quarta-feira, 7 de março de 2007

De Rerum Natura

O poeta latino Tito Lucrécio Caro, que viveu no século I a.C., escreveu um único livro: o poema De Rerum Natura. Nele defende a teoria atomista (Demócrito já tinha dito antes «Tudo no mundo é átomos e espaço vazio») mas fala, além de coisas da física e da química, de muitas outras coisas: biologia, psicologia, filosofia, etc.

O blog que partilha o título com o poema de Lucrécio falará também de várias coisas do mundo, procurando expor a sua natureza. Partirá da realidade do mundo (o nosso mundo, feito de átomos e espaço vazio) para discutir o empreendimento humano da descoberta do mundo, que é a ciência, e as profundas implicações que essa descoberta tem para a nossa vida no mundo. Mostrará o que é a ciência (história e filosofia da ciência, cultura científica, aplicações da ciência, riscos, educação científica, arte e ciência, etc.).

Enfrentará a anti-ciência nas suas várias formas, sejam elas fraude, demagogia, pseudo-ciência, superstição, ou simples erro. Falará em particular do caso português e da nossa necessidade de mais e melhor ciência para sermos um país mais culto, mais desenvolvido e mais livre.

13 comentários:

FuckItAll disse...

Salvé!
(gostava de ver um dia esta equipa alargada com alguém das ciências sociais, que também não são - só - literatura...)

Palmira F. da Silva disse...

Olá Inês:

Tens razão :-) Temos de pensar nisso

SL disse...

Parabéns! Já conquistaram mais um leitor!

Renato Martins disse...

Boa sorte então!

Anónimo disse...

Muitos parabéns pelo blog! Fazia falta um blog assim.

Vou ser leitora assídua

Joana

Anónimo disse...

Arranjem alguém de antropologia e outro do comportamento animal. Não havia um etologista portuguesa que tinha trabalhado com chimpanzés?

A.Teixeira disse...

Parabéns pelo vosso blogue. Este início promete e eu comprometo-me a vir cá visitá-lo.

José Oliveira disse...

Obrigado a toda a equipa pela criação deste blog.
Como alguém que sente uma grande curiosidade em relação à Filosofia, fiquei muito feliz por descobrir espaço de debate sério sobre tantos assuntos interessantes.

Muito Obrigado!

José Oliveira
Tomar

dizia ela baixinho disse...

só hoje descobri este blogue e fiquei muito contente (para ser 'exacta') com a criação deste blogue. sou/serei leitora assídua. boas postagens e longa vida!

Anónimo disse...

Ora bem, embora Demócrito seja praticamente sempre citado como o 1º a propor a existência dos átomos, como as partículas indivisíveis componentes da matéria física, já um século antes o sábio indiano Kanad, na sua obra "Vaishashik Darshana", postula que todos os objectos no universo físico são compostos por um número finito de átomos.

De notar, contudo, que esta era uma teoria atómica holística... afinal estamos no Oriente!... ou seja, as leis que presidiam ao funcionamento dos átomos eram emanadas de um Ser Supremo, claro. Mas este idealismo monista não está esquecido e ressurge... e o pobre realismo é que nem tuge nem muge!!! :D

De resto, o raciocínio de Kanad não difere no essencial do de Demócrito, partindo de argumentos lógicos - a pedra e os Himalaias - para sustentar a impossibilidade da continuidade da matéria, pelo que esta deveria ser constituída por um número finito de átomos.

Os interessados em saber um pouco mais sobre a ciência na Índia antiga, têm aqui um artigo que pode ser copiado em formato *.pdf:

http://arxiv.org/abs/physics/0310001

Volto a salientar que este recuo no tempo é extremamente interessante e produtivo, em especial quando talvez a moderna ciência baseada no paradigma naturalista esteja mesmo a chegar a um beco sem saída...

...¿materialismo ou idealismo?...

Rui leprechaun

(...muito insisto eu e cismo!!! :))

ND disse...

aguardo novos 4000

Anónimo disse...

Faço minhas as palavras de nmhdias.

Parabéns!

Américo Tavares

Carlos Costa disse...

Muito bom este blog.

Confirmo que entre os seus autores encontra-se o físico Carlos Fiolhais. Ter um dos melhores cientistas de Portugal e escrever neste blog, é já meio caminho andado para o sucesso!

Um abraço a todos!

NOVA ATLÂNTIDA

 A “Atlantís” disponibilizou o seu número mais recente (em acesso aberto). Convidamos a navegar pelo sumário da revista para aceder à info...