Mas se houvesse um homem quu soubesse tudo o que os outros homens conseguiram saber até um momento, ainda assim, este devia dizer “que não sabe que não sabe”. Não sabe o quê? Aquilo que um dia virá a saber mais. Ao saber opõe-se a ignorância, mas à certeza não se opõe a incerteza, excepto em caso de demência. As certezas colocam-se fora do saber.

O saber recorre a razões e a critérios, enquanto que a certeza da convicção ecorre da prática da vida vivida. A convicção reside na pura imanência do viver, longe da metafísica, da qual o pensamento não consegue desenvencilhar-se.

Seja como for, faz parte das nossas investigações científicas que certas coisas não sejam postas em dúvida. O mesmo se passa com a exitência quotidiana. Se disser que não durmo há dois dias seguidos, podem dizer que estou a mentir ou que fiquei mesmo demente, mas não me dizem que devo estar enganado. Este é o saber sem prova.

Deixei Deus para o fim.
A propensão para esta disposição se transformar em convicção pessoal resulta da selecção natural combinando genética com aprendizagem. Claro que tinha de puxar a brasa a Darwin. A busca incessante de algo em que confiar é que nos leva à submissão de uma autoridade. Esta autoridade tanto se pode chamar Verdade, ou Deus.

Manuel Rocha disse...

E de repente, fez-se silêncio na sala !!!

Desidério Murcho disse...

Caros leitores

Muito obrigado pels vossos comentários.

Nada tenho a acrescentar a isto que escreveu o João Vasco:

"Precisamente por serem impossíveis certezas absolutas a respeito de quase tudo, estas tornam-se quase irrelevantes. O que é importante é enontrar a hipótese mais plausível. E esta exige que consideremos todas as possibilidades: abdicarmos das certezas absolutas, e discutirmos à procura da verdade."

O erro de muitas pessoas é pensar o seguinte: dado que não podemos ter certezas absolutas, devemos abandonar toda a tentativa de descoberta de verdades. Isto parece-me um erro. Mas alguns seres humanos parecem ter uma dificuldade congénita de lidar com a incerteza.

F Dias: não me parece que haja qualquer sentido de "prova" que possamos usar para poder dizer que a ciência empírica produz resultados definitivos. Neste aspecto, aconselho vivamente a leitura de um livro que não costuma ser lido sob o prisma da teoria do conhecimento, mas que o devia ser: é o Sobre a Liberdade, de Mill (Edições 70). Cito esta passagem fabulosa, que encerra muita sabedoria epistémica:

"As nossas crenças mais justificadas não têm qualquer outra garantia sobre a qual assentar, senão um convite permanente ao mundo inteiro para provar que carecem de fundamento."

E ele afirma explicitamente que esta é a justificação última para a nossa crença na Física, por exemplo.

Quanto ao ponto de partida humano, as convicções naturais, concordo com o que diz, F Dias, mas não confundo isso com o trabalho crítico posterior. Já o Alfredo parece fazer precisamente esta confusão, se bem o entendi (espero não estar a ser injusto). Vejamos: claro, as pessoas acreditam intuitivamente nas coisas porque não temos outra maneira de começar. Entre essas crenças intuitivas estão crenças sobre a natureza do mundo (a Terra está imóvel, por exemplo), sobre a natureza das outras pessoas (não são meros robots, mas sim pessoas como nós), ou sobre deuses. E crenças ainda mais fundamentais, que são estudadas em filosofia, como a crença de que o mundo exterior existe realmente e não é um mero sonho ou a crença de que o mundo não começou a existir há cinco minutos.

O trabalho intelectual vem depois, sob a forma de análise crítica cuidada dessas crenças. Não com o objecto de descobrir cartesianamente certezas indisputáveis, como sublinha o Vasco e Mill, mas antes com o objectivo de ver que crenças são mais razoáveis, mais justificadas, mais provavelmente verdadeiras, tanto quanto podemos ver.

Toda a conversa, com ou sem a infeliz escada de Wittgenstein e com ou sem recurso às abusadas emoções de Damásio (talvez fale disso noutro post), que nos queira fazer parar de estudar cuidadosamente a justificação das nossas crenças é inaceitável.

Procurar cuidadosamente a justificação das nossas crenças é talvez a mais humana das nossas actividades.

E caso mais pessoas estivessem dipostas a fazer tal coisa, alguns dos piores horrores da humanidade teriam sido evitados. Estes horrores baseiam-se quase sempre em certezas e não na interrogação das certezas.

Anónimo disse...

- Toda a conversa não existe (e não todo o silêncio, intolerãncia ou rejeição) sem escadas filosóficas ou religiosas (felizes ou infelizes) e com ou sem recurso a emoções (abusadas ou não).
- Quer ela pretenda fazer-nos parar de estudar, quer ela nos motive a rever pressupostos, tradições, crenças e preconceitos, essa conversa parte sempre desses alibis que não conseguimos escamotear.
- Embora aceite facilmente 'procurar cuidadosamente a justificação' das minhas crenças, não aceito insistir com os outros para que o façam, nem, tão pouco, convencê-los dos meus métodos de raciocínio.

perspectiva disse...

Desidério Murch diz:

"os indícios só por si não se põem a argumentar por nós"

oS criacionistas bíblicos não poderiam estar mais de acordo.

De resto, os criacionistas sempre insistem neste ponto.

Os fósseis e as rochas não falam por si. Os cientistas é que falam por eles.

Os fósseis e as rochas não trazem em si mesmos uma etiqueta com a sua idade.

Eles são datados com base em métodos que têm, necessariamente, que partir de premissas sobre um hipotético passado inobservado e fazer extrapolações para esse passado.

Essas extrapolações são feitas a partir de observações feitas no presente por cientistas no presente.

Ninguém pode afirmar com toda a certeza que a velocidade da luz sempre se nmanteve constante.

Ninguém pode afirmar com certeza que a taxa de decaimento de isótopos de manteve a mesma ao longo de biliões de anos.

A ciência naturalista das origens não pode prescindir da especulação e da extrapolação, na medida em que pretende fazer afirmações sobre factos que ninguém observou (v.g. a evolução das aves a partir de dinossauros) alegadamente ocorrida há milhões de anos atrás, num hipotético passado distante, sendo que ninguém verificou se esses milhões de anos realmente existiram).

Como o Desidério afirma, os indícios não falam por si.

São os evolucionistas e os criacionistas que, de acordo com as suas premissas naturalistas ou bíblicas, falam por eles.

É um erro pensar que os indícios falam por si, não carecendo de interpretação.

É um erro confundir os indícios em si mesmos com a interpretação que deles é feita.

Em todo o caso, existem indícios que se coadunam melhor com uma interpretação do que com outra.

Por exemplo, há indícios que se coadunam melhor com a ideia de que um cadaver foi o resultado de um crime e não de um acidente.

Do mesmo modo, existem indícios na natureza que se coadunam melhor com a ideia de que a natureza foi o produto de uma inteligência do que de um acidente sem sentido e sem propósito.

Por exemplo, a quantidade de bits de informação processada diariamente no nosso corpo, de acordo com as instruções contidas no DNA, corresponde a 3 x 10^24.

Isso inclui todas as nossas actividades deliberadas (v.g. fala, controlo dos movimentos) e as involuntárias (v.g.controlo dos órgãos internos e dos sistemas hormonais).

O número de bits de informação processado por diariamente no corpo humano é superior a um milhão de vezes mais informação do que a informação armazenada em todas as livrarias do mundo, que é cerca de 10^18 bits.

Esse facto, adequa-se bem à afirmação criacionista de que o corpo humano foi criado por um Deus omnisciente, auto-revelado como LOGOS.

Se o nosso corpo foi criado por um Deus omnisciente, não admira que nele encontremos quantidades inabarcáveis de informação.

No entanto, tal facto não se adequa nada à ideia de que o corpo humano é o produto de um acidente cósmico que esperou 15 biliões de anos (não observados por ninguém)para acontecer.

perspectiva disse...

A Bíblia diz que o verdadeiro conhecimento começa com o reconhecimento do Criador e da Sua revelação.

No entanto, também diz que a fé é uma dádiva de Deus.

Mesmo que alguém, filosofica ou cientificamente, se convença da existência de Deus ou da existência de um "design inteligente" na natureza, isso não diz nada sobre a questão de saber quem é Deus e o que é que nós podemos fazer para O conhecer.


Além disso, a Bíblia diz que acreditar em Deus não é, só por si, uma virtude.

A Bíblia diz que o Diabo também crê em Deus e estremece.

O assento tónico não pode ser o mero acreditar.

É necessário conhecer Deus e ter um relacionamento íntimo e pessoal com Ele.

A Bíblia afirma que todos pecámos e, por isso, estamos separados de Deus.

A Bíblia diz que o castigo do pecado é a morte.

Mas também diz que Jesus Cristo, Deus encarnado, levou sobre si o castigo devido pelos nossos pecados.

Na morte e ressurreição de Jesus Cristo Deus mostrou a sua justiça (aplicando a Jesus Cristo a sanção devida pelo pecado) e o seu amor para connosco (exonerando-nos da consequência devida pelos nossos pecados).

Assim compreendemos melhor a Bíblia quando ela nos diz que a dádiva gratuíta que Deus nos dá é a vida eterna, através do seu filho Jesus Cristo.

Não basta acreditar em Deus através de argumentos filosóficos, ou discernir uma inteligência criadora na natureza, nomeadamente através da sintonia do Universo ou da informação contida no DNA.

É necessário conhecer o próprio Deus, a sua natureza, os seus propósitos e a sua vontade para cada um de nós.

Isto só é realmente possível pela fé na revelação de Deus.

Não é um conhecimento filosófico ou científico.

Mas não é uma fé cega. Trata-se de uma fé inteiramente racionalizável (mas acima das constrições da razão humanista e naturalista) e plenamente corroborada pelas observações científicas em si mesmas.

Há que aproveitar as "janelas de oportunidade" que Deus nos dá e pedir-lhe sinceramente o dom da fé.

Deus diz-nos, na sua Palavra:

"Buscai ao Senhor, enquanto se pode achar. Invocai-o, enquanto está perto".

"E buscar-me-eis e me achareis, se me buscardes de todo o vosso coração".

"Aquele que vier a mim, de maneira nenhuma o lançarei fora".

Anónimo disse...

"O cientismo caracteriza-se, entre outras coisas, por pensar que os métodos da ciência eliminam a necessidade de argumentação, ou provas, na acepção de argumentos".

O filosofismo, por sua vez, caracteriza-sem entre outras coisas, por pensar que basta a ginástica "argumentativa" ou o raciocínio lógico formal descontextualizado da materialidade fáctica da experimentação, para eliminar a solidez da argumentação científica.
É o que fazem certas correntes filosóficas da pseudociência, como o criacionismo, baseadas na "argumentação lógica" , que defendem que o conhecimento científico é apenas uma crença e que as evidencias científicas não passam de indícios.
E que todas ascrenças científicas são rebatíveis estritamente pelo exercício da lógica formal, sem necessidades outros argumentos cinetíficos radicados em demonstrações factuais, empíricas e experimentais. ( E nisto incluo o cálculo matemático, com grande perplexidade dos filosofistas militantes, tão alheios à ciência)...

NOVA ATLÂNTIDA

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