sexta-feira, 24 de agosto de 2007

SIDA: Duplicidade intelectual ou dissonância cognitiva?

As estimativas da ONUSIDA (Programa Conjunto das Nações Unidas e da Organização Mundial de Saúde sobre o VIH/SIDA ), indicam que existiam em 2006 39,5 milhões de pessoas infectadas com o VIH. Estes números podem ser uma estimativa conservadora já que de acordo com o relatório epidemiológico de 2006, apenas 10 por cento das pessoas infectadas conhecem o seu estado serológico.

O aparecimento do VIH forçou uma mudança sem precedentes na forma com a sexualidade é discutida na praça pública. Para uma prevenção eficaz da epidemia, um dos maiores flagelos da história da humanidade, é obrigatório falar sobre sexo - e sobre os preservativos, a forma mais eficaz de deter o progresso das infecções -, obrigação que deveria ser assumida pelas entidades públicas especialmente a nível dos profissionais da saúde (públicos e privados) e educadores.

Mas as indispensáveis campanhas de informação têm sido boicotadas nos países em que os conservadores cristãos detêm poder político já que estes se opõem tenaz e veementemente a todos os programas de educação sexual e sobre o uso de preservativo, contrapondo como alternativa a abstinência, muitas vezes disseminando desinformação sobre a (in)eficácia desses programas.

Por exemplo, quando se tornou óbvio que os seus programas a favor da abstinência fracassaram retumbantemente em reduzir o índice de gravidezes ou a infecção com doenças sexualmente transmissíveis em adolescentes, Bush deu instruções para que o Centro Americano para o Controle das Doenças parasse de recolher dados. E obrigou-os a abandonar os projectos que visavam identificar os programas de educação sexual que funcionavam bem quando se verificou que nenhum dos que tinham sucesso pediam «exclusivamente abstinência» [1].

Durante a XVI Conferência Internacional sobre Sida, que decorreu em Agosto de 2006, o ex-presidente dos Estados Unidos Bill Clinton não foi o único mas certamente foi o mais proeminente dos oradores a criticar a política da administração norte-americana em relação ao combate à SIDA, focada em programas exclusivamente de abstinência.

Bill Clinton afirmou o que todos os que trabalham na área sabem:

«As evidências apontam que os programas de abstinência não têm sucesso. Os programas de abstinência são um erro».

Na realidade, as afirmações de Bill Clinton são corroboradas por Beatrice Were da ActionAid Uganda, e de Leigh Anne Shafer do Medical Research Council. Esta cientista reportou o aumento das infecções com HIV no Uganda, um exemplo de sucesso no combate à disseminação do HIV graças ao programa ABC (abstem-te, sê fiel e, se não seguires as duas primeiras, usa preservativo), até à intervenção dos fundamentalistas cristãos.

Os «moralistas» da Casa Branca, usaram falaciosamente os excelentes resultados ugandeses no combate à SIDA assumindo que apenas o A&B (abstinência e fidelidade) do programa era seguido. O que está longe da realidade! G.W. Bush conseguiu que fosse aprovado um plano de combate à SIDA (simultaneamente um programa de evangelização) no continente africano em que os programas exclusivamente A&B recebem a fatia grande do orçamento, pondo em perigo o combate à disseminação deste flagelo.

Os grupos que receberam a quase totalidade do financiamento, como o «True Love Waits», em colaboração com várias igrejas, organizaram manifestações de fé destinadas a promover virgindade e a abstinência e a «combater» a homossexualidade, difundindo desinformação e mentiras óbvias como «Os preservativos são completamente ineficientes». O resultado desta actuação, que execra o uso de preservativos e os comportamentos «imorais», traduziu-se no aumento das taxas de infecção com o HIV e na estigmatização dos infectados.

A PLoS, uma revista científica online de acesso livre a todos publicada pela Public Library of Science - que disponibiliza igualmente o equivalente ao YouTube para ciência, tem como objectivo tornar a literatura científica e médica disponível para o público em geral. Um dos últimos artigos da PLoS Medicine, «HIV Denial in the Internet Era», dá-nos conta de mais uma desonestidade intelectual em relação à SIDA, que, considerando que alguns dos proponentes estão infectados com o vírus ou são dirigentes políticos de países com elevadissimas taxas de infecção, nalguns casos parece qualificar como dissonância cognitiva.

Mais de 20 anos depois de Luc Montagnier e Robert Gallo terem descoberto o VIH e o terem identificado como causador da SIDA, o artigo revela que o movimento que nega a ligação entre esta doença e o vírus da imunodeficiência humana tem crescido de forma assustadora, mesmo nos Estados Unidos onde agora compete com as campanhas de desinformação dos conservadores cristãos. O artigo, que explica ainda que os grupos que afirmam não existir qualquer ligação entre o vírus e a doença são especialmente activos na Internet, denuncia a estratégia seguida por estes grupos, demasiado familiar para ser coincidência - como refere PZ Myers.

De facto, não é de estranhar que a negação do VIH esteja associada às já referidas banhas da cobra obscurantistas - as chamadas «medicinas» alternativas que «oferecem» a preços exorbitantes «curas» alternativas da SIDA. Igualmente, não espanta alguém que a argumentação destes grupos seja decalcada a papel químico da argumentação dos criacionistas de qualquer flavour: que a ciência actual é uma religião (naturalista) e quem critica os «dogmas» desta religião é ostracizado. O presidente da África do Sul, um conhecido negador do VIH, afirmou mesmo «Num período anterior da História da humanidade, estes dissidentes seriam heréticos e seriam queimados na fogueira».

Acho interessante confirmar que os que sustêm crenças completamente disparatadas e sem qualquer suporte na realidade ou em dados empíricos, aqueles para os quais «a verdade deixou de ser importante» e querem tornar respeitáveis «dogmas e irracionalidade», se apresentem como mártires da «ortodoxia» científica, perseguidos por estes novos «inquisidores» que não permitem que «teorias alternativas» sejam discutidas .

Como notam os autores do artigo e já foi referido pelo Desidério, «A hipocrisia dos partidários destas manifestações irracionalistas ou trans-racionalistas é que se há um elemento qualquer da ciência ou da filosofia ou da história que lhes seja favorável, aproveitam-se dele — porque querem aproveitar o prestígio académico da ciência, da filosofia ou da história».

Isto é, embora os que negam o VIH condenem a autoridade científica e o consenso dos cientistas, trabalham denodadamente para criar uma lista de cientistas e membros de profissões respeitadas pela comunidade em geral que suportem «esta miserável prática na economia mental e comportamental das pessoas». Assim, estes grupos reclamam que estão prestes a ter uma aceitação muito grande na mesma comunidade científica que acusam de ser «dogmática» e de perseguir aqueles que escapam à «ortodoxia» estabelecida.

Seguindo a receita de «sucesso» do templo dos neo-criacionistas, o Discovery Institute, um grupo de negação da relação VIH/SIDA, Reappraising AIDS, publicou na sua página:

«Reappraising AIDS publicou uma lista de signatários que concordam com a seguinte declaração: 'A maioria do público em geral acredita que um retrovírus chamado VIH causa o grupo de doenças chamado SIDA. Actualmente, muitos cientistas bioquímicos questionam esta hipótese. (...)!».

Isto é, negam a autoridade da ciência mas recorrem a um argumento de autoridade produzindo uma lista de pseudo-cientistas que apoiam os seus disparates (e, tal como na lista das 400 sumidades do Discovery Institute, em que a maioria dos signatários não tem formação sequer básica na área em questão) . Tal como os criacionistas, afirmam ainda que há uma aceitação generalizada das suas posições na comunidade científica e que apenas os «fascistas» que controlam as revistas científicas impedem que estes disparates sejam publicados em revistas científicas.

Ou seja, em ambos os casos os defensores destas teses irracionais - e cruzados anti-ciência - verberam que «cada vez mais cientistas questionam» a «teoria» da ortodoxia científica respectiva e que «o tecido do seu manto científico está puído ao ponto da desintegração», o que, igualmente em ambos os casos, é completamente falso!

Achei curioso que estas tácticas negacionistas tenham sido denuncidas numa altura em que os criacionistas americanos preparam mais um bombardeamento da opinião público com as suas desonestidades intelectuais, uma mega-produção cinematográfica bem ao estilo (e ao preço) de Hollywood, que apresenta os criacionistas como vítimas da «Grande Ciência» ao mesmo tempo que afirma que a «Grande Ciência» é excluída das salas de aulas. Confuso? Que seria de esperar dos criacionistas, que não primam pela coerência ou racionalidade das suas pretensões...

Pessoalmente, como já referi nos comentários, considero que todos têm o direito em acreditar nos disparates que quiserem, no criacionismo, em astrologia, em quiromancia, em psicografia, em Xenu, em fadas dos dentes, em milagres sangrentos, que o Elvis está vivo mas foi raptado por extraterrestres, em águas milagrosas e banhas da cobra sortidas; ninguém tem o direito a exigir que esses disparates sejam «respeitados» muito menos pode exigir que esses disparates sejam ensinados como «ciência».

Acho especialmente desonestas as manobras criacionistas para impôr a todos as suas irracionalidades, que, para além da já habitual vitimização, neste caso passam por dizer mentiras descaradas no comunicado de imprensa que publicita o filme:

«Ao contrário de outros documentários, Expelled não entrevista apenas pessoas que representam um lado da história. O filme confronta cientistas como Richard Dawkins, autor de «The God Delusion» o influente blogger biólogo e ateu PZ Myers e Eugenie Scott, que dirige o National Center for Science Education [e escreveu 'Not in Our Classrooms: Why Intelligent Design Is Wrong for Our Schools']. Os criadores do Expelled atravessaram o globo ao longo de dois anos, entrevistando inúmeros cientistas, médicos, filósofos e dirigentes políticos. O resultado foi a revelação assombrosa que a liberdade de pensamento e a liberdade de crítica foi expulsa das escolas financiadas com dinheiros públicos, das universidades e dos institutos de investigação».

Na realidade, pelo menos um dos mencionados, PZ Myers, revela-nos que foi entrevistado sob falsos pretextos, supostamente para outro documentário! Mas seria difícil esperar sequer que um resquício de honestidade, intelectual ou outra, sobrevivesse nestes grupos...

[1] Union of Concerned Scientist, Fevereiro de 2004. Scientific Integrity in Policymaking: An Investigation into the Bush Administration's Misuse of Science (A integridade científica na tomada de decisões políticas: Uma investigação sobre a manipulação da Ciência na Administração Bush).

Sobre o tema ler ainda este excelente artigo no Guardian de George Monbiot, escrito na altura em que chegou a Inglaterra a «Coisa do Anel de prata», «Silver Ring Thing», um programa de virgindade exportado dos Estados Unidos. O programa teve (apenas) um estrondoso sucesso financeiro, não só em vendas mas também em financiamento federal, já que o presidente Bush apreciou tanto a ideia que o orçamento federal para «treino da virgindade» passou de 120 milhões em 2004 para 270 milhões de dólares em 2005.

11 comentários:

Joana disse...

O problema dos que defendem patetadas irracionais é não olharem a meios para atingirem o seu fim: impingirem as suas aldrabices a todos.

Não se chateiam de usar violência contra os "opressores", como já foi aqui dito em relação a ameaças, brutalidade e que tais sobre evolucionistas.

Ao ir ao Pahryngula ler os posts linkados pela Palmira deparei com este, Another example of amoral religiosity:

Out of curiosity, I'd just like to know … how many recent instances are there of atheists using death threats, threats against family members, and various other kinds of intimidation to discourage Christians from openly professing their beliefs?

O vídeo e comentários mostram bem o que quer dizer PZ Myers!

Anónimo disse...

Não sei se é bom se é mau, mas sei que antes de terminar o post já tinha percebido quem o assinava.
Enfim, estilos.
A primeira ideia que queria deixar é que efectivamente cada vez podemos ter menos segurança nos dados que nos aparecem: de acordo com uns determinadas campanhas são um sucesso estrondoso, de acordo com outros são um fracasso rutumbante.
Estilos entrincheirados não ajudam claro.
No meio do ruído, salve-se quem puder ou safe-se quem tiver essa sorte.
Em matéria de SIDA, parece-me óbvio que o preservativo trará alguma segurança mas trará também uma falsa sensação de segurança.
É melhor usar preservativo do que não usar nada, mas é melhor não ter comportamentos de risco do que ter.
Quando as campanhas a favor do preservativo incentivam comportamentos de risco sob o pretexto de que é a única forma de atingir o seu objectivo, parece-me óbvio que:
a) essas campanhas tratam as pessoas como atrasadas mentais;
b) essas campanhas são potencialmente perigosas. Tão perigosas ou mais do que uma campanha que descridibilize o preservativo como protecção-maravilha.

PS - e é verdade que o pensamento científico tem os seus purpurados e exerce pressão e censura sobre as correntes que não acompanham o mainstream. Estou a ler um livro que curiosamente fala disso. Apesar do título, não é, pelo menos por agora, sobre ID, apesar de se chamar Universo Inteligente. O seu autor, que eu saiba, não é de todo um pseudo-cientista, mas a forma como expõe essa censura, essa desinformação e esse sistema de crenças acríticos é óptima.

Joana disse...

Também acho que os estilos dizem tudo. E as trincheiras que alguns cavam para proteger os seus sistemas de crenças então dizem tudo!

Só a beatada é que pode dizer barbaridades (incluindo erros de português que não são gralhas) destas:

as campanhas a favor do preservativo incentivam comportamentos de risco

Antes destas infames campanhas ninguém tinha sexo fora do casamento abençoado por um padre. Nem havia sífilis, gonorreia e coisas que tais porque como não havia campanhas de educação sexual toda a gente pensava que os orgãos sexuais só serviam para fazer xixi!

essas campanhas são potencialmente perigosas. Tão perigosas ou mais do que uma campanha que descridibilize o preservativo como protecção-maravilha.

Claro, convém defender com unhas e dentes a ICAR que diz que é o preservativo que causa a SIDA. Dizer que se vão ter sexo usem preservativo é mais perigoso que dizer a um homem infectado que não pode usar preservativo se tiver sexo com a mulher!

Haja pachorra para a beatada!

Quanto ao PS, o livro deve ter sido escrito por alguma alma ressabiada que não viu o seu "brilhantismo" reconhecido. Eu já tive um artigo publicado que ia contra o mainstream e só tive que mostrar sem espinhas e com dados que o mainstream estava errado!

Joana disse...

Sobre essas campanhas tratarem as pessoas como atrasadas mentais, cá para mim quem diz coisas como este pgv é que deve pensar que os outros são atrasados mentais!

Anónimo disse...

Joana,
é seu hábito adjectivar em vez de argumentar?

Nunca me viu escrever que antes não havia comportamentos de risco.

Nunca me viu defender que o preservativo é que provoca a sida e muito menos que alguém infectado não deve usar preservativo, seja com a mulher serja com quem fôr.

Mas talvez a mulher devesse ter algo a dizer sobre esse assunto, não?
Eu por exemplo, nesse caso em que sabia que o potencial parceiro estava infectado, preferia não arriscar mesmo com preservativo.
Mas isso sou que acho que os outros são atrasados mentais. Se achasse que eles eram espertos como a Joana arriscava, porque já se sabe que o preservativo é garantido...

Quanto aos erros, tenha a delicadeza de os indicar, eu faço sempre isso mesmo quando os encontro.

Anónimo disse...

Já agora, quanto ao PS: Sir Fred Hoyle, autor do livro que estou a ler foi Director do Institute of Astronomy em Cambridge.
Sabe onde fica? Precisa de um mapa?

Joana disse...

Causas do ressabiamento de Hoyle, que não ficou conhecido pelo seu bom feitio:

1- Nunca ganhou o Nobel, apesar deste ter sido concedido a um colaborador seu, William A. Fowler, que trabalhou naquilo que deu fama a Hoyle, formação de elementos pesados nas estrelas

2- Ninguém comprou a sua "Teoria do Universo Estacionário" - e o Big Bang a que ele se opunha com todos os dentes é aceite pela comunidade científica

3- Também a sua Panspermia não teve sucesso e poucas pessoas acham que a vida na terra foi semeada a partir de nuvens interestelares de "bactérias e vírus".

Não acho estranho que o maior opositor do Big Bang e o maior defensor da panspermia e da falácia de Hoyle ache que as suas teorias não vingaram por causa de essa censura, essa desinformação e esse sistema de crenças acríticos

Joana disse...

Já agora, este anónimo comentador tem algum problema de identidade para assinar umas vezes pgv e outras ncd?

Em relação ao preservativo, não desconverse.

Você diz que as campanhas a favor do preservativo incentivam comportamentos de risco e que são Tão perigosas ou mais do que uma campanha que descridibilize o preservativo como protecção-maravilha.

Não tente dar a volta ao texto.

PS: Numa das suas encarnações de nicks não terá passado por Filipe Alves? Enfim, estilos!

Anónimo disse...

O Hoyle achava-se discriminado por não ter ganho pelo menos dois Nobel e por ninguém reconhecer que só as suas teorias eram válidas e brilhantes.

as guerras de Hoyle com Martin Ryle, do Cavendish Radio Astronomy Group, por causa do Big Bang versus Universo Estacionário são famosas e impediram a colaboração dos dois grupos durante muito tempo.

Também não ajudou ao bom feitio que Ryle e Antony Hewish, os dois do Cavendish, tenham ganho o Nobel em 1974. Nem que Hoyle tenha feito um escarcéu por a estudante de Hewish, Jocelyn Bell, não ter partilhado o prémio (nem o próprio Hoyle que achava que merecia o Nobel na parte dos pulsares)

Dizer que o Hoyle não tinha bom feitio é muito simpático mas pouco realista. O homem ficou famoso pelas guerras contra toda a gente que não comprava as suas teorias e não lhe dava os Nobel que ele achava que merecia.

Há quem diga que foi por causa do escarcéu que armava contra os que não iam nas suas teorias que não ganhou o Nobel com o Fowler e o Chandra qualquer coisa nem com o Ryle e Hewish.

Com o Ryle havia de ser giro a cerimónia do Nobel com o Hoyle a atirar-se aos gasganetes do Ryle.

Anónimo disse...

O Filipe Alves aka ncd aka pgv (os estilos entrincheirados ajudam muito a reconhecer as pessoas) só tem a dizer sobre este post que as campanhas de informação sobre a SIDA incentivam comportamentos de risco?

E sobre o pessoal que nega que a SIDA é causa do HIV (toda a gente sabe que é castigo divino contra os pecados da carne) nada?

Sobre a forma fraudulenta como os IDiotas vendem o seu peixe também nada?

E vai buscar o Fred Hoyle para dizer que os cientistas são fascistas como o beatério diz?

Anónimo disse...

Num post com este título é no mínimo irónico ver tanta desonestidade intelectual por parte da autora:

1 - A abstinência sexual é completamente eficaz na prevenção do contágio do VIH por via sexual. É uma tautologia minha senhora , não interessa o número de argumentos estatísticos que arranja para tentar demonstrar o contrário. Não dá. Percebeu? Pode-se gostar ou não mas é um facto objectivo.

2 - "De facto, não é de estranhar que a negação do VIH esteja associada às já referidas banhas da cobra obscurantistas" Mais uma mentira. Quando foi descoberto o VIH relacioná-lo com o SIDA era quase um acto de fé. Muitos se opuseram durante décadas como por exemplo Peter Duesberg e vários demonstraram que a associação era na melhor das hipóteses duvidosa (ver o dossier do grande matemático Serge Lang).

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