sábado, 31 de março de 2007

É demais!

Acabei de me demitir do Conselho Científico do Ciência Hoje.

Verdade seja dita, em dois anos as minhas únicas contribuições foram sugerir que fossem retiradas da publicação patetices pseudo-científicas, como um texto completamente insano sobre astronomia/astrologia e uma "notícia" que dizia ter sido provado na China que a acupunctura cura 437 doenças. E quando se vai ver a fonte da "notícia", ela não passa de uma entrevista com um senhor que, na China, pratica acupunctura. Mas no Ciência (?) Hoje (??) aparecia como "a Ciência provou que..." (só a afirmação mostra que quem a faz não sabe a menor coisa sobre o que é a ciência normal, no sentido popperiano do termo - e, extrapolando um pouco, sobre o que é fazer Ciência).

Em ambos os casos eram pecadilhos. Mas o facto de as minhas advertências terem sido totalmente ignoradas, e os textos terem continuado online, fazia-me temer o pior.

Mas nunca imaginei que chegasse a este ponto. É demais!

29 comentários:

Ciência Ao Natural disse...

Caro Jorge Buescu,

Obviamente que não precisa da minha opinião para nada mas manifestei a mesma resolução (como leitor) ao director da, até aqui e para mim, publicação de divulgação científica.

(...)
O facto de ser professor universitário não abona nada de bom para o assunto antes pelo contrário; e já que invoca o background académico do referido senhor, não vejo onde a opinião de um professor de Direito possa justificar as suas posições evolutivas – será que por ser professor universitário lhe dá a credibilidade para opinar sobre qualquer assunto? Teremos então um segundo Marcelo Rebelo de Sousa na forja? Talvez tenha razão, pois já ouvi o professor Marcelo opinar sobre Genética (de forma errada, diga-se), faltando agora o professor Jónatas opinar sobre evolução, cosmologia, física, etc.
Abençoada país este, de cegos, pois quem tem cátedra em Coimbra ou em Direito é rei!
Relativamente à questão da moda, acho que os criacionistas conseguiram; arrastaram para a discussão de publicações de aparente divulgação científica a sua agenda. E moda mediática é o que neste país, aparentemente, funciona.

(...)
"O que me custa mais é a linha editorial de uma publicação científica e das pessoas que a compõem não terem o mínimo de cultura científica para não identificarem as duas questões que aqui estão em jogo: por um lado ciência vs religião – acho que a perspectiva de diálogo entre os dois campos é mais do que salutar e aceitável – ver inclusivamente opiniões do actual Papa sobre o assunto, tendo criticado os criacionistas. Por outro lado não perceberem que este fenómeno visa muito mais do que a importantíssima discussão sobre a evolução – começou no EUA e pretende a entrada da religião no sistema de ensino, através da falácia do discurso científico e do por em causa a ciência; visa que todos os campos do conhecimento seja filtrados pela religião, ditando esta o que é ou não conveniente ensinar e como ser ensinado. A questão das barbaridades argumentativas do senhor professor de Coimbra e outros que tais, aqui ou seja onde for, não é tanto permitir que se digam imbecilidades; é antes sim impedir que o pé na porta da religião em questões seculares como são as da Educação.
E não me venha com as teorias da conspiração porque estes argumentos não são meus; se estiver interessado faça uma breve pesquisa bibliográfica.
Não justifique a falta de pré-análise pela liberdade de opinião – quer publicar o refereido artigo? Publique, mas não intitule a sua publicação de divulgação científica. Acho que o professor de Coimbra tem todo o direito de afirmar seja o que for; eu tenho todo o direito de o achar as suas posições imbecis (agora sim, meu caro, isto é arrogância). Resta saber se eu teria a mesma oportunidade de ensinar evolução se, tal como acontece, felizmente, em poucos locais dos EUA, os criacionistas controlassem o sistema de ensino."
(...)
"Não vejo onde o referido artigo de opinião se possa enquadrar na referida informação de ciência; da mesma forma que não compreenderia um artigo de opinião do professor Karamba ou da astróloga Maya.
Foi este o fundamento da minha carta. Foi isto que me vos fez escrever. Já que passou o crivo da pré-selecção não seria, por uma questão de bom-senso jornalístico, no mesmo número publicar uma opinião contrária?
A menos que o objectivo seja esse mesmo, provocar celeuma gratuita a fim de divulgar a publicação. Esse procedimento resulta a curto-prazo. De toda a forma dou-vos o benefício da dúvida quanto à referida intenção."
(...)
"Perdoe-me não me recordar a fonte da citação bem como a possível falta de correcção na mesma: “Existe ciência sem democracia; mas não existe democracia sem ciência”."

acilina disse...

Estamos a regredir! Nos países árabes, em nome da religião cometem-se as maiores atrocidades. Basta que algum religioso diga que é a sua interpretação do Corão…
A iliteracia e obscurantismo de alguns locais do mundo ocidental está a levar a que se importem tais procedimentos retrógrados.
Uma qualquer religião a determinar o que é ou não é ciência??? Uma religião a determinar que ciência se deve ensinar às gerações vindoras? Vamos substituir os médicos por curandeiros? (Já faltou mais). Rezas em vez de antibióticos.
Será a decadência duma civilização. Já aconteceu antes...

Que pessoas iletradas tentem explicar o que não percebem com divindades e bruxarias, ainda se compreende, mas não é aceitável que um site dito científico dê cobertura a charlatanices de pessoas que nunca souberam o que é um método científico e se arvoram num completo disparate de ataques ao mundo da investigação e da ciência. Não só não têm competência para tal, como ainda por cima se revelam ignorantes e arrogantes.

O dito senhor pensa que está num tribunal a esgrimir argumentos. Ataca a teoria da evolução com os adjectivos que seriam mais adequados ao criacionismo (é uma ideologia, tem propriedades milagrosas, é essencialmente mundividência e não ciência, é contrário às leis da física e da biologia, não resulta de qualquer investigação, …)

Vejamos algumas pérolas do seu discurso:
“Aquilo que muitos pensam ser o resultado da investigação científica é, no fundo, um conjunto articulado e consistente de axiomas, princípios e corolários naturalistas”
“A teoria da evolução é essencialmente mundividência e não ciência.”
“A teoria da evolução é essencialmente ideologia”
“O tempo e o acaso são dotados, pelo pensamento naturalista, de propriedades milagrosas, com base nas quais tudo passa a ser possível, mesmo que seja manifestamente contrário às leis da física e da biologia.”
“a teoria da evolução tem que ser necessariamente verdadeira, mesmo antes de se começar com qualquer investigação no terreno”

Anónimo disse...

É claro que o texto do Jónatas é uma tontice. O Jorge Massada fica agora a "dever-nos" um contraditório, mas não me parece que uma reacção tão "inflamada" como a sua ajude seja no que fôr.

O que é que o Jónatas vai pensar deste escândalo todo que se quer fazer? Vai pensar certamente que o pessoal lhe quer censurar os textos, com medo que os cientistas que lêm o Ciência Hoje se deixem convencer por ele...

Paulo Vieira

Anónimo disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Anónimo disse...

Muitos parabéns! Teve a atitude decente, a única atitude decente possível perante tamanha podridão. Cada vez mais rara, e por isso mesmo difícil, neste país.

Mais uma vez parabéns, é um exemplo!

Miguel Soares

Jorge Buescu disse...

Caros ciencia ao natural, acilina e anónimos:

muito obrigado pelos vossos pertinentes comentários. Eis, resumidamente, o que disse ao director do CH.

O Ciência Hoje, para ser uma publicação de referência, teria de ter um Conselho Editorial
(ou Científico) que desse o seu parecer _antes_ da publicação,
rejeitando textos sem qualidade. É isso o que acontece em qualquer revista científica, e mesmo
em revistas de divulgação de referencia como a Science ou o New Scientist. O refereeing tem
de ser prévio. Depois de publicado, um texto é público. Por definição.
Ao ser publicado ele tem o
aval implícito da entidade que o publicou.

Ao aceitar publicar sem crítica prévia um texto de opinião não solicitado sobre algo, ainda por cima, que não é ciência e
reclama sê-lo, foram atropeladas estas normnas de publicação. Mais brevemente: ao publicar estas tolices foi o próprio CH que
se descredibilizou.

Se o CH quer ser uma publicação credível, de referencia, tem de rever a sua actuiação editorial.

Mas para mim, chega. Esta foi a terceira, e foi demais.

Manel disse...

Aquele texto é tão arrogantemente indigente que ou se contesta palavra por palavra ou se dá ao seu autor o nome que ele merece: IDiota. Tudo na ciência é feito para justificar e solidificar a "crença" na evolução, muito bem. Nada como um bom advogado para nos alertar para a conspiração estabelecida entre Demócrito, Copérnico, Galileu e Darwin [o núcleo duro, que os colaboracionistas são inúmeros, cambada de hereges]. Como comunicaram entre eles, para tanta ciência retroactiva de adulação ao evolucionismo que surgiu nem há duzentos anos [espera, 200 parece-me demais para o total da idade da Terra, aposto que Darwin só foi apupado em Londres há 20 anos, e o resto são histórias da carochinha...] não sei, talvez um qualquer matusalém que a bíblia deixou que passasse incógnito tenha sido o mensageiro dos cientistas do demo, com a ajuda de uma máquina do tempo concebida em conjunto por Einstein e Da Vinci. Mas o que me intriga realmente é isto: como chegou o insigne tribuno que assina este texto a essa poirotiana conclusão? Foi a irmã Lúcia que lhe disse, foi? Ou foi a Alexandra Solnado?


Isto tudo é muito, muito triste. E assustador.

acilina disse...

O mais estranho é que a posição defendida naquele texto publicado no CH não corresponde à posição do catolicismo, pelo menos do que tenho conhecido. Recebi há pouco um comentário no meu blog que mostra o que digo e aqui transcrevo:
"Não quero deixar de manifestar a minha concordância, como católico, com o que escreveu.
Num artigo publicado há alguns meses no Público, um grande teólogo católico, H.Noronha Galvão, com o título "Uma Questão De Sensatez",escreveu, designadamente:«...A evolução foi, como é sabido, hipótese lançada por Darwin na base da paleontologia, e que entretanto ganhou a solidez de teoria científica, primeiro com o contributo das leis da hereditariedade de Mendel e, mais recentemente, com o contributo da biologia molecular. A metodologia das ciências experimentais confere a este neodarwinismo a competência de descrever com rigor o modo como o fenómeno da vida se processa ao longo do tempo. O conceito de criação pertence a outro âmbito de racionalidade. É um conceito teológico com implicações filosóficas...»"

O prof. Jonatas deve professar alguma religião estranha e marginal para assim negar a evidência e solidez de todo o edifício científico que foi construído ao longo de muitos anos.

Fernando Martins disse...

Cara "Acilina":

E, já agora, qual é o seu Blog - é que no seu perfil de Blogger não aparece...

É ainda de salientar que a patacoada do homónimo bíblico engolido pela baleia foi retirada da revista on-line CH...!

Rui M disse...

e não é que o dito texto desapareceu?
será milagre? será que jorge massada teve uma revelação?
aguardam-se desenvolvimentos

Anónimo disse...

Gostava que "Ciência ao natural" explicasse porque é que acha que "...neste país de cegos, quem tem cátedra em Coimbra ... é rei". Nem todos os de Coimbra, sejam ou não catedráticos são Jónatas, ou pensam como ele.
Acilina, basta ir ao google e procurar "Jonatas Machado" e depois se quiser navegue um pouco no "Portalevangélico" (Religião que não é assim tão estranha e marginal!, é reconhecida oficialmente e até tem programas na RTP 2), para perceber que a Igreja Católica não tem nada a ver com isto. Pode ter muito que se lhe aponte, mas por favor, não confunda a posição da Igreja Católica com a da Igreja Evangélica.
Obrigado.

J. Miranda - Ateu de Coimbra

Ciência Ao Natural disse...

Caro J. Miranda,

Por uma questão de discrição não transcrevi a totalidade dos mails trocados com Jorge Massada.
O contexto em que escrevi o que escrevi surgiu da apresentação, como justificação, de um "Professor de Coimbra" como esse contexto académico permitisse todo o tipo de alarvidades intelectuais.
Apenas e só nesse contexto.
Gostaria de acrescentar que, com já alguns verificaram, que o texto de Jónatas Machado foi retirado.
No meu entender foi pior a emenda que o soneto. Não porque ache que esse facto vai servir de bandeira pelo referido criacionista - que vai; mas porque acredito que uma vez publicado, está publicado, parece-me uma negação e branqueamento desta "história".
E apesar de esse facto acarretar um descredibilização do "Ciência Hoje" como publicação de divulgação científica.
Acredito que tudo pode e deve ser discutido.
O facto é que os criacionistas aproveitam este facto para se "associarem" a ambientes e instituições científicas visando credibilizar-se, não pelo via da discussão com regras semelhantes, mas tão somente pela simples associação contextual.

Cumprimentos

Luís Azevedo Rodrigues
(como bem pode ser encontrado em cienciaaonatural.blogspot.com, caro J. Miranda)

Anónimo disse...

Caro LARodrigues
Percebido.
Obrigado.
J.Miranda

David Cameira disse...

" O que é que o Jónatas vai pensar deste escândalo todo que se quer fazer? Vai pensar certamente que o pessoal lhe quer censurar os textos, com medo que os cientistas que lêm o Ciência Hoje se deixem convencer por ele...
Paulo Vieira "

O jão Miranda não deve desconhecer q este " pides " censuraram propositadamente o texto do prof Jónatas Machado pq não tem capacidade intelectual nem ciurriculum cientifico para o refutar

Pq se o pudessem refutar cientificamente tinham-no já feito

Um cristão fundamentalista ( baptista ) de Lisboa

David Cameira disse...

Tomara a Igreja catolica ter fé suficiente para defender o q a BIBLIA ensina, com toda a clareza.

Felizmente o actual papa, que não é tão tosco como muitos católicos, já ordenou que no dicastério vaticano sobre assuntos cientificos estivesse um cientista credivel e não um " aldrabão " que envergonha o catolicismo

Fernando Martins disse...

Caro David:

A Igreja Católica é uma multidão imensa, com um único chefe, herdeiro de muitos Papas que já perceberam que não se devem imiscuir na Ciência e aceitam o que a Ciência descobre. Depois de terem condenado Galileu, os católicos perceberam a asneira de tentar ler literalmente a Bíblia e separam as águas, como Jesus disse numa certa ocasião - Dai a Deus o que de Deus e a César o que é de César...

David Cameira disse...

Portanto para o Sr Fernando Martins os cientistas , por exemplo, da OPUS DEI são menos cientistas que os seus colegas ateus e naturalistas ?

Muito obg pela atenção.

David Cameira disse...

Um link interessante:

http://www.xmission.com/~fidelis/volume4/chapter5/beach.php

Fernando Martins disse...

Caro David:
Os cientistas são-o independentemente daquilo em que acreditam fora da ciência. A ciência tem regras e são essas que que importam para a Ciência.

Quando ao link criacionista, só diz asneiras do ponto de vista de ciência - parece escrito em meados dos anos 80 do século XIX...

Fernando Martins disse...

Caro David:

Conhece algum cientista da OPUS DEI criacionista? Eu não... Mas conheço muitos cientistas católicos (alguns deles padres...) evolucionistas...

David Cameira disse...

Caro Fernando Martins,
Se me der um único cientista , da OPUS DEI para continuar-mos neste exemplo, evolucionista...eu comecarei a considerar mais detalhadamente o darwinismo

Fernando Martins disse...

Repito a pergunta: Conhece algum cientista da OPUS DEI criacionista?

Um só exemplo... depois respondo-lhe...

Fernando Martins disse...

E digo-lhe mais, se alguns católico forem criacionistas, deixam de ser católicos, pois estão contra o Catecismo oficial, que diz o seguinte nestes artigos:

159. Fé e ciência.
"Porém, ainda que a fé esteja acima da razão, não poderá jamais
haver verdadeira desarmonia entre uma e outra, porquanto o mesmo Deus que revela os
mistérios e infunde a fé dotou o espírito humano da luz da razão; e Deus não poderia negar-se a
si mesmo, nem a verdade jamais contradizer a verdade." "Portanto, se a pesquisa metódica, em
todas as ciências, proceder de maneira verdadeiramente científica, segundo as leis morais, na
realidade nunca será oposta à fé: tanto as realidades profanas quanto as da fé originam-se do
mesmo Deus. Mais ainda: quem tenta perscrutar com humildade e Perseverança, os segredos
das coisas, ainda que disso não tome consciência, e como que conduzido pela mão de Deus,
que sustenta todas as coisas, fazendo com que elas sejam o que são."

282) A catequese sobre a criação reveste-se de uma importância capital. Ela diz respeito
aos próprios fundamentos da vida humana e cristã, pois explicita a resposta da fé cristã à
pergunta elementar feita pelos homens de todas as épocas: "De onde viemos?" "Para onde
vamos?" "Qual é a nossa origem?" "Qual é o nosso fim?" "De onde vem e para onde vai tudo o
que existe?" As duas questões, a da origem e a do fim, são inseparáveis. São decisivas para o
sentido e a orientação de nossa vida e de nosso agir.

283)
A questão das origens do mundo e do homem é objecto de numerosas pesquisas
científicas que enriqueceram magnificamente nossos conhecimentos sobre a idade e as
dimensões do cosmos, o devir das formas vivas, o aparecimento do homem. Essas descobertas
nos convidam a admirar tanto mais a grandeza do Criador, a render-lhe graças por todas as suas
obras, pela inteligência e pela sabedoria que dá aos estudiosos e aos pesquisadores. Com
Salomão, estes últimos podem dizer: "Ele me deu um conhecimento infalível dos seres para
entender a estrutura do mundo, a actividade dos elementos... pois a Sabedoria, artífice do
mundo, mo ensinou" (Sb 7,17.22[a28] ).

Anónimo disse...

E isto:
http://www.cienciahoje.pt/17305
não era já demais?
"Aborto - Sim ou Não?" é maneira de, num site "científico", se colocar a questão?

David Cameira disse...

Embora os textos que citou posam servir tt para provar a sua tese como para prova da minha; De facto devo declarar-lhe que efectivamente o catolicismo sempre pretendeu - pelo menos em parte - chegar a DEUS pela razão dai a escolha de S Tomás em detrimento de S Agostinho para padroeiro do ensino católico
Mas olhe que tal enfraquece-os e não os credibilioza assim tt como me parece que seja a sua ideia
A FÉ NAO DESPREZA MAS TB NÃO PRECISA DE NENMHUMA FILOSOFIA para converter os descrentes.
Mais os reformadores Protestantes e todos os evangélicos com eles sempre " protestaram " : " Pela graça sois salvos, por meio da fé, e isto não vem de vós é dom de DEUS " S Paulo aos Éfésios cap 2: 8

E próprio Lutero disse " a razão é a maior de todas as prostitutas do diabo "

Mas, para si, isso significa q todos os evangélicos ( e o mm vale para todos os católicos criacionistas, da OPUS DEI ou fora dela ) sejam mentalmente incompetentes ?

Alem d mais acabou de me provar q eu tenho razão pois foi incapaz de me nomear 1 cientista catolico q seja evolucionista
Por último, se vir o site da Opus Dei e lá estiver algo sobre a ciencia verificará - por si mm - qual a verdade dos factos

Fernando Martins disse...

Não há católicos criacionistas, para começar. Quem o seja está fora da Igreja Católica.

Quanto à Opus Dei, é conhecida pelo seu fervor religioso e não pelos seus conhecimentos científicos... Sei que alguns membros seus advogam a teoria do Design Inteligente (ou ID) mas, repito, não conheço nenhum que seja criacionista - até porque se o fosse, deixava de ser da Opus Dei.

Mas, se quiser, posso dar alguns exemplos de Padres doutorados em Ciências Naturais (nas áreas da Biologia, Geologia e afins) que são evolucionistas. Alguns destes, inclusive, são Jesuítas, grupo que, dentro da Igreja Católica, tem por hábito ligar fé com Ciência...

Fernando Martins disse...

"Alem d mais acabou de me provar q eu tenho razão pois foi incapaz de me nomear 1 cientista catolico q seja evolucionista"

Bom já que insiste, sugiro-lhe que procure na Internet os seguintes Padres Doutores da Igreja Católica:
Luís Archer e Teilhard de Chardin... Leia, interprete e depois diga coisas...

Anónimo disse...

Muito se fala do famoso criacionismo por aqui! Enfim, palavras desperdiçadas... para nada!

Já quanto à acupunctura, a coisa pia mais fino... Não é um tema de muito fácil discussão dentro dos cânones científicos convencionais, até porque a teoria tradicional que sustenta a prática milenar da acupunctura não tem uma base fisiológica perfeitamente comparável à da moderna medicina ocidental.

Mas o mais importante a considerar é a sua eventual eficácia, ainda que medida apenas por critérios empíricos. Aliás, a chamada medicina tradicional, e muito especialmente a fitoterapia ou também a hidroterapia, é essencialmente um sistema de base empírico, agora validado em muitos casos pelo estudo científico das propriedades medicinais das plantas e seus princípios activos, por exemplo.

Quanto à acupunctura, há alguma evidência científica que comprova a sua eficácia no alívio sintomático de alguns tipos de dor. Aliás, em intervenções de pequena cirurgia a acupunctura é já utilizada como método analgésico em alguns países ocidentais - incluindo Portugal -, e isto desde a década de 80, suponho.

Ainda como método anestésico, a acupunctura pode servir de alternativa à anestesia química em doentes de alto risco ou susceptíveis aos anestésicos convencionais.

Por fim, importa salientar que a acupunctura, e de um modo geral a medicina dita alternativa ou complementar, é sobretudo utilizada em perturbações de tipo funcional e crónico, sendo menos eficaz ou até inoperante em doenças orgânicas ou episódios agudos.

Por fim, e independentemente da sua eficácia ou falta dela, o risco de efeitos secundários da acupunctura é praticamente nulo, contrariamente ao que sucede com a quimioterapia convencional, conforme comprovam estudos recentes realizados no Japão e Reino Unido e publicados em várias revistas médicas, incluindo a "British Medical Journal" (Set. 2001).

Anónimo disse...

..e enquanto os filósofos continuam com estes pruridos pseudocientícos, a ciência avança!...

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